Sérgio
Doutora dorme na grande cama. Eu me superei no macarrão, estava muito gostoso. Ela repetiu duas vezes. Ela é tão linda. Doce e intensa como os vinhos, diria que como um vinho seco, que adoça minha alma.
Essa é Laura.
Sorrio. Laura. Doutora. Acaricio seu rosto e ela sorri me abraçando. Nos cubro com o cobertor e e ela suspira tranquilamente.
A observo dormir.
Eu sinto que algo muito ruim ainda vai acontecer. Tenho quase certeza que não vou sair vivo daquele lugar, mas se isso for o preço que tenho que pagar para destruir aqueles psicopatas, eu estou disposto a pagar com minha vida.
Eu preciso ir. Não posso a envolver nisso mais do que já envolvi. Irei deixar a motocicleta para ela.
Me levanto. Tomo um banho rápido. Troco de roupa rapidamente. Ela ainda dorme do mesmo jeito. Pego algumas roupas que Filipe comprou, deixo um bilhete sobre o mó
LauraEntro na casa. E vejo 3 rostos muito conhecidos por mim. Fabiano? Filipe? Jean? Eles me olham fixamente.— O que vocês estão fazendo aqui? — Pergunto.— Graças a gravação que você mostrou para Heitor estamos todos sendo procurados pelos os ''Onze". Eu já estava mesmo, mas os outros não! — Jean diz.Merda.— Heitor é um deles? — Pergunto assustada.— Não só um deles, como nos afastou do caso Luciano propositalmente. Eu comecei a descobrir coisas sobre o delegado, ele me afastou das minhas funções, depois foi você, você tava ganhando a confiança de Luciano. Eu descobri que minha avó está lá nesse lugar, Carmen é minha vozinha. — Fabiano diz.— Sejam bem vindos a minha casa. — Um homem muito parecido com Sérgio desce umas escadas.Meu coração acelera. Ele desce ao lado do homem, e está lindo com essa roupa s
SérgioIsso que ela fez me ajudou muito a conseguir evita- la. Estou usando esse erro dela como uma desculpa para manter ela longe de mim, não quero que quando eu morrer ela sofra muito, nem que corra riscos ao meu lado.O celular que Charles me deu toca.— Alô.— Vem aqui na biblioteca, quero conversar com você.— Ok.Nosso acordo seria que ele me ajude a tirar todas as pessoas que realmente queiram sair, e eu o ajudo a assumir o comando e matar Boss. Meu irmão é burrinho. A maioria vai querer sair. Exceto os 11 seguranças, os que estão completamente dominados pelo ódio e vontade de expressar isso. Ou tem algo que ele não me disse. Pode ser uma fortuna de Boss. Ainda vou descobrir. Ele e Anna são meio maluquinhos.Anna as vezes se finge de doidinha. Mas é muito inteligente, audaciosa, cínica, dissimulada.Saio do quarto.
Três dias depoisLauraAcordo assustada com muitos barulhos. Ai meu Deus. Isso é tiro. Salto da cama e corro pro banheiro. Tranco a porta rapidamente e me encolho na banheira.Escuto muitas risadas.Anna e Mary.— Tá tudo bem? — Anna pergunta rindo.— Viemos te mostrar nossos brinquedos que chegaram. — Mary diz.Abro a porta. Elas riem com armas nas mãos.— Isso daqui é pra você. — Anna diz me entregando uma arma.— Eu nem sei atirar. — Digo entregando rápido a arma para ela.Elas se entreolham sorrindo.— Você não é da polícia, inspetora!? — Anna pergunta.— Sim, mas eu não gosto de armas, fiz um teste de tiros, mas não me obriguei a guardar isso na minha mente, só aprendi mesmo para passar no exame de balística. Foram só cinco aulas, meu conhe
Três dias depois...SérgioAmanhã é o grande dia. Tudo está pronto, todos estamos preparados, eu ainda preciso fazer uma coisinha. Não vou conseguir dormir mesmo. Coloco um roupão. Ando lentamente pelo corredor.Sorrio, vendo doutora sair do quarto.Me encosto na parede escura e ela passa por mim. Ela teve a mesma idéia que eu e se escora na parede do meu quarto, senta no chão. Me aproximo lentamente.— Tá procurando alguém doutora?Ela se assusta dando um pulinho.Sorrio a pegando nos braços.— Não me provoca assim Luciano. — Diz segurando meu pescoço.— Me beija doutora?Ela agarra minha nuca com força e devora minha boca. Entro no quarto com ela ainda me beijando loucamente. Ligo as luzes. Quero ver o corpo dela. Tranco a porta com ela mordendo meu pescoço.— Eu quero muito você agora doutora. — Sussurro no seu ouvido.Ela engole em seco.Ela não diz nada. Sinto seu coração acelerar.Olho para o lado, ela está com os cabelos no rosto, e respira normalmente. Passo seus cabelos para o
LauraAcordo com o som do despertador e me levanto rapidamente.Ai que dor de cabeça...Ai meu Deus, é o meu celular, o nome do meu chefe pisca na tela. E pego o aparelho rápido.Mensagem:-- Você está atrasada!-- Estou chegando. — Digito rapidamente.-- Vinte minutos Laura, ou esquece isso de eu te ajudar. Poxa Laura, eu nunca acobertei ninguém aqui na delegacia, aí você me faz isso, os poderosos estão pegando no meu pé. Sua sorte é que você tem mérito próprio eno concurso público arrasou.— Estou chegando e muito obrigada por essa ajudinha.Ele não responde.Tomo um banho rápido.Visto uma calça, uma camiseta do batalhão da polícia e uma jaqueta de couro. Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo alto.E saio do quarto.— Já vai?
LauraFiquei a manhã toda resolvendo alguns inquéritos,no meu computador, quando Fabiano se senta na minha frente e me dá uma pasta de arquivos.— Eu te mostrei àquele caso, da filha do governador!?— Sim! Ela desapareceu há dois dias, ninguém sabe aonde ela está, não tiveram notícias...— Exatamente. Eu preciso dar uma volta, você analisa o caso dela para mim?— Lógico! — Digo me sentando na sua mesa.Ele sai e fecha a porta.Leio a atla feita por meu chefe.Grifo as partes importantes.Natália Albuquerque Dutra, de dezenove anos desapareceu nessa última quinta-feira, onze de maio de dois mil e dezesseis. Segundo informações a filha do governador saiu pela manhã no intuito de ir a faculdade. Informações de colegas e professores, relatam que Natália foi vista no pátio da faculdade horas antes do desaparecimento. Câ
Doze dias depois...LauraAcordo assustada com alguém batendo na porta.— Laura? — Gabriela diz batendo descontroladamente na porta.Me levanto rapidamente.— Oi. — Digo abrindo a porta.— Guilherme está fazendo um escândalo lá fora.— Ai meu Deus! — Digo colocando um roupão de seda.— Você vai descer Laura!?— Não. Irei fazer algo que já deveria ter feito há muito tempo. Esse cara não me deixa em paz, hoje mais cedo ele foi na delegacia, ficou lá até o fim do meu expediente. — Digo pegando meu celular.— Você vai ligar para polícia?— Sim, não estou suportando isso mais. Antes que seja tarde. Ele foi no meu trabalho me perguntando se eu tinha outro homem, disse que tinha comprado uma arma.Ela arregala os olhos.— Laura meu amor abre a porta! — Ele grita.— Polícia vinte quatro horas. Me chamo Ângela em que posso te ajudar?— Quero fazer uma denúncia.
LauraEstou saindo da delegacia que fiz a denúncia contra Guilherme. Roger pediu uma medida protetiva que já foi assinada por um juiz. Não gostei disso. Ele agilizou tudo pois trabalho na polícia.Estaciono na delegacia onde trabalho.Entro na minha sala.— O delegado quer conversar com você na sala dele. — Larissa diz.Me levanto trêmula, e vou até a sala.— Senta Laura! — Ele diz sorrindo. Que nojo desse cara.— Não obrigada. Diz logo, pois tenho que ler muitos documentos e montar alguns inquéritos.Ele joga uma caixa cheia de apostilas encima da mesa.— Fabiano não vem hoje. O baitola tá dodói. — Ele diz sorrindo pegando a primeira por cima das outras.— Era isso!? — Me chamou aqui para cuspir sua homofobia?— Não. — Ele diz se levantando.Se aproxima.Ele me entrega a apostila.Minha denúncia contra ele.<