O silêncio no quarto era denso. Beatriz tentava se concentrar em qualquer coisa que não fosse a presença avassaladora de Davi. Ele, por sua vez, parecia à vontade, sentado na poltrona com um copo de uísque nas mãos, observando-a.— Você está fugindo de mim, Beatriz. — Ele afirmou, sem rodeios.Ela ergueu o olhar, surpresa com a franqueza. — Estou apenas sendo profissional.Davi soltou uma risada baixa, descrente. — Profissional? E se eu disser que desejo mais do que isso? — Ele se levantou, aproximando-se lentamente.O coração de Beatriz disparou. Ela queria responder, dizer que aquilo era loucura, mas sua voz falhou. A tensão entre eles era palpável, e quando Davi parou a poucos centímetros dela, seus sentidos foram tomados pelo perfume amadeirado e pelo calor que emanava de seu corpo.— Se disser que pare, eu paro. — Sua voz era rouca, carregada de promessa.Beatriz sentiu a respiração acelerar. Sua mente gritava para fugir, mas seu corpo não obedecia. A razão dizia uma coisa, mas o
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