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Capítulo 6: O Jogo Começa

Na manhã seguinte, Beatriz acordou com a luz suave do sol entrando pela janela. Olhou ao redor, lembrando-se de que estava no refúgio de Davi. Ele não estava ao seu lado, e a ausência dele a fez se sentir inquieta.

Levantou-se e encontrou Davi na cozinha, com uma xícara de café na mão e um laptop aberto na mesa.

— Dormiu bem? — Ele perguntou sem tirar os olhos da tela.

— O melhor que pude, considerando tudo. — Ela se aproximou, espiando a tela. Ele estava analisando documentos e transações.

Davi virou o laptop em sua direção.

— Descobri algo. Esse é o contrato da transação suspeita. Se olharmos os detalhes, há cláusulas inconsistentes que mostram que alguém tentou falsificar minha assinatura.

Beatriz arqueou as sobrancelhas.

— E se conseguirmos provar que a assinatura foi forjada?

Davi sorriu, e pela primeira vez ela viu algo diferente nele: esperança.

— Exatamente. Mas precisamos agir rápido. Ricardo não vai parar por aqui. Ele já percebeu que você está do meu lado, e isso te torna um alvo.

Beatriz engoliu em seco, mas assentiu.

— Então vamos acabar com ele antes que ele acabe conosco.

Davi segurou sua mão com firmeza.

— Você tem certeza de que quer se envolver até esse ponto? Se ficarmos juntos nisso, não tem mais volta.

Ela olhou dentro dos olhos dele, encontrando ali não apenas perigo, mas uma verdade intensa. Uma verdade que ia além dos negócios e do medo. Era sobre eles dois. Sobre algo que, mesmo sem perceber, já estava selado entre eles.

— Eu já estou envolvida, Davi. Agora, é até o fim.

Ele sorriu, e naquele momento, Beatriz soube que não havia mais volta. Estava prestes a entrar em um jogo perigoso, mas dessa vez, não estava sozinha.

Beatriz e Davi passaram o dia estudando os documentos fraudulentos. A cada nova evidência que encontravam, a tensão aumentava. Eles tinham em mãos a prova de que Ricardo Vasconcelos havia falsificado assinaturas e manipulado contratos para incriminar Davi. Mas provar isso ao mundo seria um desafio.

— Precisamos de alguém dentro da empresa que possa confirmar essas alterações — disse Beatriz, mordendo o lábio enquanto analisava um e-mail suspeito.

Davi assentiu, os olhos fixos no laptop.

— Tenho um contato no setor jurídico que pode nos ajudar. Mas precisamos ser discretos. Se Ricardo souber que estamos investigando isso, ele pode agir antes.

Beatriz sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O perigo nunca pareceu tão real quanto agora.

Naquela noite, enquanto tentavam traçar um plano, um barulho do lado de fora os alertou. Davi se levantou rapidamente, pegando uma arma do fundo de uma gaveta.

— Fique aqui — ordenou, com os olhos duros.

Beatriz segurou a respiração, o coração acelerado. O som de passos do lado de fora da casa a fez perceber que estavam sendo observados. Davi saiu pela porta lateral, desaparecendo na escuridão da noite.

Os segundos se transformaram em minutos intermináveis até que ele retornasse. Quando ele apareceu, seus olhos estavam mais frios do que nunca.

— Temos que sair daqui. Agora.

Davi e Beatriz entraram apressadamente no carro, e ele acelerou, deixando para trás o refúgio que já não era mais seguro. A estrada escura parecia interminável, e o silêncio no veículo era carregado de tensão.

— O que aconteceu? — ela perguntou, finalmente, incapaz de conter a angústia.

— Encontraram a gente. Vi um dos capangas de Ricardo rondando a casa. Isso significa que ele sabe que estamos investigando.

Beatriz sentiu um nó na garganta. Eles estavam jogando um jogo perigoso, e agora, qualquer movimento errado poderia custar suas vidas.

O celular de Davi vibrou, e ele o pegou rapidamente. Ao ver o nome na tela, xingou baixinho antes de atender.

— Fale logo. — Sua voz era dura.

Do outro lado da linha, uma voz grave respondeu:

— Você não pode mais se esconder, Bernardes. Ricardo quer acabar com você. E se eu fosse você, tomaria cuidado com a senhorita Beatriz. Ele sabe sobre ela.

A ligação caiu, e Davi apertou o volante com força.

— O que foi? — Beatriz perguntou, já sabendo que não era nada bom.

Davi a olhou nos olhos, e pela primeira vez, o medo estava ali. Ele não tinha medo por si mesmo. Ele tinha medo por ela.

— Agora, eles estão atrás de você também

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