Nos dias seguintes, Beatriz decidiu investigar por conta própria. Usando sua rede de contatos, ela descobriu que o homem das fotos era Ricardo Vasconcelos, um empresário conhecido por suas transações ilícitas.
Quando confrontou Davi sobre isso, ele hesitou antes de admitir: Ricardo era um antigo sócio de sua família, envolvido em um acordo sigiloso que poderia destruir sua reputação se viesse à tona.
— Eu não queria te envolver nisso, Beatriz. Mas agora que sabe, preciso que confie em mim. — Davi pediu, seus olhos carregados de emoção.
Beatriz respirou fundo. Estava dividida entre o medo e o desejo de protegê-lo.
A tensão entre eles atingiu seu ápice. Naquela noite, após uma discussão acalorada no escritório, Davi segurou Beatriz pelos braços, seus olhos queimando com intensidade.
— Você me deixa louco, Beatriz. — Sua voz era rouca.
Antes que ela pudesse responder, seus lábios se encontraram em um beijo feroz, carregado de desejo reprimido. Beatriz soube naquele momento que, independentemente dos segredos que os cercavam, ela estava completamente envolvida com Davi Bernardes.
Beatriz e Davi agora estavam completamente envolvidos, mas o perigo continuava à espreita. Quando uma nova ameaça surge—um dossiê comprometedor sobre os negócios da família Bernardes—eles percebem que precisam trabalhar juntos para descobrir quem está por trás disso.
Enquanto investigam, a relação entre eles se intensifica, e Beatriz percebe que, apesar dos riscos, já não pode mais negar seus sentimentos por Davi. Mas até onde está disposta a ir por ele?
Beatriz sentia seu coração pulsar mais forte a cada descoberta. Os negócios obscuros de Ricardo Vasconcelos eram um perigo real, e a conexão de Davi com ele apenas aumentava sua apreensão. Mas o que mais a preocupava era a intensidade com que se via envolvida com o CEO. Entre mistérios e ameaças, ela já não conseguia mais ignorar seus sentimentos.
Em uma noite chuvosa, enquanto revisava documentos em seu apartamento, seu telefone tocou. Número desconhecido. Seu instinto lhe dizia para ignorar, mas a curiosidade venceu.
— Beatriz? — A voz do outro lado era grave e distorcida. — Você precisa parar de se envolver com ele. Davi Bernardes não é quem você pensa que é.
Um arrepio percorreu sua espinha.
— Quem está falando? — Sua voz saiu firme, apesar do medo crescendo dentro dela.
— Apenas escute. Saia antes que seja tarde demais. — E então, a ligação foi encerrada.
Beatriz ficou olhando para a tela do celular, o coração acelerado. A cada passo que dava, mais perigoso parecia o caminho que trilhava.
No dia seguinte, decidiu confrontar Davi. Quando entrou na sala dele, encontrou-o ao telefone, o rosto fechado. Ao notar sua presença, ele encerrou a ligação rapidamente.
— Algum problema? — Ele perguntou, cruzando os braços.
— Eu recebi uma ligação estranha ontem à noite. Dizendo para me afastar de você. — Beatriz o observou atentamente, procurando qualquer sinal de hesitação.
Davi apertou os lábios, o olhar se tornando uma sombra de tempestade.
— Eu esperava que isso acontecesse. — Ele se levantou, caminhando até a janela. — Algumas pessoas não querem que você fique ao meu lado.
— E por quê? — Ela desafiou. — Você pode, por favor, parar de esconder a verdade de mim?
Davi suspirou e se aproximou. Ele segurou o rosto dela com delicadeza, os olhos buscando os dela com urgência.
— Porque eu não quero te colocar em perigo. Mas parece que, gostando ou não, você já está envolvida.
Beatriz sentiu um misto de medo e desejo. Não havia mais como voltar atrás. Agora, ela precisava decidir se estava disposta a enfrentar a verdade, não importava o quão dolorosa fosse.
Após o confronto, Beatriz sabia que não poderia mais apenas reagir aos acontecimentos. Ela precisava agir.Em uma noite silenciosa, decidiu buscar respostas por conta própria. Acessou arquivos antigos da empresa, analisou contratos suspeitos e, finalmente, encontrou algo que chamou sua atenção: uma transação milionária entre a Bernardes Corporation e uma empresa offshore associada a Ricardo Vasconcelos.Antes que pudesse pensar no que fazer com aquela informação, seu telefone vibrou novamente. Outra mensagem anônima."Agora você viu demais. Cuidado com quem confia."O ar ficou pesado ao seu redor. A ameaça agora era direta.No dia seguinte, Davi notou sua inquietação e a puxou para uma sala reservada.— O que foi dessa vez? — Ele perguntou, visivelmente preocupado.Beatriz hesitou, mas mostrou a tela do celular para ele.Davi fechou os olhos por um instante antes de murmurar:— Isso está indo longe demais.— Então me diga a verdade! Eu preciso saber com o que estou lidando. — Ela insi
Na manhã seguinte, Beatriz acordou com a luz suave do sol entrando pela janela. Olhou ao redor, lembrando-se de que estava no refúgio de Davi. Ele não estava ao seu lado, e a ausência dele a fez se sentir inquieta.Levantou-se e encontrou Davi na cozinha, com uma xícara de café na mão e um laptop aberto na mesa.— Dormiu bem? — Ele perguntou sem tirar os olhos da tela.— O melhor que pude, considerando tudo. — Ela se aproximou, espiando a tela. Ele estava analisando documentos e transações.Davi virou o laptop em sua direção.— Descobri algo. Esse é o contrato da transação suspeita. Se olharmos os detalhes, há cláusulas inconsistentes que mostram que alguém tentou falsificar minha assinatura.Beatriz arqueou as sobrancelhas.— E se conseguirmos provar que a assinatura foi forjada?Davi sorriu, e pela primeira vez ela viu algo diferente nele: esperança.— Exatamente. Mas precisamos agir rápido. Ricardo não vai parar por aqui. Ele já percebeu que você está do meu lado, e isso te torna u
Davi dirigia a toda velocidade, os faróis cortando a escuridão da estrada deserta. Beatriz sentia a adrenalina pulsando em seu corpo, seus dedos apertando o cinto de segurança como se fosse sua única âncora na realidade.— Precisamos de um plano — ela disse, tentando controlar o tremor na voz.— Primeiro, precisamos garantir que você esteja segura — Davi respondeu, sem desviar os olhos da estrada. — Vou levá-la a um lugar onde ninguém possa encontrá-la.— E você? — Beatriz virou-se para ele, seu coração apertando ao ver a tensão em seu rosto.Davi hesitou por um instante.— Eu vou resolver isso. Ricardo não pode sair impune.— Não me peça para ficar de fora disso — ela insistiu, seu olhar firme. — Estou com você, Davi.O silêncio preencheu o carro, e quando ele finalmente olhou para ela, havia algo profundo e indomável em seus olhos.— Você realmente quer isso? — sua voz era baixa, carregada de emoção contida.Beatriz assentiu.— Até o fim.O esconderijo era uma casa afastada, cercada
postes enferrujados. Ele sabia que era uma armadilha, mas não tinha escolha.Com a arma em punho, ele caminhou com passos firmes, mantendo-se atento a qualquer movimento. Ao se aproximar da entrada do galpão, ouviu um grito abafado. Beatriz.O sangue de Davi ferveu. Ele chutou a porta, disparando um tiro para o alto. Os capangas de Ricardo se viraram surpresos, mas Davi foi mais rápido. Com tiros certeiros, acertou dois deles antes que pudessem reagir.Ricardo segurava Beatriz pelo braço, uma faca pressionada contra sua pele.— Solte-a, Ricardo! — Davi rosnou, apontando a arma para ele.Ricardo riu, apertando ainda mais a lâmina contra Beatriz.— Você realmente acha que vai sair vivo daqui? — ele zombou. — Eu sempre estive um passo à sua frente, Bernardes.Beatriz olhou para Davi com olhos suplicantes. Ela sabia que qualquer movimento errado poderia ser fatal.Então, em um movimento calculado, Beatriz cravou seu salto no pé de Ricardo, fazendo-o gritar de dor e soltar a faca por um se
Os dias que se seguiram foram uma montanha-russa de emoções para Beatriz. Mesmo com Ricardo Vasconcelos atrás das grades e os negócios da Bernardes Corporation se estabilizando, ela não conseguia se livrar da sensação de que algo ainda estava errado. Pequenos detalhes nos relatórios financeiros pareciam inconsistentes, e quanto mais ela analisava os documentos, mais suspeitas surgiam.Davi notou sua inquietação e a chamou para conversar em seu novo escritório.— O que foi? — ele perguntou, puxando-a para sentar ao seu lado no sofá de couro.Beatriz mordeu o lábio, hesitante. — Eu não sei se está realmente acabado, Davi. Encontrei registros de transferências suspeitas. Pequenos valores, mas com padrão similar ao esquema que Ricardo tentou armar contra você.Davi franziu a testa, pegando o tablet que ela lhe entregava. Analisou os dados por alguns minutos antes de soltar um suspiro pesado.— Isso não foi obra de Ricardo. Alguém dentro da empresa ainda está jogando contra mim.Beatriz se
Beatriz sentia que a tormenta que haviam enfrentado finalmente tinha chegado ao fim. Ricardo Vasconcelos estava preso, os capangas haviam sido desmantelados e a Bernardes Corporation estava livre da corrupção. Mas algo dentro dela gritava que a paz era apenas ilusória.Nos últimos dias, um incômodo sentimento de estar sendo observada a acompanhava. No escritório, em casa, até mesmo no restaurante onde costumava almoçar. Pequenos detalhes lhe chamavam atenção: um carro preto estacionado sempre na mesma rua, um homem de capuz que parecia estar em todos os lugares por onde passava.Ela tentou ignorar, convencendo-se de que era apenas resquício do trauma recente, mas não conseguiu.Certa noite, ao sair do trabalho, Beatriz decidiu testar sua intuição. Pegou um caminho diferente, atravessando um beco e cortando por ruas menos movimentadas. Seu coração acelerou quando percebeu que, a três carros de distância, o mesmo veículo preto ainda a seguia.Ela parou de repente na calçada, fingindo ol
Na mesma noite, um pacote foi deixado na porta do apartamento de Beatriz. Dentro, havia um celular descartável. Antes que ela pudesse reagir, ele tocou.— Beatriz Bernardes? — a voz do outro lado era fria e calculada. — Você está se metendo onde não deve.Beatriz sentiu o corpo gelar.— Quem é você?Uma risada baixa ecoou pela linha.— Pergunte a Davi sobre Matteo Salvatore. Mas pergunte se ele realmente quer que você saiba a verdade.A ligação foi encerrada antes que Beatriz pudesse responder. Seu coração batia descompassado enquanto ela olhava para o celular em suas mãos.Davi não estava contando tudo. E agora, ela sabia disso.Beatriz olhava para o celular descartável em suas mãos, sentindo o peso da ligação. Matteo Salvatore. Aquele nome pulsava em sua mente como um alerta vermelho. Ela precisava de respostas. E só uma pessoa poderia dá-las.Sem perder tempo, pegou sua bolsa e saiu apressada em direção ao apartamento de Davi. Seu coração martelava a cada degrau que subia. Quando e
A noite estava silenciosa demais. Beatriz e Davi estavam em um galpão abandonado, esperando a chegada de Matteo. O plano era simples: oferecer a ele um falso acordo e forçá-lo a mostrar sua verdadeira face.Quando os carros pretos finalmente apareceram, Beatriz sentiu o estômago se revirar. Matteo desceu de um deles, acompanhado por homens armados. Seu olhar frio encontrou o de Davi.— Você realmente achou que poderia me enganar, Bernardes? — Matteo sorriu, mas seus olhos eram calculistas. — Você está lidando com alguém muito acima do seu nível.Davi cruzou os braços.— Todo homem comete erros, Salvatore. E o seu foi me subestimar.Matteo riu baixo, mas sua expressão mudou quando um clique ecoou pelo galpão. Beatriz, que estava ao lado de Davi, ergueu um gravador.— Cada palavra sua foi registrada. — Ela sorriu. — E enviada diretamente para a polícia.Os olhos de Matteo se estreitaram. Ele fez um sinal discreto, e seus homens sacaram as armas.— Isso foi um erro, senhorita Beatriz.An