A escuridão pulsava nas passagens, quase viva, valsando ao ritmo de um coração oculto nas profundezas da terra. Cada passo de Tupã era meticulosamente calculado, mas, apesar de sua vasta experiência como caçador, a sensação de ser observado era inescapável. Algo antigo e insidioso espreitava das sombras, algo que nenhuma presa antes enfrentada poderia igualar.O ar estava denso, saturado por um peso invisível que pressionava seus pulmões. Tupã mantinha a mão firme no arco, os olhos atentos ao menor movimento. A energia da floresta, outrora um guia gentil, parecia dividida dentro dele. Era como se duas forças conflitantes duelassem em sua mente: uma que o chamava à luz e outra, mais tentadora, que o atraía para as sombras.Após uma curva inesperada, revelou-se uma câmara oculta. Tupã parou, os sentidos em alerta máximo. O espaço era vasto, iluminado por tochas que emanavam uma luz azulada e dançante, projetando sombras inquietas pelas paredes. No centro, um altar rudimentar, cercado po
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