Capítulo 54: Tensão
O silêncio em volta parecia uma entidade própria, pairando pesado e carregado. O ar, denso como névoa oculta, sussurrava segredos incompreensíveis. As pedras ao longo da trilha pareciam mais vivas do que nunca, observando-o, conforme seus próprios passos ecoavam como uma batida solitária em um tambor ancestral.

Algo o aguardava adiante. Ele sabia disso. Sentia nos ossos. Uma presença que ameaçava mudar tudo.

Desde que cruzara a última passagem, a mudança no ambiente era inegável. Os espíritos da floresta estavam inquietos, sussurrando advertências em uma língua que só o coração de Tupã conseguia ouvir. Cada som à sua volta parecia amplificado, cada sombra mais densa, como se escondesse olhos atentos.

Então, ele chegou à alcova.

Agachando-se, Tupã observou com cuidado. A visão diante dele era tão surreal quanto ameaçadora: mercenários de Donaldo, rudes e armados, estavam postados em vigilância, conforme figuras encapuzadas se moviam como sombras vivas ao redor de um altar improvisado.

E
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