Todos os capítulos do Um Amor Inesperado : Capítulo 11 - Capítulo 15
15 chapters
ONZE
– Você terminou de ler, pelo menos? - Rafael cruzou os braços. - Acho que não preciso, julgando pelo que li pelas reportagens que vi no jornal. - Por isso o nome era tão familiar. Ele revirou os olhos e parou em minha frente. Vestindo uma camisa branca com um blazer preto e uma calça escura, Rafael era tudo de bom. Os sapatos eram impecáveis e um relógio de ouro envolvia seu pulso. Mais uma razão para me deixar incomodada. Embora essa fosse a minha melhor roupa, não era comparada à dele em muitos sentidos. – Sugar Baby não tem nada a ver com prostituição. – Sei... – murmurei ironicamente. Não estava muito convencida disso e a proximidade dele me incomodava. – E mesmo que tivesse, não faria sexo com você. Mulheres frias não fazem o meu tipo. Recuei um passo como se ele tivesse me batido. Não consegui retrucar por alguns segundos, mas a humilhação brilhava em meu rosto. Dei-lhe as costas e fui até a cozinha. Precisava de um tempo para poder enfrentá-lo novamente, mesmo sendo tão
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DOZE
– Está pronta para ouvir? – Balancei a cabeça e ele recostou-se na cadeira sem tirar os olhos de mim. – Eu não quero uma prostituta. Relacionamento sugar é como qualquer relacionamento. – Sei... – ironizei. – um relacionamento que envolve dinheiro. – Isso incomoda você? – Sim. Dava para ver nos olhos dele que a conversa não estava indo da maneira que ele esperava. Ele estava irritado e tentei esconder minha satisfação. – Vejo que você é uma daquelas garotas puritanas que acreditam em amor verdadeiro. O modo como ele proferia as palavras me ofendia. O fato de ser uma romântica incorrigível não falava nada sobre mim. – O mundo sugar é mais fácil e sem complicações. Vi seus projetos outro dia e vejo que tem muito potencial. Se tiver força de vontade, seu talento pode chegar muito longe. – ignorando meu embaraço, ele voltou sua atenção para o cardápio. – Eu serei seu tutor. Investirei em sua carreira profissional e em troca, quero sua companhia. – Sem sexo? – Eu não reconhecia min
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TREZE
No domingo, optei por não sair de casa. Estava tentando entender o que acontecera comigo na noite anterior. Não sabia o que deu em mim naquele momento. Melhor dizendo, eu sabia. O problema foi lembrar-me do olhar de Rafael sobre mim. Ele me entorpeceu, fez com que eu me sentisse desejada por ele e embriagou-me os sentidos. Naquele momento, eu sabia que se ele pedisse para transar comigo, eu o faria. Mesmo sendo um olhar frio, ainda tinha o poder de me fazer tremer. O cara era quente demais para meu bem.As palavras de Rafael, embora roucas naquele momento, ainda me incomodavam. Eu não era fria, não era puritana. Era apenas uma garota que só queria um encontro ideal. Buscava o amor, mesmo não acreditando nele.O que mais me surpreendeu foi ter aceitado algo que eu achava errado. Não me entenda mal, a coisa parece simples, mas para mim não era. Seria uma boa receber uma ajuda para me tornar uma profissional melhor. Queria chegar longe e provar a todos minha capacidade. Queria melhorar a
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QUATORZE
- Já que passarei a trabalhar aqui, gostaria de saber onde vou ficar. Tenho algumas coisas importantes para atualizar.Ele arqueou a sobrancelha. Dava para ver em seu rosto que não esperava essa atitude da minha parte.- Por que não está usando as roupas que te dei?Senti meu rosto corar de vergonha.- Não achei necessário. Minhas roupas são perfeitamente adequadas. - De fato eram, mas com o tempo estavam gastas. - E se eu chegar a ter uma reunião de emergência? Não posso te levar comigo se não parecer apresentável.Eu odiava rótulos e reconhecia que queria estrangular o homem a minha frente.- Então eu serei cautelosa. Trarei algumas peças comigo e quando precisar troco de roupa.Divertimento cruzou seu olhar e o esboço de um sorriso surgiu.- Muito bem. Confiarei em sua palavra. - E afastando -se de mim, caminhou ate uma porta e a abriu. - Sônia irá lhe mostrar sua sala provisória. Tem a manhã para se acomodar e conhecer a casa. À tarde, irei a sua sala para começarmos a trabalhar.
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QUINZE
Congelei no lugar, mesmo embaixo do calor infernal. A garota rebolava no colo de Rafael, jogava o cabelo para trás. Estava nua, assim como ele e meu rosto queimou de embaraço.Sentados na cadeira, nenhum dos dois me viu chegar. Essa poderia ser a hora ideal para ir embora dali, mas não consegui. Meu olhar seguiu as mãos dele; que percorria o corpo da loira com loucura. Minha própria respiração ficou acelerada e senti meus seios sensíveis. Merda, me sentia uma voyeur e não desviava o olhar do casal. Poderia ser falta de sexo, não sei, mas naquele momento senti inveja. Eu desejei estar nos braços de Rafael, e senti-lo me possuir repentinas vezes até perder a cabeça.Não sei o que houve, mas como se sentisse meu desejo, Rafael afastou os olhos da mulher e me encarou. O sorriso presunçoso que surgiu em seus lábios e prendeu seus olhos ao mês. Meu coração disparou. O acordo iria para o espaço, eu sentia isso. Apertei as mãos com força e desviei o olhar por um instante. O desejo se apodero
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