Maia saiu correndo, completamente atordoada, mas eu, por outro lado, senti meu corpo inteiro como se tivesse levado um choque. O movimento de Bruno ao me segurar era natural e harmonioso, algo que só podia acontecer porque havíamos repetido aquela cena tantas vezes antes. A posição em que ele me mantinha era íntima e sugestiva. Durante esse tempo, deixei-me levar pela sua ternura, aproveitando o conforto dos seus braços. Só de estar ali, sendo segurada por ele, as lembranças do que vivemos recentemente começaram a invadir minha mente, sem permissão. Com uma dor de cabeça crescente, pressionei a testa, e um gemido de angústia escapou da minha garganta. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo — talvez fosse uma forma de desabafo, ou talvez uma tentativa desesperada de bloquear aquelas memórias que agora, longe de doces, eram mais venenosas do que qualquer outra coisa. Tentei me desvencilhar, mas Bruno me puxou ainda mais forte, até que meu corpo estivesse completamente encai
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