LumaMeu coração dói, minha cabeça dói, tudo dói. Tremo de frio e chego a conclusão que morreremos, meu filho e eu. Sem ter onde recostar a cabeça, sem ter abrigo, acabarei doente e então morreremos. Talvez seja melhor assim.Na verdade, começo a pensar se morrer não seria uma solução. Meu pai se sentiria culpado se descobrisse que me matei logo após ter me abandonado grávida? Gabriel sofreria pelo resto da vida sentindo o peso de sua decisão covarde?Ponho-me de pé realmente considerando me enfiar na frente de um carro... carro não, um caminhão. Um caminhão, sim, poderia acabar com meus sofrimentos em poucos segundos.— Ei, você está bem? — levanto os olhos com os cílios pesados da chuva e vejo um carro parado à minha frente.Era um carro luxuoso e havia uma mulher no volante. Ela tinha o cabelo preto e curto, o batom vermelho destacava-se bastante em sua face.Não respondo a sua pergunta, apenas a encaro. Ela estende o braço e abre a porta do lado do carona.— Entra, sai dessa chuva
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