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Todos os capítulos do Lady Red - Assassina da Máfia : Capítulo 1 - Capítulo 10
48 chapters
Prólogo
Clara TommasoLondres, 20 de janeiro de 2020 Agora sei o que significa o ditado “lobo em pele de cordeiro”. Para ser honesta, descobri da pior forma possível. O amor da minha vida, um crápula nojento, por ganância matou o próprio filho no meu ventre. Sou princesa em uma máfia italiana, e minha primeira missão é matar um agente da MI6, conhecido como Jack Brow, mas como qualquer jovem imatura, apaixonei-me e entreguei-me inteiramente para o maldito policial. Temos regras claras de não ter envolvimento emocional com nenhum verme fardado. Presa e entregue a escuridão em uma cela nos esgotos de Londres é a minha condição atual, embora, com essa lição, eu tenha aprendido a nunca confiar em alguém. E se eu sair daqui viva, pode ter certeza que serei o pesadelo de quem cruzar o meu caminho. Solitária, desnutrida e sem esperança, seria uma forma até tranquila de me descrever, entretanto, estou aqui há três meses, com comida regrada: um pão seco e, algumas vezes, arroz puro. Por semana, rec
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Capítulo 01
Clara TommasoItália, 20 de abril de 2023.Dias atuais.Com certeza você não me conhece, ou quem saiba já tenha ouvido o meu nome, embora nunca tenha se aprofundado realmente na minha história. Sinta-se honrado, pois irei te contar todos os detalhes, dos mais leves ao mais obscuro do motivo que me tornei Lady Red, a assassina mais implacável de toda a Itália. Antes de tudo, eu adoro vermelho, isso me lembra o sangue dos meus inimigos manchados em minhas roupas sempre que tomo a frente de um crime. Ganhei um poder inigualável durante três anos, hoje posso dizer que esse poder duplicou, mas estou infeliz em frente ao túmulo da pessoa mais importante na minha vida, o meu pai. Dias de luto as pessoas costumam desejar paz ao familiar e usar preto pela dor, porém, comigo difere, estou de vermelho, essa cor me traz a lembrança de que em breve matarei quem o matou. Não sou vingadora, entretanto, quando se trata de quem amo, torno-me uma. Com os olhos repletos de lágrimas eu os fecho para qu
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Capítulo 02
Clara TommasoApós um dos meus homens chegar, anunciando que Valentina é a culpada pela morte do Coronel, ex braço direito do meu pai, minha reação foi de choque total. Eu não conseguia acreditar que uma pessoa que confio tanto é a culpada de matar aliados da própria família. Quando entramos para uma organização criminosa, passamos a ser parentes, já que guardamos segredos extremos de todos. Incrédula, pergunto para ela: — Valentina? — Clara, você não pode acreditar nisso, eu não fiz isso com o Coronel. — Valentina, você é a única pessoa com aquele tipo de balística, foi feita sob encomenda, não me diga que devo confiar em você — chateada, assevero.— Silas, qual foi o dia da morte dele? — ela pergunta para o soldado.— A perícia não sabe ainda — o homem responde. — Descubra isso o quanto antes, e vocês saberão se tenho um álibi ou não. — Valentina tenta se justificar. — Lady Red, de acordo? — Rocco interrompe e fala pela primeira vez desde que Marco saiu.— Sim, serei justa como
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Capítulo 03
Marco CesareSegurando os pulsos com uma mão, e seu cabelo com a outra mão, além do meu corpo imprensado ao seu para imobilizá-la no vidro do boxe. Essa é a posição que me encontro com a mulher mais indomável que já conheci na minha vida. Clara Tommaso, ou melhor, Lady Red. Minha futura noiva. Filha da puta, ficar despido ao lado dela me deixa louco de tesão. Controlei a porra do meu pênis dolorido, buscando forças para não a jogar nesse vidro de perna aberta e introduzir fundo. Clara é tentadora com o seu corpo violino. Não sou músico, mas faria uma canção com suas cordas sensíveis. — Marco, me solta! — exclama enquanto me empurra para longe. — Sou mais forte que você, Clara. — Serás um homem morto quando me soltar! — Acha mesmo que pode me ameaçar? — Viro-a de frente, prendendo seus pulsos com uma de minhas mãos acima da sua cabeça. — Não me desafie! — O que fará? É um canalha agressor de mulher? — Nunca bati em mulher, mas não me tente a fazê-lo uma primeira vez. — Aperto
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Capítulo 4
Clara Tommaso Não contava que Marco defenderia a puta diante dos meus olhos. Essa é a cena que observo. Com uma Magnum 357 apontada para a minha cabeça e os olhos dele que suplicam algo além de ódio, há um brilho estranho por trás de toda aquela melanina verde. Mesmo tentando decifrar aquele véu que se revela em seu olhar, eu me mantenho firme, apontando minha pistola na direção dele. — Baixe essa merda, Clara — ordena. — Sinto decepcioná-lo, mas não cederei, meu desejo é matar essa mulher e assim farei. — Eu não quero começar uma guerra com você, vamos resolver da forma certa, Bruna é minha propriedade, eu resolverei isso. — Que garantia tenho disso? — Tem minha palavra. — Sua palavra não basta, saia da minha frente. — Porra, em vez de você facilitar essa merda, só me revolta mais.— Clara, deixe-me conversar com você. — Magno se mete em nosso meio, ficando agora com as duas armas apontadas para ele. — Não se meta onde não é chamado, Magno. — Estou decidida e quero mostrar
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Capítulo 5
Clara TommasoApós estar melhor, volto para o meu acampamento e converso com alguns dos meus homens, todos estão gravemente feridos, sem condições de combate. Minha outra alternativa é conversar com Valentina. Fui preparada para começar um interrogatório simples. Não sou boa com conversas, mas o que eu sei precisarei usar agora. — Você vai me soltar? — Não, principalmente agora que todos podem ser suspeitos de traição ao meu patrimônio. — Está convencida de que sou eu? — Podem ser todos, não se esqueça de que foi acusada de matar o Coronel. — Clara, não tenho relação alguma com essa morte, você me conhece, acha mesmo que eu sou essa pessoa? Alfonso era meu homem, mataria a única pessoa que conseguiria me dizer o nome do assassino dele? Amei seu pai por anos, quero vingança tanto quanto você. — Palavras não são suficientes. — Clara? — Ouço a voz de Marco me chamando, e nem preciso me virar para ter certeza de que é ele, aquela voz grave já domina os meus neurônios. — O qu
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Capítulo 6
Clara TommasoMantenho minha boca selada, como se estivesse colada com super-bond, ele se afasta e prende nossos olhos. Pela primeira vez, eu o desejo intensamente e temo não suportar essa tensão que cada momento como esse surge ao nosso redor. Sussurro:— Marco…— Diga.— Se tentar algo comigo, será forçado.— Não sou esse tipo de homem. — Levanta de cima de mim, atordoado. — Me desculpe, isso… eu… desculpe, Clara.— Desculpa? — Vendo seu estado de confusão, aproveito a oportunidade para tentar obter respostas. — Está com a consciência pesada por algo que fez?— Você quer insinuar algo com isso? — Para com a testa levemente enrugada, enquanto me analisa.— Não devia ser o tipo de homem que pede perdão. Sua consciência pesa por algo que fez?— Você está enganada, eu não pedi perdão, pelo contrário, pedi desculpas por agir como um crápula. Pedir perdão é assumir culpa, pedir desculpas significa sem culpa, ou seja, não preciso ser perdoado.— Ok, você está certo.— Queria que eu estives
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Capítulo 7
Clara Tommaso — Ele é tudo que tem? — com a voz grave, me interroga, um sinal de que está chateado. — Isso te chateia, Marco? — Pare de responder minhas perguntas com mais perguntas.— Então faça suas perguntas direito… — Levanto brutalmente e jogo o seu pé para longe, Marco geme e se levanta para me encarar olho a olho.— Responda o que perguntei.— Sim, ele é tudo que tenho. Não vai tocá-lo, entendeu?— Me perguntou se isso me chateia, e a resposta é: profundamente. Quem abriu as portas para você e sua escória fui eu. — Escória? Se sou tão inferior a você, por que ainda me mantém aqui com a minha escória?— Você é nobre, Clara, me expliquei errado. — Eu tenho o sangue dos meus homens, Marco, ofendê-los também me ofende. — Você está certa, temo de precisar ir embora, antes que essa conversa evolua para uma nova briga inútil. Só se lembre de algo: não sou seu inimigo. Sabe onde me encontrar.— Devia se arrepender por falar isso. Eu te considero meu maior inimigo.— Não posso mud
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Capítulo 8
Marco Cesare O dia anterior foi um tanto dramático, então pedi aos deuses para que esse fosse tranquilo. Preciso ver como a fera está, além de que preciso pegar roupas para tomar banho, não sei se ela está na minha cama, ou se já está no acampamento cercada de homens. Ela não cede rápido, mas essa noite eu vi um lado diferente. Digamos que ela sempre seja 100% carrasca, entretanto, ontem diminuiu um pouco, ficou 98% apenas. Ela odiou quando a chamei de Lady Red. Pego-me rindo da reação dela. Testa enrugada, olhar magoado. Bem, vou ver se a respondona acordou. Fui em direção ao meu quarto, e assim que seguro a fechadura para abrir a porta, Magno me para com sua voz irônica: — Estou enganado, ou dormiu em outro quarto? — Clara dormiu no meu, acabei ficando com outro quarto. — Não esperava que ela aceitasse ficar na mansão, ainda mais na sua cama. — Ela vai dividir essa cama comigo por anos, Magno, qual é a surpresa disso? — Quando olho para ela, apenas vejo o ódio que sente por v
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Capítulo 9
Clara Tommaso— Hoje pode ficar com sua cama, irei dormir no acampamento, já descansei o suficiente aqui. — Tome café da manhã comigo. — Irei comer com meus homens. — Pego um roupão que está em uma poltrona e me enrolo nele, cobrindo meu corpo. Olho em volta do quarto para ver se nada esqueci, embora esteja tudo certo. — Te vejo por aí…— Continua teimosa e duvidando de mim? — Perdão? — Está com a consciência pesada? — Como é que é? — Ontem me disse que eu estava com peso na consciência por te pedir desculpas, mas expliquei que apenas pedir perdão significa que tem algo além… recorda? — Não estou com peso na consciência, só pedi perdão por não compreender o que quis dizer.— Está com a consciência pesada, o que fez? Suspiro, irritada, ele continuará insistindo, então me encorajo a dizer:— Ouvi água caindo, segui o barulho até o banheiro e espiei você tomar banho. Satisfeito? — Você o quê? — Gargalha e joga a cabeça para trás enquanto debocha de mim. — Se estava querendo me v
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