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Todos os capítulos do A Propriedade Do Alfa : Capítulo 1 - Capítulo 10
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Prólogo
As pessoas ao meu redor sempre falaram sobre criaturas sobrenaturais e como andavam entre nós, humanos. Nunca fui uma pessoa apegada ao misticismo e crenças populares; para falar a verdade, sempre fui cética em relação à vida. Não era o tipo que acreditava em religiões, histórias sobrenaturais e até mesmo em alienígenas. Sempre acreditei que esse tipo de história era contada tantas vezes que chegava a causar histeria coletiva, algo que justificava essas visões e encontros com o desconhecido.Na infância, meu sonho era crescer, passar em uma boa faculdade e ter uma desculpa boa o suficiente para sair dessa pequena cidade antiquada e ir para um lugar onde realmente me entendessem. As únicas pessoas que me entendiam nessa cidade eram meus amigos Austin e Pierre. Mesmo minha irmã gêmea sendo a pessoa que melhor me entendia, a única que realmente sentia que todos nessa cidade eram loucos e que tínhamos que sair daqui, não éramos tão próximas e isso só piorou com sua mudança para a casa de n
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Floresta
Violet HathawayResidência HathawayHoras antesHoje é o aniversário da Annabel, minha irmãzinha de 2 anos. Ela se parece muito comigo, todos dizem isso. Annabel é branquinha, com cabelos negros e olhos azuis. Ela é como eu era quando era pequena, exceto pela cor dos olhos, já que os meus são negros. Me chamo Violet e sou a mais velha das gêmeas. Minha gêmea idêntica se chama Sarah, mas ela mora em outra cidade desde que a mamãe descobriu que estava grávida de Anna.Acho que Sarah só queria ter a própria vida, então, com dezesseis anos, o papai permitiu que ela morasse com a vovó no sítio.Felizmente, hoje ela está aqui. Vamos comemorar o aniversário de nossa irmã em família.Ajudo Sarah a levar as decorações da festa para o quintal dos fundos. Diversos balões rosa e branco estão pendurados formando um arco. Atrás do arco, há um painel rosa com alguns de seus personagens favoritos dos desenhos animados. Luzes coloridas enfeitam o quintal, que está cheio de mesas e cadeiras de madeira c
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Visões
As pessoas riam e conversavam despreocupadamente enquanto eu encarava o celular, sem que percebessem minha crescente apreensão. Olhava fixamente para a foto da pegada, e a imagem do imponente lobo marrom ecoava em minha mente. Contudo, mesmo considerando o tamanho desse lobo, suspeitava que a pata em questão não lhe pertencia. Parecia ser de um animal ainda maior.Caramba, será possível que exista um lobo ainda maior nesta floresta?Logo, as lendas sobre homens que se transformavam em feras e eram exilados para a floresta me ocorreram. Se essas lendas fossem verídicas, então as histórias sobre criaturas demoníacas que se alimentavam de sangue humano também poderiam ser reais.Rio sozinha, achando graça da minha própria imaginação. Isso não pode ser real. Deve haver uma explicação lógica para tudo isso.Decido procurar na internet por informações sobre "lobos gigantes na floresta de Vila Legal".Para minha surpresa, os únicos resultados que encontro são relatos de moradores sobre encont
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Assassino Cruel
A festa de aniversário estava animada. As crianças brincaram e muitas estavam quase dormindo na hora dos parabéns. Achava engraçado como as crianças conseguiam gastar sua energia facilmente. Com a ajuda do papai, limpava a bagunça no quintal.— Então, filha. – Sua voz calma chama minha atenção. – Me diga o que aconteceu com você.— Não aconteceu nada. – Falo confusa. – Do que o senhor está falando?— Sei que alguma coisa muito séria deve ter acontecido com você. – Sua voz sai preocupada e ele me olha nos olhos. Sua atitude me causa arrepios. – Você ficou quieta no seu canto, pensei que fosse o cansaço. Mas depois que você saiu do seu quarto, parece que piorou. Ficou mais calada, ficou na mesa o tempo todo. Nem deu atenção a Dália quando ela veio falar com você. Você não é assim, sempre é a alma da festa.Dou um sorriso sem graça com seu comentário. Seu poder de observação era uma das coisas que eu mais gostava. Papai sempre sabia quando eu estava mal ou triste. Ele era uma daquelas pes
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Correndo pela sobrevivência.
Avisto o par de coturnos pretos se aproximando lentamente de mim. Queria me mover, mas o medo me paralisava. Sou puxada pelo cabelo e grito de dor.Olho em direção ao rosto do meu agressor e me assusto ao ver olhos totalmente pretos e um rosto coberto de sangue. Ele não parecia humano; sua pele era extremamente pálida, como se não houvesse sangue em seu corpo.Meu corpo se enche de desespero ao perceber que reconhecia aquele rosto. Era o mesmo homem misterioso da festa. Me debato em seus braços, e ele sorri satisfeito. Sua mão toca meu pescoço, mas rapidamente recua ao tocar a corrente em meu pescoço, como se ela o machucasse. Ele rosna para mim, como se fosse um gato prestes a atacar o outro.Vejo papai se arrastar pelo corredor, seu corpo estava repleto de cortes. Papai enfia no tornozelo da criatura uma de suas facas de caça, e escuto seu grito gutural. – Verme maldito!– ele grita antes de me arremessar escada abaixo. Sinto meu corpo doer ao bater em cada degrau.– Como ousa tentar
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Você consegue nos entender?
— Ainda acho que devemos matar essa garota e depois comê-la. — Escuto uma voz feminina rouca falar com desdém. — Não façam essa cara, aposto que pensaram o mesmo quando viram seu corpo desacordado na floresta.— Não seja idiota. — Uma outra voz feminina fala irritada. — Sabe que o Dylan jamais permitirá que encostem na nova humana de estimação dele.Uma risada sarcástica invade o cômodo e meu corpo se arrepia, entrando em estado de alerta.— Que seja. — A primeira voz diz com desgosto. — Se ninguém a devorar, ela acabará como todas as outras.— Eu não diria isso se fosse você, maninha. — Um homem fala com certo entusiasmo. — Ela sobreviveu a um ataque de um sugador de sangue, isso por si só já é impressionante. Agora saber que não era apenas mais um demônio qualquer e sim o...Sua voz é interrompida por um rosnado canino, como se ele estivesse prestes a revelar informações que não devia.Um flash de memórias passa em minha mente, e sinto meu peito doer ao lembrar da minha família. Ele
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Transformação
Acordei sentindo uma dor aguda na perna. Abri os olhos e vi que estava em um quarto estranho, diferente do quarto que o Dylan me deixou. Olho ao redor tentando identificar alguma coisa, mas tudo era novo pra mim. Forço a visão ao ver uma silhueta na escuridão. Um abajur é ligado e sua luz faz meus olhos doerem. Quando finalmente consigo focar a minha visão, vejo uma mulher sentada em uma poltrona em frente a cama. Seu cabelo castanho claro era raspado na lateral e estava jogado sobre seu ombro esquerdo, apesar da pouca iluminação no quarto, pude notar seus traços delicados e uma cicatriz em sua bochecha. Ela arqueou uma sobrancelha quando percebe que estava a observando por muito tempo.— Finalmente acordou, humana.Essa voz… eu me lembro dela. Essa é a mesma voz que disse que queria me devorar. Arregalo os olhos e tento me sentar na cama, mas a dor em minha perna me faz soltar um gemido alto de dor. Maldição! Estava presa em um quarto desconhecido com essa maníaca. — Gosta de enc
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Estou segura?
Sentia-me como um alienígena, com os olhares curiosos e fascinados de Ivy. Era como se a jovem estivesse observando um documentário da vida selvagem no Animal Planet; qualquer ação minha provocava olhares surpresos e sons de espanto. Com minha visão periférica, conseguia observar suas expressões faciais. Ela era realmente muito espontânea, e seu rosto denunciava seus pensamentos. Diferente de muitas pessoas que conheci na vida, não sentia maldade nem malícia em sua observação. Era mais algo curioso, como se ela nunca tivesse visto outra pessoa antes. Algo irônico, pois até onde eu sabia, ela pertencia a uma espécie chamada "alcatéia".— Ivy... Querida. – Meu tom de voz calmo chamou sua atenção. Larguei meu prato de sopa e a encarei antes de lançar um olhar sarcástico. – Não acha melhor tirar uma foto? Vai durar mais!Ivy inclinou a cabeça para o lado, como um pequeno cão tentando entender as ordens de seu dono. Sua expressão confusa era extremamente adorável, quase me fazendo sentir c
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O Ataque
A cada segundo que passava, os gritos e os sons de rosnados lá fora aumentavam, criando uma atmosfera ainda mais tensa. Eu estava sozinha no quarto, minha mente trabalhando em uma velocidade frenética enquanto tentava compreender a situação em que me encontrava.Os minutos pareciam se arrastar, e a incerteza do que estava acontecendo me deixava inquieta. Minha perna doía, e eu desejava poder me mover livremente para entender melhor a situação. Ficar presa em um quarto desconhecido enquanto o caos se desenrolava lá fora não era uma sensação agradável.Finalmente, depois de um período que pareceu uma eternidade, Ivy retornou ao quarto. Seu rosto estava preocupado, e suas mãos tremiam ligeiramente. Ela fechou a porta atrás de si e suspirou profundamente antes de falar.— Sinto muito por ter te deixado sozinha. As coisas lá fora estavam fora de controle por um tempo. – Seu peito subia e descia com a respiração desregulada.Eu a olhei, buscando por respostas. A preocupação em seu rosto me
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Fique Comigo
Os socos e pontapés na porta me fizeram paralisar. Estava apavorada, sentia como se meus pés estivessem presos no chão e todo o meu corpo tivesse sido congelado.— Vamos, pule! – Ivy falou com nervosismo. – Não precisa ter medo, eu irei te segurar.Escutei o som do armário começar a ser arrastado devido à força dos socos e chutes na porta. Uma fresta se abriu, dando espaço suficiente para ver seus olhos verdes arregalados e inquietos, como se estivesse prestes a me atacar.Meu corpo saiu do transe ao ver sua mão entrar pela fresta e começar a forçar a porta.Meu coração batia descompassado quando, finalmente, tomei coragem e saltei pela janela, aterrissando no telhado com um impacto doloroso. A neve macia cobria o telhado, mas minha perna ferida protestava a cada passo que eu dava.Com dificuldade, comecei a caminhar pelas telhas escorregadias, minha respiração saindo em pequenas nuvens de vapor. Ivy, embaixo de mim, me instava a con
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