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Todos os capítulos do Rastros do Passado: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Prólogo
SETE ANOS ANTES...Naquela noite eu a beijei com uma intensidade enlouquecedora. Quanto mais a beijava, mais a queria e mais a possuía. Yaides tinha um poder sobrenatural sobre mim, que me puxava mais para ela e me atraía de uma forma que me tirava as forças. Olhei para baixo e a vi em seu melhor momento. Ela respirava com dificuldade e gemia baixinho, enquanto as suas unhas se aprofundavam em minha pele. Fui arrebatado por aquela linda visão e no segundo seguinte, me entreguei ao seu prazer, mergulhando nas mais profundas águas revoltosas, me derramando inteiro dentro dela.— Está decidido — disse ainda ofegante. — Ficaremos juntos em Massachusetts e só voltaremos de lá formados e casados — Inclinei-me para deixar um beijo casto em sua boca e a puxei para os meus braços. Yaides se aconchegou em meu peito e eu pude sentir que ela sorria contra a minha pele.— Sim. — Ela disse, passando as pontas dos dedos suavemente pelo meu peitoral. Ela ergueu a sua cabeça e me olhou com um sorriso
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David DIAS ATUAIS... — Cara, você precisa ver a novata do RH. — Caio Alcântara, meu primo e sócio diz entrando na minha sala, sem ao menos bater na porta. Ergo minha cabeça acima da tela do computador e encaro o rosto sorridente do homem vestido de maneira informal. — Loira, alta e aqueles olhos verdes? Deus do céu! — O carinha se senta na cadeira de frente para a minha mesa e eu me afasto da mesma, encostando-me na cadeira e começo a gira-la lentamente de um lado para o outro, sem tirar os meus olhos de cima dessa figura. — Você não devia estar em uma reunião agora? — Ignoro o seu comentário sobre a nossa funcionária e incomodado, ele revira os olhos para mim. Eu adoro o meu primo! Sempre fomos melhores amigos, mesmo com uma diferença de idade grande. Caio sempre foi um garoto esperto demais para a sua idade e a única coisa que me incomoda nele, é esse seu comportamento e a sua vida promíscua movida de farras e de mulheres que frequentam o nosso apartamento todas as noites. — Rela
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David — Sextou, David! Tá a fim de tomar umas com as meninas? — Caio pergunta saindo da sua sala que fica bem no meio do corredor. Caminhamos juntos para um dos elevadores, encontrando alguns funcionários que também se preparam para sair. — Talvez eu vá ao Pub hoje — resmungo com um tom sério e ergo os meus olhos para os números que brilhavam no teclado a nossa frente. O rosto de Caio surge na minha frente. O idiota se inclina e me encara com um baita sorriso escroto. — Me diga que isso não é um sonho? — pede com um humor que me fez soltar uma respiração alta. — Vai te foder, Caio! — Sério, David! Você nunca diz sim pra mim. Pelo menos não com tanta facilidade. — Se eu te dissesse que não, você ia desistir? — Não. — Por isso resolvi dizer logo um sim — rosno. Mas, a verdade é que não quero voltar sozinho para aquele apartamento e passar mais uma noite remoendo o meu passado, que não tem concerto. Depois que as portas do elevador se abrem, seguimos para os nossos carros e de lá
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David— Não deve ser tão ruim assim. — Caio resmungou quando saímos da sala de reuniões.— É péssimo, Caio! — retruco mal-humorado.— Seja lá o que você deixou para trás no Brasil, acho que já está mais do que na hora de voltar e dá um jeito nessa situação, David.— Por que acha que eu deixei algo para trás? — rebato. Ele abre a porta do seu escritório e eu paro, esperando a sua resposta.— Por vários motivos. Você não trepa mais, não sai para dançar, beber feito um louco todos os finais de semana e tem uma m*****a foto de Yaides em sua carteira. — Surpreso com esse último comentário, arqueio as sobrancelhas e o encaro com firmeza.— Andou mexendo nas minhas coisas? — indago entre dentes, segurando um berro no meio do corredor, para não chamar a atenção dos funcionários. Caio respira fundo e antes de me responder, ele olha para os lados.— Não. Eu só fui pegar o seu cartão como havia me pedido uma vez. Sem querer deixei alguns documentos cair no chão e a foto dela estava no meio deles.
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David — Porra, que gata, quem é? — Caio pergunta, praticamente quebrando seu pescoço, para olhar a bunda da garota, que saiu pisando duro e rebolando dentro do vestido apertado. — Patrícia Backer. — Da indústria de farmacêutica? — Ele parece surpreso. — Por que não a passou para mim? Cara, unir os negócios ao prazer é a melhor coisa do mundo! Tenho certeza de que a deixaria bem satisfeita. — Você ainda vai se dar mal com isso — ralho em resposta, encarando os papéis. Ele se senta à minha frente e o seu tempo em silêncio me faz olhá-lo por cima dos documentos. — E aí? — indaga. Dou de ombros. — E aí o quê? — Liguei para a minha mãe e avisei que irei ao Brasil na próxima semana — informa. Faço um sim em concordância para ele. — Contei pra ela que você vai comigo. — VOCÊ O QUÊ? — Praticamente grito a indagação. Ele se ajeita na cadeira. — O encontro da turma será em quinze dias e como você aceitou o convite... — Semicerro os olhos para o meu primo, contendo uma fúria que parece m
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David — Entendeu tudo direitinho, Kathy? — pergunto para a nossa assessora, após uma reunião rápida. Caio e eu decidimos que Kathy Lourency ficará responsável pela empresa enquanto estivermos no Brasil. É claro que algumas coisas farei de maneira remota pela internet, como algumas reuniões, leituras de contratos, avaliação de documentos, entre outras coisas. — Pode ter certeza de que entendi tudo direitinho. Não se preocupe, Senhor Lacerda e Senhor Alcântara. Tomarei conta de tudo. — E me ligue se precisar, a qualquer hora. — Reforço. — Deixa de ser babaca, David a Kathy não é nenhuma criança e você já repetiu a mesma coisa dezenas de vezes. — Caio rebate impaciente e a garota rir do seu comentário. — Podem ir tranquilos, qualquer coisa eu peço socorro. — Kathy fala sorridente. Querem saber a verdade? Estou protelando esse momento. Quanto mais as horas se avançam, mas nervoso eu fico e consequentemente quero recuar, mas eu sei que não posso e que o meu primo também não permitirá
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DavidDuda e Caio tiveram um namoro que durou quase um ano. Naquela época o cara era um bom moço, comportando e acreditem ou não, era do tipo que levava flores para ela. Entretanto, desde que o namoro acabou, Caio caiu literalmente de cabeça nas farras e no meio das pernas da mulherada.Assim que entro na enorme e bem iluminada sala de visitas, decorada com o requinte de uma rainha, encontro praticamente toda a família e assim que ponho os meus pés no cômodo, sou abraçado por todos eles, e no final, recebo um forte abraço do meu tio Luís Renato Alcântara e depois do meu pai e do meu tio Marcos Albuquerque. Esses três me ensinaram muita coisa sobre empreendimentos e se hoje me tornei um grande empresário, foi graças a eles também.— Como você está, filho? — Meu coroa pergunta, segurando firme os meus ombros e me olha nos olhos.— Estou bem! — respondi com um tom de desdém, porque não quero que perceba que estou frágil, ou que de alguma forma me sinta abalado. Kevin me sorrir orgulhoso e
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David — Mais uma David. — Carlos, um antigo amigo de farras disse enchendo mais um copo de uísque. Estamos em um clube noturno, onde meu pai é um dos sócios. Caio e alguns amigos que vieram juntos e já tem algum tempo que eles sumiram na pista de dança lotada. Já é quase uma da madrugada e a minha cabeça não para de girar e eu não sei dizer se é por conta da bebida, do som alto demais ou por conta da visão de mais cedo. O fato é que quando eu cheguei na casa dos meus pais, liguei para todos, combinando uma noitada. Eu precisava apagar aquela imagem, afogá-la em uma garrafa de uísque e depois levar uma garota qualquer para um motel e transar com ela até perder a consciência. — Vem dançar David. — Luana, uma garota que acabei de conhecer pediu, praticamente se jogando em cima de mim. Esvaziei mais um copo e segurei a sua mão, a levando para a pista aperta. A música tinha um ritmo dançante, mas a garota se encostou no meu corpo, envolveu o meu pescoço e começou a se esfregar de uma fo
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8
David Ela perguntou ao sair do carro. — Claro! Vão na frente, eu entro já — pedi porque precisava respirar um pouco e quando as três mulheres entraram na loja, deixei a minha cabeça pender para trás, encontrando o conforto do encosto do banco. Respirei fundo e olhei para a fachada simples do prédio para depois sair do carro e caminhei para na direção da enorme, porém, antiga porta de madeira que tinha alguns vidros quadrados, separados por finas vigas de madeira envernizadas. Levei uma mão para o trinco e ao abri-la um sino tocou avisando a minha presença. Entrei na loja, observando algumas prateleiras algumas estantes com alguns livros arrumados de acordo com seus gêneros e lançamentos. Mais à frente tinha um balcão grande de fórmica branca e de vidros transparentes que continha alguns materiais de papelaria, canecas personalizadas, agendas e outros objetos. Em cima dele tinha uma caixa registradora antiga. Respirei fundo outra vez e olhei para os lados a procura das minhas garotas
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Yaides Olhei através do vidro da vitrine assim que a Senhora Lilian e suas filhas saíram da loja e pude vê-lo dentro do carro, sentado no banco do motorista, com a porta aberta. Já fazia tanto tempo, mas eu ainda conseguia ver o quanto ele estava afetado em me ver na sua frente. Comigo não foi diferente. Eu não esperava vê-lo nunca mais na minha vida e saber que ele era o filho de uma das minhas melhores clientes, só piorou a situação. — Yaidis, estou indo buscar a Maya. Quer que eu traga alguma coisa para o jantar? — A voz de Júlio me fez saltar e afastar-me da vitrine. Ele me lançou um olhar estranho e suspirou baixinho. — Está tudo bem, você parece nervosa — disse. Me afastei ainda mais da vitrine e forcei um sorriso pra ele. — Está. — Ele assentiu, mas não me pareceu convencido. — Tem certeza? — Júlio se aproximou de mim, segurou uma mão minha e me olhou especulativo. — Você está gelada, Yaidis. — Puxei a minha mão da sua e me afastei para ir até o balcão. — Deve ser o excess
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