Entardecia. E nenhuma outra palavra poderia descrever tal entardecer que não a palavra ‘perfeito’. Era um entardecer perfeito. O sol que, estranhamente, resolvera brilhar um pouco mais forte durante todo aquele dia, pouco a pouco começava a recolher sua luz, lentamente começando a se esconder por trás das montanhas, até que fosse o momento de sumir por completo. O céu, que embora tivesse algumas tímidas nuvens densas – que muito provavelmente trariam chuva ao anoitecer completo, tinha aquele tom alaranjado misturado ao azul perfeito, fazendo um belo crepúsculo surgir. Perfeito. Era um entardecer perfeito, e, exatamente por essa razão uma afronta, uma brincadeira cruel sem tamanho. Era cruel que, o destino, em uma piada interna sua, estivesse fazendo daquele entardecer deslumbrante palco de tamanha dor e tristeza, perante uma perda sofrida e, para alguns, inaceit
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