Não lembro quando exatamente isso começou. Sou assim desde que me conheço por gente, por isso assumo que nasci com essa habilidade. Mas o que importa é que eu sou capaz de sentir as pessoas, de compartilhar dos sentimentos delas – medo, coragem, angústia, alívio, ansiedade, tranquilidade, amor, ódio, alegria, tristeza. É claro que é muito difícil lidar com esse talento, se é que se pode chamar assim. Já é complicado ter que administrar nossas próprias emoções, imagina quando ainda se acrescenta as das pessoas à sua volta. Mas, conforme fui amadurecendo, comecei a aprender algumas maneiras de aliviar esse fardo, coisas que me ajudam a enfrentar melhor tudo isso. Como respirar em um ritmo constante e me manter imóvel, por exemplo. O alcance dessa minha habilidade ainda não ficou muito
Ler mais