Quando acordo na manhã seguinte Ethan ainda dorme profundamente. Sei que o pesadelo da noite anterior o deixou exausto – além de poder captar seu cansaço, o mesmo acontece comigo todas as vezes em que tenho esses sonhos –, portanto deixo que continue descansando. Me levanto o mais silenciosamente possível, tomando cuidado para não acordá-lo, e fico em pé ao lado da cama por alguns instantes, o observando. Ele permanece imóvel, um braço enfiado sob o travesseiro e o outro esticado à frente do corpo, ressonando. Desde a primeira vez em que o vi, senti um desejo estranho de protege-lo, sem saber ao certo do quê, e sou novamente atingido por esse sentimento. Sigo até o banheiro e lavo o rosto, depois vou para a cozinha, decidido a fazer um café fresco. Começo a abrir as portas dos armários, procurando pelo pó e os filtros, ainda tentando não fazer muito barulho. A cafeteira é igual à que temos em casa, então não tenho dificuldades para ma
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