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Todos os capítulos do DOIS AMORES E UMA ETERNIDADE: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Capítulo 1 ANJOS DE SANGUE
     Dizem que em Rabat-Marrocos o sol é mais belo e a lua brilha mais e que as paixões são eternas.   Bem, isso até pode ser verídico, mas o que ocorre com os irmãos Zafar é tão serio que há algum tempo os filhos e o pai só estão preocupados em correr contra o algoz tempo e consegui um coração saudável para Hafiz Zafar. Um belo rapaz de apenas vinte e nove anos de idade com insuficiência cardíaca grave.   -Então doutor, como está meu filho? O velho árabe pergunta ao medico da família Faisal Hanza.  -Sabe que eu já me considero da família? Você Hassan é como se fosse meu irmão. Sinto-me no direito de sentir assim, pois, há anos eu cuido de seus filhos. De seus filhos e de suas três esposas. Cuidei também da falecida Aita mãe de Abdul e Hafiz. Desse modo eu vou ser sincero o bastante para que busque providências urgentes. Eu pedi que Abdul também se fizesse presente para saber o quanto gravemente doente está o seu irmão Ha
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Capítulo 2 OLHOS QUE AMAM
        Abdul Zafar até então não tentou seduzir, paquerar, azarar, nada que se distanciasse e uma bela e rara amizade.   Providenciou tudo para o nosso embarque para Rabat. Eu ao lado daquele homem bonito, decidido e misterioso. Seus olhos estavam sempre captando tudo em torno de si. Abdul Zafar é o tipo de homem que toda mulher deseja ao seu lado. Sempre muito gentil, mas quase sempre com a aparência e um rosto sisudo: Eu o vejo como coiote selvagem sempre com os olhos que enxergam tudo a sua volta e destaca a sua presa antes de ela perceber. Abdul Zafar tem olhos de coiote selvagem e destemido. É assim que eu o vejo.   Ele embarcou com o figurino meio árabe, terno preto, gravata com o tecido caro e desenhos assimétricos e na cabeça o turbante ou kiffiyeh de tecido xadrez vermelho e branco. Não gosto muito de vê-lo pensativo e girando o grande anel no dedo repetidas vezes. Às vezes eu puxo conversa para interrom
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Capítulo 3 COLHEITA DE ESTRELAS
    Hafiz Zafar está aparentemente melhor. Esta com a barba e cabelos cortados.  Apesar de frágil e um pouco pálido seus olhos ainda têm vida e esperança que Avaliz trouxe. Ela e Hafiz estão sempre juntos, no quarto, no jardim, na sacada...   -O que está fazendo? Hafiz pergunta olhando Avaliz se cobrindo na cama pequena.   -Aqui é a minha cama. Aqui é a cama para a enfermeira. Avaliz responde e se cobre.   -Não. Você sabe que é mais do que uma enfermeira. Hafiz questiona.   -Tome o seu remédio que esta ao seu lado e se cobre. Hoje esta frio.Eu estou aqui. É tão perto. Avaliz explica.  -Por favor! Hoje está frio.Venha! Por favor! Deite-se aqui. Eu estou implorando. Estou com frio. Hafiz continua.   -É só você se cobrir e logo ficará aquecido. Vamos! Pare de se passar por criança mimada. Hafiz é um homem adulto. Qualquer coisa que você sentir é só me chamar. Avaliz fala com voz meiga e
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Capítulo 4 O CÉU É ETERNO
    O dia amanheceu agitado na grande casa dos Zafar. As esposas e filhas do senhor Hassan Zafar estavam agitadas, falavam e articulavam mãos e braços.Em língua árabe e falando rápido para Avaliz era somente um monte de mulheres estressadas e barulhentas.   Após cuidar de Hafiz Zafar com todo carinho e acompanhá-lo no seu café da manhã a batida na porta seguida da entrada do velho Zafar, o medico doutor Faisal e Abdul Zafar girando o seu grande anel no dedo surpreendeu Avaliz e fez desaparecer o pouco brilho no pálido rosto de Hafiz.   -Bom dia! Hafiz respondeu sem animo.   -Senhorita Avaliz poderia nos dar licença por uns minutos. Doutor Faizal pede educado.   -Sim. Avaliz beija o rosto de Hafiz e sente que ele abaixa a cabeça como se pairasse algo muito ruim no ar.   Avaliz passa por aqueles homens que a olham com mistério nos olhos excetuando Abdul, os seus olhos de coiote também estavam sem o bril
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Capítulo 5 ROSAS E ESPINHOS
  O cheiro das manhãs em Rabat e o cheiro vindo da cozinha é inspirador e hoje o dia será bem agitado. Enquanto os cozinheiros cuidam dos salgados, doces e um belo bolo de aniversario para Hafiz as barulhentas e agitadas irmãs de Hafiz e de Abdul ajudam Avaliz na decoração da grande sala. Avaliz resolveu levar Hafiz até a sala para perguntar-lhe sobre o que ele preferia para a decoração se rosas vermelhas ou amarelas.

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Capítulo 6 PESOS E MEDIDAS
O amanhecer em Rabat não deixou de brilhar e exalar perfume de vida e esperança, mas a noite para Avaliz havia sido difícil.  Hafiz havia sentido-se mal a noite toda e ela havia se esforçado para agir somente como enfermeira mas o seu coração agia sem razão e técnica uma vez que nele Hafiz Zafar não representava apenas um paciente.  Avaliz tentava evitar que tudo se misturasse, tentou ser somente uma profissional da saúde, mas infelizmente o seu coração não entendeu sobre pesos e medidas. Para maiores complicações ainda tinha os olhos selvagens de Abdul Zafar que vez ou outra a perseguia no grande palacete da família Zafar. Isso incomodava, Avaliz sentia ser espiada sempre, chegando a olhar para os lados, pois, era hábito do coiote vigiá-la com os seus olhos de fera misteriosa. Às vezes se pegava arrependida de ter aceitado a proposta de Abdul Zafar de sair de seu paí
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Capítulo 7 CORAÇÃO FERIDO
 Avaliz esta trocando os medicamentos de Hafiz e a pensar que esta cada vez mais difícil permanecer junto do coiote que a insulta a todo o momento, suportar o olhar de censura do velho árabe Hassan Zafar e enfrentar com otimismo a frágil saúde de Hafiz.    “Por mais que isso vai me doer e eu sei que vou me culpar por todo o resto de minha vida, mas o melhor que eu faço é voltar para o Brasil.”.  -Uma flor por seus pensamentos. Hafiz entra em sua cadeira de rodas conduzido por Abdul e seus olhos de coiote.  -Obrigada! É uma bela flor. Avaliz pega a flor sem muito entusiasmo.  -Esta tudo bem com você? Hafiz pergunta preocupado.  -Sim... Esta. Avaliz responde sendo ‘devorada’ viva por Abdul que esta com os seus olhos de coiote a
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Capítulo 8 JURAMENTO
O sol do amanhecer em Rabat naquela manhã parecia diferente. O sol atrevido e radiante entrava pelas janelas do grande palacete dos Zafar.Ler mais
Capítulo 9 MANHÃS CINZAS
Desde que cheguei a Rabat o amanhecer de Marrocos desperta o dia com o sol mais alaranjado e radiante do que nos outros lugares do mundo, o cheiro, o canto dos pássaros e até as plantas saúdam esse amanhecer especial que se repete a cada final das noites onde a lua e as estrelas brilham tanto que parece sorrirem para o mundo. Eu não sei, mas curiosamente a cada dia que se aproxima da cirurgia de transplante do coração de Hafiz as manhãs de Rabat estão cinza, o sol não está tão alaranjado e tão pouco radiante. Eu tento deixar a enfermeira técnica agir, mas a ‘Avaliz mulher’ não deixa e me pego olhando para ele como se fosse a ultima vez. Coincidência ou não, mas até o jardim perdeu o seu colorido. Até o balançar das flores pelo o vento me lembra um adeus. Sempre clamo a Deus por Hafiz. E vejo a sua família clamar a Alláh por ele, tenho visto Abdul Zafar na sacada orando com os braços para o alto e em linguagem árabe.

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Capítulo 10 SONHO
O amanhecer em Rabat perdeu o brilho. O canto alegre dos pássaros no jardim após a partida de Hafiz fere os ouvidos revelando profunda tristeza. As noites frias em Rabat se tornaram mais frias e mais negras e sem pressa de chegar ao fim para dar lugar ao dia.  “Evito sair do meu quarto. Tudo no grande palácio da família Zafar lembra Hafiz, o cheiro de seu sabonete e de sua colônia... Vejo o seu rosto e o seu meigo sorriso todos os milésimos de segundos do dia. E se não bastasse a sua essência me perturbar durante o dia acordo a noite falando com Hafiz. É tudo tão real... Ouvir a sua voz gritando por mim na sacada... Surreal. Mas sem pensar, na esperança de vê-lo novamente saí correndo apenas de camisola e minha alma respondia ao seu chamado”.  -Hafiz?! Estou indo! Avaliz responde subindo as escadas que levam a grande sacada. 
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