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Todos os capítulos do Cercada por Eles: Capítulo 1 - Capítulo 10
86 chapters
UM
Desde que eles invadiram a cidade, tudo mudou. Passaram a ter mais poder que os humanos, mas procurando sempre respeitar "seu alimento". Ninguém ficava nas ruas depois das 22:00hrs pois era o momento em que eles rondavam. Hospitais, empreendimentos, prefeitura... Tudo ficou nas mãos dos vampiros em quase 100%. Montaram um grande império e se instalaram em Neshville. Rumores espalharam-se de que eles tomaram quase o mundo inteiro, mas alguns lugares estão resistindo contra eles._Mãe, a senhora precisa comer._Implorava a jovem com o coração aflito.Numa pequena casa moravam apenas três pessoas. Loretta, uma mulher de 39 anos que não saía da cama pra nada. Depois da invasão dos vampiros, a mulher caiu numa tristeza recusando-se a comer e adquirindo uma grave anemia. Lamentava-se pois antes era uma feliz professora e hoje é uma desempregada pois unificaram as escolas colocando vampiros como educadores e mudando totalmente o método de ensino. A
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DOIS
O Palácio dos Vampiros estava movimentado. Garçons com bandejas recheadas de iguarias e bebidas passeavam entre alguns convidados. Inácio, o patriarca da casa, estava sentado observando seus mais novos hóspedes. Alícia e Albert eram sobrinhos de Inácio, filhos de Saulo, seu irmão. Chegaram a Neshville com o objetivo de ajudar seu tio a governar a cidade. Inácio tinha apenas uma filha, a linda Sabrinne. Mas a jovem não se envolvia com as coisas do pai. No Palácio ainda morava mais gente. Soraya, que era mulher de Inácio e mãe de Sabrinne, Bryan, o irmão de Soraya e dois transformados por Inácio para servi-los, Josh e Arthur. Inácio organizou uma pequena festa para receber seus mais novos aliados. Neshville não era uma cidade pequena e quanto mais pessoas para regê-la, melhor. Já tinha chegado aos ouvidos de Inácio algo sobre a Resistência. Alguns humanos estavam desenvolvendo armas letais aos vampiros e isso era um problema aos olhos de Inácio.Algumas pessoas da
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TRÊS
Samyra acorda logo cedo e começa a requentar a comida do dia anterior. Seu pai levanta logo após e ela torceu em seu íntimo para que sua mãe não escutasse a conversa que iria se iniciar._Mais sopa?_Samyra pergunta mostrando o prato pela metade ao pai. Ele nega._Alguma coisa está acontecendo, Samyra?_A voz do homem faz a menina estremecer._Parece nervosa, inquieta. O que se passa?_É que..._Samyra senta-se à mesa com seu pai e o olha firme._Irei arrumar um emprego hoje._Vai trabalhar em quê? Sabe que mal tem trabalho disponível em Neshville._Roberto dá uma colherada na sua sopa de repolho._Diga-me, onde irá arrumar emprego?_Como doadora._A morena fala de uma vez e seu pai engasga._Pai? Vou buscar uma água.A menina tem seu braço segurado impedindo-a de buscar a água. Seu pai a olha firme e dava pra ver nervosismo em seu olhar._Eu não vou deixar você ser uma b
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QUATRO
Alícia estava no tédio e agoniada para que seu novo doador fosse escolhido o mais rápido possível. Estava deitada em sua cama por volta das 13hrs quando alguém bate na sua porta. Revirou os olhos torcendo intimamente para que não fosse Sabrinne._Vim te avisar sobre os novos doadores._Albert fala com as mãos nos bolsos._Posso entrar?Alícia abre espaço e o irmão passa. Albert só trocava muitas palavras com sua irmã ou, no momento, com seu tio. _Já escolheram?_Alícia se joga na cama._Quando eles virão?Albert se dirigiu até a janela, ainda com as mãos nos bolsos, e encarou a paisagem da cidade pouco movimentada. _Sim, são duas mulheres._A voz do homem saiu sem emoção._Pensei que escolheriam homens já que são mais resistentes. Você evitou mencionar que matou nada menos que 5 doadores e inúmeras pessoas inocentes em Jump, por que?_Não quis aborrecer o tio com essas coisas._Alícia olha para seu irmão._Mas não se preocupe. Não trarei probl
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CINCO
Passando-se 30 minutos desde que Vera entrou na sala, Samyra foi chamada. Caminhou até a porta e ela foi aberta por uma mulher. Ela aparentava ter seus 50 anos e mantinha uma pose séria._Entre, número 12._Ela fala autorizando a jovem a entrar._Sente-se.Samyra analisa a sala que continha um sofá de cor marrom, uma mesa de escritório onde a mulher sentou-se anotando algumas coisas, uma mesinha do lado do sofá e uma decoração estranha que ela não entendia nada. E tinha uma porta, provavelmente dava para alguma outra sala._Diga-me seu nome pois não posso continuar chamando-a de número 12._A voz da mulher assusta um pouco Samyra._E pode me chamar de Margot. Não tenha medo, sou humana assim como você.Samyra suavizou a expressão e sorriu fraco. Era tudo que ela precisava saber para poder pelo menos tranquilizar-se._Me chamo Samyra Andrade._Enfim a morena falou._Para onde foram os outros?

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SEIS
×Samyra×Tanto Marie quanto Margot sorriam após dizer que eram da Resistência. Já tinha ouvido falar deles, mas nunca sequer conversei com um deles._Vocês... O quê?_Exclamei espantada._O que vocês fazem aqui no meio dos inimigos?_Presumo que não tenham comido nada._Marie pega numa prateleira um pote redondo._Aqui tem biscoitos, comam.Aceitamos pois já eram quase 14hrs e não tínhamos comido nada. Abri a tampa do pote e peguei uns 4 de uma vez._Agora..._Falo de boca cheia._Explica aí o que eu perguntei._Vi que é a mais curiosa das duas._Margot sorri.__Somos infiltradas da Resistência aqui na Central de Ajuda. Precisamos descobrir mais coisas desses monstros e enfim conseguir tomar nossa cidade e quem sabe todo o mundo novamente.Vera tosse
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SETE
×Samyra×Olhei-me no espelho ajeitando o vestido que estava a tanto tempo guardado. Usei na minha formatura do ensino médio e desde lá nunca usei. Ele era preto e justo coberto por uma renda negra. Era simples, mas eu me sentia confortável. Calcei um saltinho médio e bem elegante. Olhei no relógio e já era 18hrs. Um carro viria nos buscar e já era a hora. Deixei que meu pai contasse a minha mãe tudo que acertamos e saí de fininho. Incrivelmente ela nem sentiu minha falta, nem chamou por mim. Encontro Vera arrumada com um vestido azul marinho e uma sapatilha da mesma cor. Seus cabelos brincavam ondulados em cima do ombro. Ela estava linda._O carro está ali._Ela aponta e seguimos juntas até ele.O motorista abre a porta e assim sentamos nos bancos dos passageiros. Segurei nas mãos de Vera e o carro partiu. Eu estava repetindo mentalmente como um mantra a ideia de não fazer besteira e não ser mal educada. As ve
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OITO
×Samyra×Um silêncio pairou no ar me deixando mais incomodada que o normal. Percebi que apenas quatro pessoas não quiseram falar nada na apresentação. O homem do lado da Alícia, que é meu dono, a tal da Sabrinne e os transformados._O jantar será servido!_Anuncia Inácio._Aproveitem!Jantamos em silêncio. De vez em quando Inácio perguntava algo sobre nós e mais nada. A sobremesa foi um sorvete maravilhoso e claro, comi bastante. Amo sorvete. Será que alguém não ama sorvete?_Vocês agora vão conversar à sós com seus donos._Inácio levanta-se da mesa._Boa sorte e mais uma vez, sejam bem-vindas!As pessoas foram saindo da mesa e por fim só restou quatro pessoas. Um vento frio arrepia minha espinha e eu tremo levemente.Olho pra Vera e ela não parece com medo ou receosa._Você pode me acompanhar?_Alícia pergunta em direção a Vera.Vera apen
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NOVE
×Albert×Estávamos todos sentados à mesa quando meu tio levantou-se e começou a anunciar as novas doadoras._Cumprindo as normas para ser doador, duas garotas conseguiram se tornar doadoras pela preciosidade dos seus sangues._Já gostei dessa parte._Recebam com respeito as novas doadoras da família Mansonni.Olhamos para a entrada e duas pirralhas entram tremendo mais que soldado alvejado. Ainda não acredito que vou ter como doadora uma mulher. Eu poderia ter exigido homem, mas acabei esquecendo-me. As duas mantém-se de cabeças baixas denunciando seus medos._Não sintam-se envergonhadas._Meu tio exclama tentando deixá-las mais a vontade._Eu sou o Inácio Mansonni e vocês? Sentem-se.Os empregados puxam as cadeiras para elas sentarem e assim elas fazem. Vi que que a morena tremia os lábios e os mordia tentando controlá-los. Desviei o olhar rapidamente. Ela é<
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DEZ
×Albert×Abro a gaveta para procurar algo que estanque o sangramento do pescoço dela. Acho uns gases e esparadrapo. Isso serve!Limpo o ferimento e faço um curativo. Tiro o cabelo dela do rosto e admiro ela dormir._Dormindo assim nem parece tão medrosa..._Sussurro.Toco na sua mão tentando sentir o que ela sente e não consigo. Franzo a testa estranhando porque não consigo sentir o que ela sente nesse momento. Deixo-a sozinha e saio em busca de Alícia. Bato na porta do seu quarto e ela logo abre. Entro sem ela convidar._O que te deu, Albert?_Ela pergunta assim que passo direto por ela._Você estranhou algo na sua doadora?_Pergunto alarmado.A expressão do seu rosto se alivia e assim ela fecha a porta vindo em minha direção._Seus poderes não funcionou com ela, não foi?Então quer dizer q
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