-- VAHEM, VAHEM! -- Canary berrou a plenos pulmões, enquanto caia no chão ao lado do corpo de Vahem. Ela o deitou para cima, seu abdômen sangrava muito. Seu corpo estava fraco, a vida estava saindo lentamente de seu corpo. Tudo ao seu redor parecia ter parado, todos pareciam ter parado para olhar para Canary. Enquanto ela berrava o nome de seu macho. Ele não podia, havia ainda tanto para que eles realizassem. Eles deveriam ter filhos, viajar pelo mundo, viver uma vida longa e feliz um ao lado do outro. Canary não poderia viver sem Vahem, ele era dela. Totalmente dela, um pedaço de seu corpo, de sua carne. Ela sacudiu seu corpo, quase inerte. -- VAHEM, MEU AMOR... MEU AMOR! MEU TUDO! OLHE PARA MIM... NÃO VÁ, NÃO OUSE ME DEIXAR! -- lentamente ele ergueu seu braço, tocando seu rosto de forma fraca. Canary apertou sua mão. Ele cuspiu um pouco de sangue. -- volte para mim... Vahem, Vahem não faça isso comigo. -- lágrimas caíram no rosto dele, enquanto ela tocava seu corpo. Ele estremec
Ainda sentindo o corpo cambaleante, Canary conseguiu se colocar de pé. Ela olhou de esguelha para o corpo morto da irmã. enquanto seu coração batia fortemente no peito. Logo ela se virou para frente, e viu Vahem do outro lado. Agora ele não era mais a besta de pelugem vermelha. Ele havia voltado a ser seu Vahem, com o corpo intacto. Como se nenhuma espada tivesse perfurado seu corpo. Ele olhou para ela, seus olhares se cruzaram. E mesmo fraca, Canary correu até ele, que fez o mesmo. Os dois se chocaram um com o outro. enquanto Vahem a erguia no ar, e ela jogava as pernas em volta dele, prendendo seu corpo contra o dele. Seus lábios se chocaram com intensidade, um contra o outro. Línguas e dentes brigando dentro de suas bocas, pois só aquela proximidade não era suficiente. -- nunca mais faça isso comigo. -- ela sussurou ofegante, contra seus lábios. -- nunca mais, meu amor. -- ela sentia vontade de chorar, mas não era momento para aquilo. Sem demora, Vahem estava tirando sua armad
A garota segurou o balde pesado com a água do rio e viu seu reflexo na água. Olhos azuis exaustos a encaravam de volta. Ela não teve tempo para pensar muito, uma voz masculina atrás dela a fez congelar.-- Continue inclinada, a visão é prazerosa Canary. -- um deles disse. Ela se se virou com o seu coração acelerado.Diante dela havia três lobos e seus olhares predatórios a fizeram recuar.Canary sabia que os lobos faziam o que queriam, mas ainda assim, ela nunca se imaginou naquela situação.-- Tire suas roupas. -- Ordenou o mais alto deles, enquanto os outros esperavam com expectativa, quando ela não se moveu ele gritou. -- Sua mãe se deitava com qualquer um por um pouco de dinheiro. Quer que eu pague? -- eles riram. E ela se encolheu ainda mais, não tinha o que fazer.Era o seu fim, ela sabia. Mas quando toda sua esperança já havia se esgotado. Outro barulho foi ouvido na floresta, todos encararam a mata. E de lá ele surgiu Um enorme lobo vermelho, com olhos de chamas. Ele rugi
Canary estava com seus olhos fechados, não dormindo, mas com medo de reabrir os olhos. Mas agora não dava mais para fingir, lentamente ela abriu os olhos.Uma luz forte e quente a assustou. Ela pôs as mãos em volta de onde estava deitada, e notou que era uma cama. Assustada ela abriu um olhos rápido, olhou ao redor e notou que estava em um quarto. Um enorme quarto bem iluminado, deitada em uma cama gigantesca e confortável. Ao vasculhar o quarto com seus olhos ela viu que sentado em uma cadeira, lá estava ele. Vahem.Ela se mexeu um pouco nervosa, e ele abriu os olhos encarando ela de imediato. Seu rosto estava machucado e seu braço esquerdo estava rasgado. -- bom dia, Canary. -- ele disse sorrindo. Ela se sobressaltou. -- aonde estou, o que... O que aconteceu? -- ele se aproximou da cama, e ela se encolheu um pouco. -- não lembra? -- lembro de algumas coisas, mas... Não lembro de ter chegado aqui. -- seus lábios se curvaram levemente para cima. -- aqui é minha casa, está seg
Canary tenta fugir, ou se desvencilhar do alfa. Mas ele a prende com força, em volta de seus braços enquanto seus licanos rugem para ela. Ele segura seu queixo e fala: -- você acha mesmo que vai escapar de mim, assim? -- ele ri de forma irónica. -- magrela e fraca como você é! Não me leve a mal, eu gosto de ser desafiado Canary! Mas... Tudo tem um limite e está na hora de irmos para casa. -- ele a segura com ainda mais força, mas ela consegue lhe dar um tapa bem forte no rosto e se afastar dele. Os licanos vão para cima dela com extrema velocidade, mas Kyra ergue a mão, ordenando que parem. Canary se mantém firme. -- eu não irei com você a lugar algum! Não sou sua esposa, ou seja lá o que você pensa que eu sou! Eu não queria me casar com você! E nunca faria tal coisa! Nem mesmo se eu estivesse louca! -- ela grita em seu rosto. Kyra abre um sorriso assustador e se aproxima dela novamente, fazendo Canary se encolher. -- eu não gosto de repetir as coisas que digo Canary. -- as garra
Ainda confusa e meio zonza, Canary acordou novamente naquele quarto imenso. E novamente do outro lado do quarto, estava Vahem. Ela se pôs de pé imediatamente, e tão rápido quanto ela, ele veio correndo em sua direção. -- eu ajudo você, você precisa ficar deitada Canary você... -- eu não preciso de nada, só preciso que você me diga que aquilo que me falou, é uma grande mentira. -- ela disse furiosa. Vahem a encarou e havia pena em seu olhar. -- infelizmente não posso falar isso Canary. -- e por quê não? -- porquê não é verdade! -- ela o encarou sentindo o mundo desabar novamente, mas dessa vez, ela se segurou. -- meu pai não era alfa! -- ah é? E como você sabe disso! -- ela o encarou nos olhos. -- eu sei que ele não era. -- Vahem riu com escárnio. -- seu ódio por sua própria raça é tão... -- ela lhe deu um tapa, que fez seu rosto virar para o lado. Vahem virou o rosto lentamente, ele segurou sua mão e a recostou contra a parede. Ela sentiu o ar sair de seus pulmões. -- j
Quando voltaram para a aldeia de Vahem, Canary não conseguia parar de pensar em tudo o que havia acontecido. E em como ela iria agir apartir daquele momento. Quando chegaram no casarão, os dois subiram até o andar de cima, ainda em silêncio. Vahem abriu a porta para ela, que logo adentrou. -- obrigada, por tudo. -- ela disse sentindo a garganta seca. -- não precisa me agradecer por nada, Canary. -- os dois se encararam. -- durma um pouco, amanhã... Temos um dia longo. -- ela assentiu se aproximando da cama. Mas quando se virou para trás, Vahem estava bem atrás dela. Sobressaltada ela se recostou contra a parede. -- o que há? -- ela questionou fitando seu rosto, ele engoliu em seco se aproximando dela. -- eu... Eu só preciso saber se você está bem. -- ele se aproximou ainda mais. Ficando a poucos centímetros dela. -- eu... Eu estou bem. -- não minta para mim. -- ele a olhou no fundo dos olhos. -- não estou. -- ela disse quase como um transe. Ele ergueu levemente uma das mão
Ao decorrer da cerimônia, Canary foi apresentada a todos os licanos da aldeia, como a lua de Vahem. Sua companheira oficial. Mesmo nervosa por estar nessa posição, Canary não se deixou abalar. -- você está indo bem, não se preocupe. São apenas... Regras bobas. -- Merydia disse em seu ouvido. Ela sorriu para Merydia e assentiu ficando meio tensa. Quando enfim foi apresentada para toda a sociedade licano, ela se sentia exausta. Vahem rumou até ela e o modo como ele a encarava era... Intenso.-- precisamos subir agora. -- ele disse em seu ouvido. Ela o fitou. -- tão abrupto? -- ele riu. -- eles precisam nos ver subindo juntos, para que saibam que iremos... -- ele parou bruscamente e engoliu em seco. Canary sentiu o corpo paralisar. -- está bem, vamos. -- ela disse sem medo, por alguma razão. Vahem sorriu novamente para ela. Merydia ficou encarregada de se despedir dos convidados, enquanto ela e Vahem rumavam até o casarão. Canary estava bem ao seu lado, quando Vahem a puxou para