A noite passou de uma festa animada, para planejamento de batalha o mais rápido possível. Os homens de Klaus foram postos em todos os cantos do palácio, ao lado dos licanos de Vahem. Aquela era uma situação de emergência, e Daros não podia ganhar uma brecha daquela forma. Vahem e Klaus se trancaram em uma sala, planejando melhores formas de lutar. Canary resolveu participar do planejamento, assim como Merydia e Markus. Era complicado, na maior parte das vezes, ela não entendia nada que estava sendo dito naquela sala. Mas ela precisava entender, não havia mais tempo para perder. Canary ficou encarregada de dar as últimas aulas para as fêmeas e mulheres da região. Ela saiu da sala pronta para fazer o que deveria ser feito. Quando avistou Merydia mais a frente junto de Markus. Os dois conversavam baixinho. -- só estou dizendo que você pode se esconder também, se proteger até isso passar. -- Markus disse tocando o rosto dela. -- eu já disse a você! Eu vou ficar, não vou deixar que os
Canary estava deitada ao lado de Vahem, apreciando a respiração ofegante de seu macho. Enquanto as luzes das velas, refletiam em seu corpo nu. Ela estremeceu, enquanto fazia leves círculos em seu peitoral. -- o que está fazendo? -- desenhando meu nome em você. -- ele riu de canto, enquanto massageava suas costas nuas. -- seu nome já está marcado em mim, Canary. -- ela abriu um leve sorriso, enquanto erguia o olhar para ele. -- essa pode ser nossa última noite juntos. -- ele pôs um dedo em seus lábios. -- não pense assim. -- é impossível não pensar, Daros já está a nossa porta! E... Lídia não vai sair sem causar um massacre. -- ele respirou pesadamente. -- não vou deixar que ela faça nada a você, ou a qualquer um! Dessa vez... Eu arranco a cabeça daquela vadia. -- Canary estremeceu, enquanto acariciava seus cabelos. -- Vahem... Eu não quero morrer, e acima de tudo! Não quero que você morra. -- as lágrimas rolaram de imediato por seus olhos. Ele se sobressaltou, deitando-a na ca
O encontro com Daros deveria ser rápido. Então todos se preparam o mais rápido possível. Os licanos foram mandados na frente, para que ficassem escondidos na floresta. Enquanto o resto do grupo, iriam em seus cavalos. Canary estava no pátio, esperando pelo resto do grupo. Quando Vahem se aproximou, e abraçou por trás. Beijando lentamente seu pescoço, ela sentia vários arrepios, enquanto ele tocava seu corpo. Sem demora, ela sentiu o macho colocando uma adaga em sua bota, ela sorriu. -- pra quê isso? -- quero que fique o mais segura possível. -- ele se afastou rapidamente. -- eu também quero que fique, está bem armado? -- pode apostar que sim. -- seu rosto se tornou muito malicioso, Canary revirou os olhos, quando percebeu ao que o macho estava se referindo. -- você é estranho. -- eu sei. -- ele se aproximou prontamente, beijando a superfície de seus lábios. Enquanto os cavalos eram postos ao seu lado. Merydia, Klaus e Heloíse logo se juntaram. Markus havia ido na frente com
O grupo voltou para o palácio às pressas, enquanto Merydia e Markus ficaram para trás, para poder ajudar os aldeões que precisavam se esconder nas câmaras de segurança do palácio. Todos os licanos foram colocados de prontidão, em volta de todo o palácio. Enquanto o real exército, se preparava nos fundos. Klaus ficou no grande pátio, dando algumas últimas instruções de emergência. enquanto Vahem e Canary subiam até seu quarto. Vahem adentrou puxando Canary, enquanto ele rumava apressado até o outro lado do quarto, pegando a armadura, que ele havia mandado fazer para ela.Sem demora, ele pôs a armadura em seu corpo, e fechou com agilidade. -- Vahem... -- ele segurou seu rosto entre os dedos, e beijou seus lábios de forma longa e demorada. Um beijo romântico, um beijo de despedida. Ela se afastou sentindo o coração apertado. -- não! Não vamos fazer isso, você não vai me beijar assim, Vahem! -- ele engoliu em seco, enquanto seus olhos ficavam vermelhos. -- essa pode ser a última ve
A terra fedia a ferro e a carniça, tinha um gosto amargo, conforme eles se aproximavam. Haviam tantas cabeças, braços e pernas arrancados. Homens que ainda agonizavam no chão. Canary sentia que aquele era um mundo totalmente diferente do que ela havia vivido, até aquele momento. Merydia tomou a frente da batalha, contrariando os pedidos de Vahem, Klaus e Markus. Ela não tinha medo. conforme os homens de Daros foram se aproximando, ela ergueu seus braços sem qualquer indício de medo, e jogou uma boa parte para o lado. Desmembrando outros, apenas com um estalar de dedos. Merydia era muito poderosa, mas aquele tipo de magia, exigia demais dela. Mas ela não parou, conforme eles vinham em sua direção, a cunhada erguia os braços jogando-os para os lados. Enquanto Daros ordenava que mais de seus homens entrassem no campo de batalha. Aquilo não era o suficiente, Merydia era muito poderosa. Mas aquele esforço todo, destruiria seu corpo. A cunhada já demonstrava fraqueza nos braços, e nas
-- VAHEM, VAHEM! -- Canary berrou a plenos pulmões, enquanto caia no chão ao lado do corpo de Vahem. Ela o deitou para cima, seu abdômen sangrava muito. Seu corpo estava fraco, a vida estava saindo lentamente de seu corpo. Tudo ao seu redor parecia ter parado, todos pareciam ter parado para olhar para Canary. Enquanto ela berrava o nome de seu macho. Ele não podia, havia ainda tanto para que eles realizassem. Eles deveriam ter filhos, viajar pelo mundo, viver uma vida longa e feliz um ao lado do outro. Canary não poderia viver sem Vahem, ele era dela. Totalmente dela, um pedaço de seu corpo, de sua carne. Ela sacudiu seu corpo, quase inerte. -- VAHEM, MEU AMOR... MEU AMOR! MEU TUDO! OLHE PARA MIM... NÃO VÁ, NÃO OUSE ME DEIXAR! -- lentamente ele ergueu seu braço, tocando seu rosto de forma fraca. Canary apertou sua mão. Ele cuspiu um pouco de sangue. -- volte para mim... Vahem, Vahem não faça isso comigo. -- lágrimas caíram no rosto dele, enquanto ela tocava seu corpo. Ele estremec
Ainda sentindo o corpo cambaleante, Canary conseguiu se colocar de pé. Ela olhou de esguelha para o corpo morto da irmã. enquanto seu coração batia fortemente no peito. Logo ela se virou para frente, e viu Vahem do outro lado. Agora ele não era mais a besta de pelugem vermelha. Ele havia voltado a ser seu Vahem, com o corpo intacto. Como se nenhuma espada tivesse perfurado seu corpo. Ele olhou para ela, seus olhares se cruzaram. E mesmo fraca, Canary correu até ele, que fez o mesmo. Os dois se chocaram um com o outro. enquanto Vahem a erguia no ar, e ela jogava as pernas em volta dele, prendendo seu corpo contra o dele. Seus lábios se chocaram com intensidade, um contra o outro. Línguas e dentes brigando dentro de suas bocas, pois só aquela proximidade não era suficiente. -- nunca mais faça isso comigo. -- ela sussurou ofegante, contra seus lábios. -- nunca mais, meu amor. -- ela sentia vontade de chorar, mas não era momento para aquilo. Sem demora, Vahem estava tirando sua armad
A garota segurou o balde pesado com a água do rio e viu seu reflexo na água. Olhos azuis exaustos a encaravam de volta. Ela não teve tempo para pensar muito, uma voz masculina atrás dela a fez congelar.-- Continue inclinada, a visão é prazerosa Canary. -- um deles disse. Ela se se virou com o seu coração acelerado.Diante dela havia três lobos e seus olhares predatórios a fizeram recuar.Canary sabia que os lobos faziam o que queriam, mas ainda assim, ela nunca se imaginou naquela situação.-- Tire suas roupas. -- Ordenou o mais alto deles, enquanto os outros esperavam com expectativa, quando ela não se moveu ele gritou. -- Sua mãe se deitava com qualquer um por um pouco de dinheiro. Quer que eu pague? -- eles riram. E ela se encolheu ainda mais, não tinha o que fazer.Era o seu fim, ela sabia. Mas quando toda sua esperança já havia se esgotado. Outro barulho foi ouvido na floresta, todos encararam a mata. E de lá ele surgiu Um enorme lobo vermelho, com olhos de chamas. Ele rugi