Votos de Mentira
Votos de Mentira
Por: S.R.Silva
Prólogo

Caminho de um lado a outro na sala da paróquia, com minha mãe e Alice tentando me acalmar. No entanto, só uma pessoa pode me acalmar, mesmo sendo a razão do meu nervosismo.

— Filha, você vai acabar furando o chão. – Minha mãe ralha comigo mais uma vez.

— Já falei com ela, dona Mira, mas essa criatura não ouve. – Minha amiga se põe ao lado da minha mãe.

— Preciso falar com ele. – Digo, surpreendendo as duas.

— Seu noivo não pode te ver vestida de branco, dá azar. – Minha mãe é supersticiosa ao extremo.

— Só sairei daqui quando falar com ele, e outra, a senhora sabe que não acredito nessas coisas. Por favor, Mali, você pode chamá-lo, prometo que serei breve. – Faço minha melhor cara de gato de botas, e minha mãe levanta as mãos derrotada.

As duas saem, e logo ouço uma batida na porta. Sabia que meu amigo estava aqui; meu coração batia no ritmo de uma bateria de escola de samba.

— Oi, estranha. – Ele diz ao entrar.

— Noah, não consigo fazer isso. – Desabafo com ele. — Não consigo mentir perante o padre, perante as pessoas.

— Se acalme, Avah, nós não estamos mentindo, apenas ocultando alguns fatos.

— Ocultando fatos importantes, Noah. Estou com medo, muito medo. – Sinto meu peito se agitar novamente, e antes de ter uma crise de asma, Noah me entrega minha bombinha. Após algumas borrifadas, me sinto tranquila.

— Capitã desastre. – Ao ouvir ele dizer meu apelido de infância, olho para ele. — Só confio em você para fazer isso, mas não vou pressioná-la. Se acha que não consegue, posso ir lá fora e cancelar tudo, invento uma desculpa e ponho a culpa em mim – Noah me dá um sorriso indicando que a decisão está em minhas mãos, penso por alguns segundos antes de me sentar derrotada.

— Vamos logo com isso, Troll. Não podemos deixar nossos amigos e familiares esperando. – Não acredito que realmente farei isso.

— Você quem manda, chaveirinho. Te espero no altar.

— Eu serei a de branco. – Ele olha para mim e sorri.

— Pensei que se casaria com sacos de lixo.

— Haha! Isso é obra da minha mãe. Essa foi a condição dela para que eu visse te visse, você sabe o quanto dona Altamira é religiosa.

— Estou doido para ver o que tem debaixo disso. – Dei um soco nele.

— Sai logo daqui, o Oscar de la haha. – Antes de se retirar, Noah beija o topo da cabeça e se vai.

Respiro fundo e me sento para esperar minha deixa para entrar. Espero sinceramente que essa loucura dê certo para ambos.

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