Quando entrei, Luiza me chamou e avisou que enviou algumas matérias para que eu verifique a ortografia. O primeiro era de um cantor que havia sido alvo de um esquema criminoso, o segundo era de atores que estavam especulando que o casamento deles era de fachada. A manchete era bem sensacionalista, e me perguntei quem em sã consciência se casaria com outra pessoa por contrato.— Avah, você viu que Luiz Antonio Calazans e Juliana Calazans estão sendo acusados de ter um casamento de fachada? Quando essa matéria sair, os fãs ficarão enlouquecidos.— Me pergunto se isso é uma fonte segura. – Digo enquanto continuo a ler a matéria.— É sim, pois a Martinha nunca posta uma mentira, eles vão perder muitos contratos, e os haters vão cair de pau neles.— Não sei pra que as pessoas perdem seu precioso tempo se preocupando com a vida alheia. Pra mim, são um bando de desocupados.— Amiga, se fossemos nós a nos casarmos por contrato, ninguém ligaria, agora eles são famosos, é outro nível.Digo a el
Noah SchimidtQuando cheguei em casa, fui recebido com alegria, por todos, quer dizer, quase todos, já que meu pai me encarava com cara de poucos amigos.— Vá descansar, filho, amanhã é um novo dia. – Minha mãe sorriu.— Amanhã temos muito o que conversar. – Meu pai me encarou e se retirou.Seus olhos demonstravam decepção.— Não liga para ele, seu pai é duro, mas está feliz por tê-lo de volta. – Sei, as vezes acho que ele queria ter apenas Aaron como filho, mas também quem pode culpá-lo, não sou o melhor dos filhos. Fui para o meu quarto e me deitei. Antes de dormir, enviei uma mensagem para Avah, e ficamos conversando por horas até que minha mãe entrou me avisando que estava na hora de tomar os meus remédios.No dia seguinte, estava tomando café quando meu pai me chamou para o seu escritório. Quando entrei, ele me pediu para sentar.— Noah, as coisas estão insustentáveis, suas atitudes são inaceitáveis. – Ele me encara severamente.— Pai, apenas me divirto, vai dizer que você nunca
Avah TellesMeu dia estava sendo uma merda. Tudo começou quando minha adorável chefe tentou, de todas as formas, novamente entrar em contato com Fabrício de Lucca, escritor que está sendo acusado de assassinar a esposa. Ele foi inocentado, e minha chefe acha que ele é culpado. Ela é uma vaca, mas tem um excelente faro investigativo. Claro que a “ralé" faz todo o trabalho, e ela leva o crédito.— Avah, você já terminou aquela matéria? – Marcos se aproximou, estalando os dedos na minha frente. Na hora, minha vontade era de socar a cara dele.— Está perguntando se reescrevi aquela porcaria sem sentido que você jogou na minha mesa? – Ele ergueu uma sobrancelha. — Sim, terminei. Vê se da próxima vez se atenta aos erros ortográficos, eles estavam gritantes.— Não me diga o que fazer. Você é uma mera estagiária, e esse é o seu trabalho. Me envia o arquivo pronto agora. – Respira, Avah, você precisa passar por isso para poder conquistar seu objetivo.Finalmente, chegou a hora do meu almoço, m
Noah SchmidtEu precisava consertar as coisas com Avah, minha melhor amiga, minha parceira. Quando minha mãe entrou com uma bandeja repleta de comidinhas.— Como você está meu filho? – Ela sentou ao meu lado.— Estou melhorando, mãe, obrigado. – Sorri para ela que retribuiu.— Você sempre foi meu menino levado, sempre aprontando correndo por aí, arrumando confusão, sempre com seu jeitinho entediado, depois que conheceu Avah vocês se tornaram quase um, uma combinação perfeita, sempre soube que acabariam se apaixonando e se casando no processo. – Seu entusiasmo me fez coçar a testa.Acendi um cigarro, buscando clareza, e liguei para Maciel, pedindo que comprasse sanduíches e suco de laranja, pois sabia que ele era o preferido de Avah. Deixei um bilhete com Maciel antes que saísse.Avah entrou em meu quarto à noite, e o silêncio tenso nos envolveu. Ambos estávamos pensando, meus pais entraram em meu quarto e quando nos viram sorriram, quando meu pai disse que acertaria as coisas com a su
Mais um dia de cão. Luiza, minha chefe, estava gritando feito uma louca no escritório. Parece que ela acordou com o pé esquerdo e decidiu descontar em todos nós. O estresse do trabalho estava me consumindo, e a contagem regressiva para o casamento só intensificava a pressão que estava vivendo. Eu precisava de um momento para respirar, para espairecer antes de surtar de vez.Decidi dar uma escapada na hora do meu intervalo e fui até a cafeteria mais próxima. O aroma do café recém-passado envolvia o ambiente, me acalmando instantaneamente. Enquanto esperava na fila, meu celular não parava de vibrar com mensagens sobre os preparativos do casamento. Entre um gole de café e outro, tentava coordenar todos os detalhes.Ao sair da cafeteria, mergulhada nos meus pensamentos, esbarrei em alguém e, como se fosse uma cena de filme clichê, meu café foi parar na blusa de um desconhecido. Olhei para cima, já pronta para me desculpar, e me deparei com o rosto familiar de um homem. Ele estava disfarça
Noah e eu ríamos como idiotas, sem nos importar com os olhares curiosos à nossa volta. A música alta nos envolvia, e a sensação de liberdade nos fazia esquecer temporariamente das preocupações do mundo real.Um tempo depois dei um cutucão no braço de Noah, sugerindo que talvez já fosse hora de voltarmos para casa. — Vamos ficar um pouco mais. – Noah insistiu e acabei aceitando, preciso aprender a dizer não para ele. Sua perna começou a doer e então decidi que era hora de encerrarmos a noite. Na saída, encontramos Maciel, que já esperava por nós com a porta aberta. Ele nos lançou um olhar de desaprovação misturado com diversão, sabendo que estávamos mais alegres do que o normal.— Meninos, vocês beberam além da conta, seus pais ficaram desapontados. – Maciel disse, tentando segurar o riso.— Ora, Maciel, a vida é curta demais para não sermos ridículos de vez em quando. – Noah respondeu, balançando os braços enquanto entramos no carro.No trajeto de volta, ríamos sem parar, relembra
Após sairmos da loja de vestidos, fomos para casa, me despedi de tia Sophie e fui para o quarto, liguei o computador e comecei a trabalhar. Minha mãe entrou, entregou-me uma xícara de chá e se sentou na cama. Sentia que ela estava me observando, então, levantei, tirei os olhos do computador e perguntei o motivo de estar me encarando.— Filha, você realmente está feliz? – Minha mãe perguntou, e afirmei. — Olhando para você, não me parece verdade.— Estou com um problema no trabalho, só isso, não tem nada a ver com o casamento.— Se você diz, eu acredito. Tome o chá antes que esfrie. – Agradeci, e ela se retirou.Finalizei todo o meu trabalho pendente e tomei um banho para dormir. Estava quase adormecendo quando meu celular apitou."Oi, meu potinho de pimenta, tudo bem?""Oi, meu idiota favorito, estou mega cansada. Acabei o trabalho agora, sem contar que fui torturada à tarde toda." O idiota enviou vários emojis de carinhas gargalhando.“Estou na porta do seu quarto." Me levantei, abri
Estou me sentindo uma boneca de pano; cabeleireiro, maquiador, minha mãe, tia Sophie, Flor e Mali, todos em cima de mim, sem contar a organizadora de casamento que está enchendo o saco. Meu subconsciente me lembra a cada dez minutos que eu preciso sorrir. Sinceramente, estou no meu limite, não vejo a hora disso terminar.— Minha filha, você está perfeita! Uma verdadeira princesa. – Minha mãe olhava para mim com lágrimas nos olhos. Tia Sophie e Flor me deram o broche da família, segundo elas, deve ser usado no dia do casamento para que ele seja longo, próspero e feliz.Tia Sophie, Flor e minha mãe são três superstiçosas; já perdi as contas de quantos “rituais" eu precisei participar. Florência acendeu incenso, senti esse mesmo cheiro no dia de seu casamento.— Vamos limpar as nossas auras. – Flor diz, e encaro Mali, que prendia a risada. — Mira, precisamos de todos os possíveis para que Avah não queira se divorciar de Noah no primeiro ano de casados. – Olhei para as duas e desisti do q