O ar fresco do lado de fora ajudou a clarear um pouco a mente de Isabele, mas não o suficiente para acalmar a raiva que a consumia. Ela se desvencilhou do toque de Álvaro e lançou um olhar furioso para ele.
— Vai ser sempre assim? — disparou. Ele franziu o cenho. — Assim como? — Você vai sempre me constranger na frente dos outros com esse seu teatrinho ridículo de Don Juan de quinta? Álvaro parou de andar e virou-se completamente para ela, os olhos faiscando com um brilho desafiador. — Se você continuar me desafiando e me desmerecendo na frente dos outros, sim. — Ele deu um passo à frente, obrigando-a a inclinar a cabeça para encará-lo. — E, para sua informação, eu dispeIsabele gelou. — O que quer dizer com isso? — Que eu vou ficar aqui até partirmos juntos. Ela deu um passo para trás, como se ele tivesse acabado de ameaçá-la. — De jeito nenhum! Eu não quero você aqui, me vigiando o tempo todo! O sorriso de Álvaro se alargou. — Ou é isso, ou eu levo Davi comigo agora e nós dois te esperamos lá. Isabele sentiu um misto de raiva e desespero. — Você é insuportável! — Eu sei — ele disse, sem a menor vergonha. Ela cruzou os braços, tentando parecer indi
A noite caía lentamente sobre o apartamento , e Álvaro tentava, a todo custo, manter o controle sobre sua mente inquieta. Desde que chegara a Goiás, cada dia ao lado de Isabele era uma batalha travada entre seu desejo insaciável por ela e a necessidade de provar que poderiam ser mais do que dois corpos em combustão. Ele queria mais. Queria que ela admitisse que ainda o amava, que ainda o desejava, que essa guerra de orgulho entre eles era apenas uma fachada para esconder a verdade. Mas justo quando tudo parecia caminhar na direção certa, quando sentia que finalmente estava reconquistando seu lugar ao lado dela e de Davi, seu telefone tocou. Álvaro atendeu o telefone no segundo toque, sem esconder o incômodo ao ver o nome de Luana na tela. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde ela ligaria, mas não esperava que fosse
Ele apertou os punhos, sentindo o temperamento explodir. — Você sabe muito bem que isso não é uma opção,eu não vou voltar sem você e o meu filho. Ela riu, um riso sem humor. — E por quê?Porque precisa tanto antecipar essa volta ? Álvaro inspirou fundo antes de soltar a bomba. Ele apertou os punhos, sentindo o temperamento explodir. — Luana está grávida. O silêncio que se seguiu foi denso como uma tempestade prestes a desabar. Isabele piscou lentamente, como se não tivesse entendido direito. Então, seu rosto se transformou, a expressão passando da confusão para a incredulidade e depois para a fúria. O silêncio que se seguiu foi denso como uma tempestade prestes a desabar. Isabele piscou lentamente, como se não tivesse entendido direito. Então, seu rosto se transformou, a expressão passando da confusão para a incredulidade e depois para a fúria. — O quê?! Álvaro manteve o olhar fixo nela, sem desviar. — Ela está grávida. De 8 semanas. O peito dela subia e desc
Isabele sentiu seu sangue ferver. — Você é um arrogante convencido! Ele deu um passo à frente, reduzindo a distância entre eles, a presença dele sufocante, avassaladora. — Não é convencimento, Isabele. É só ter consciência da verdade. O mesmo sentimento que eu tenho por você, você tem por mim. Nós dois sabemos que essa relação entre nós sempre será assim… sempre estaremos em guerra. E eu não me importo, desde que você esteja ao meu lado… e na minha cama. Antes que ela pudesse reagir, Álvaro segurou sua cintura e a puxou para ele. O choque do contato fez Isabele prender a respiração. Ela tentou empurrá-lo, mas ele foi mais rápido, inclinando-se e capturando seus lábios em um beijo feroz, exigente. Ela resistiu. Por um segundo, se debateu, os punhos pressionando o peito dele. Mas, como sempre, a química entre eles era explosiva, viciante. Seu corpo traiu sua mente, e ela se entregou, retribuindo o beijo com a mesma intensidade, puxando-o para mais perto, os dedos cravando-se no
Luana fez uma expressão de desagrado e respondeu com a voz embargada: — Eu quero voltar a morar na casa do padrinho , Só me sentiria segura lá, rodeada por pessoas que confio. Álvaro ponderou por um instante. Ele sabia que não seria ideal, mas talvez fosse a melhor solução. — Tudo bem, pode voltar para lá. Mas quero que saiba que em breve vou me casar com Isabele. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Os olhos de Luana se arregalaram, e seu rosto ficou rubro de raiva. A máscara que ela usava de mulher compreensiva e resignada caiu instantaneamente. — O quê?! — Ela se levantou de repente. — Você vai se casar com ela? Álvaro permaneceu firme, sem desviar o olhar. — Sim. — Mas é comigo que você deveria estar! Eu que sempre estive ao seu lado, que arrisquei ser presa para te livrar da cadeia! Enquanto ela… ela sumiu no mundo com seu filho! Álvaro passou a língua pelos lábios, tentando manter a calma. — Eu sou grato pelo que você fez, Luana. Mas sempre deixei cla
— É sobre Luana. Ela não está nada bem por causa da gravidez. Está enjoando muito, e... — Nossa, mas como ela é rápida! Já começou a se fazer de vítima e a te manipular antes mesmo da barriga aparecer — retrucou Isabele, um sorriso sarcástico nos lábios. — Você pode me deixar terminar? — Ok. — Ela pediu para morar aqui conosco até ter o bebê, e eu achei melhor aceitar. Afinal, ela está esperando meu filho. O coração de Isabele disparou de raiva. — O que espera? Que eu lhe dê as boas-vindas? Nunca! Eu odeio essa mulherzinha! — Não espero isso, e, por favor, pare com as ironias. Só quero que tente conviver em paz com ela. E tem mais: nosso casamento será adiado até o bebê nascer. Uma parte de Isabele queria gritar de frustração, mas a outra ficou aliviada. — Finalmente, uma notícia boa. Agora, se me dá licença, vou dormir. Ela
Álvaro saiu furioso do quarto de Isabele, pegando as chaves do carro e a carteira antes de embarcar em um dos luxuosos veículos estacionados na garagem. Ele não tinha um destino exato em mente, apenas sabia que precisava sair dali. Poderia ir até Luana, poderia buscar prazer nos braços de qualquer outra mulher que se oferecesse para ele, mas não era isso que ele queria. Ele queria Isabele. Queria tocá-la, sentir seu corpo quente sob o seu, ouvir a respiração dela entrecortada pelo desejo. Por mais que tentasse, ela não saía de sua cabeça. Nem do seu coração. Depois de dirigir sem rumo por algum tempo, encontrou um bar aberto a algumas quadras da mansão. Era um lugar discreto, de luz baixa e cheiro forte de álcool no ar. Álvaro entrou, sentindo o peso da noite nos ombros, e se jogou no banco do balcão. — Uísque, com bastante gelo. — Pediu ao barman, que assentiu sem fazer perguntas. En
Isabele escolheu um hotel discreto no centro da cidade e pediu uma suíte confortável. Assim que entraram no quarto, Álvaro se jogou na cama, rindo. O quarto do hotel era amplo e elegante, com uma iluminação suave que tornava o ambiente ainda mais convidativo. Assim que entraram, Álvaro se jogou na cama, rindo, completamente relaxado. — Eu gosto desse lugar… — murmurou ele, virando-se de lado para encará-la com os olhos azuis enevoados pelo álcool. — Mas eu gosto ainda mais da companhia. Isabele revirou os olhos, ignorando o comentário e caminhou até ele, concentrada na tarefa de despir aquele homem grandalhão que definitivamente não conseguiria tomar banho sozinho. Com movimentos firmes, começou a desabotoar a camisa social branca que ele vestia. — Eu sabia que você não ia resistir por muito tempo, Isa. Vem cá, minha gostosa… — Álvaro murmurou com um sorriso torto e atrevido antes de agarrá-la pela cintura, puxan