Álvaro saiu furioso do quarto de Isabele, pegando as chaves do carro e a carteira antes de embarcar em um dos luxuosos veículos estacionados na garagem.
Ele não tinha um destino exato em mente, apenas sabia que precisava sair dali. Poderia ir até Luana, poderia buscar prazer nos braços de qualquer outra mulher que se oferecesse para ele, mas não era isso que ele queria. Ele queria Isabele. Queria tocá-la, sentir seu corpo quente sob o seu, ouvir a respiração dela entrecortada pelo desejo. Por mais que tentasse, ela não saía de sua cabeça. Nem do seu coração. Depois de dirigir sem rumo por algum tempo, encontrou um bar aberto a algumas quadras da mansão. Era um lugar discreto, de luz baixa e cheiro forte de álcool no ar. Álvaro entrou, sentindo o peso da noite nos ombros, e se jogou no banco do balcão. — Uísque, com bastante gelo. — Pediu ao barman, que assentiu sem fazer perguntas. EnIsabele escolheu um hotel discreto no centro da cidade e pediu uma suíte confortável. Assim que entraram no quarto, Álvaro se jogou na cama, rindo. O quarto do hotel era amplo e elegante, com uma iluminação suave que tornava o ambiente ainda mais convidativo. Assim que entraram, Álvaro se jogou na cama, rindo, completamente relaxado. — Eu gosto desse lugar… — murmurou ele, virando-se de lado para encará-la com os olhos azuis enevoados pelo álcool. — Mas eu gosto ainda mais da companhia. Isabele revirou os olhos, ignorando o comentário e caminhou até ele, concentrada na tarefa de despir aquele homem grandalhão que definitivamente não conseguiria tomar banho sozinho. Com movimentos firmes, começou a desabotoar a camisa social branca que ele vestia. — Eu sabia que você não ia resistir por muito tempo, Isa. Vem cá, minha gostosa… — Álvaro murmurou com um sorriso torto e atrevido antes de agarrá-la pela cintura, puxan
Ela não conseguiu responder, porque o clímax já estava próximo. Sentia o corpo todo estremecer, as contrações se intensificando ao redor dele. — Álvaro…! — Seu grito ecoou pelo banheiro quando o prazer a atingiu como uma onda devastadora. Ele logo a seguiu, enterrando-se fundo dentro dela e gemendo rouco contra sua pele. Depois de alguns minutos,, ele desligou o chuveiro, respirando pesado. Sem desgrudar dela, a carregou até a bancada do lavatório e seu membro já estava rígido pronto para possui -la. Álvaro a penetrou novamente, dessa vez de maneira mais lenta e torturante. Os corpos se moviam em perfeita sintonia, cada estocada levando-a a outro nível de prazer, até que ambos chegaram ao ápice juntos mais uma vez. Por um momento, ficaram ali, ofegantes, os corpos ainda unidos. Álvaro acariciou o rosto dela, seus dedos traçando seu ma
Álvaro caminhava pelos corredores brancos e iluminados do hospital com passos apressados. O cheiro forte de antisséptico e o murmúrio de enfermeiras conversando nos corredores mal eram processados por sua mente. Ele só conseguia pensar em uma coisa: seu filho estava em risco. Ao chegar ao quarto onde Luana estava internada, encontrou a ginecologista dela esperando por ele do lado de fora. A médica era uma profissional renomada e, pelo que Álvaro sabia, a única em quem Luana confiava plenamente. — Doutora, como ela está? — perguntou ele sem rodeios, sua voz carregada de preocupação. A médica lhe lançou um olhar paciente antes de responder: — Ela teve um pequeno descolamento de placenta, o que causou o sangramento. Felizmente, não foi nada grave, mas precisa de muito repouso. Não pode se agitar de forma alguma, Álvaro. Qualquer estresse pode agravar a situação.
Isabele respirou fundo quando entrou na mansão ,sabendo que teria explicar a sua ausência a sua mãe e o fato de não ter dormido em casa ,mesmo sendo maior sua mãe sempre a via como a adolescente que foi um dia. Assim que entrou, encontrou sua família reunida à mesa do café da manhã. A cena era acolhedora: a mesa farta, o cheiro de café fresco, o burburinho das conversas matinais. Sua mãe, Angélica, Gabriel e Davi estavam sentados, compartilhando a refeição. — Bom dia, meu amor. — Ela se abaixou para beijar o rosto do filho, que sorria entre uma mordida e outra no pão com geleia. —Bom dia , mamãe. — Tive alguns compromissos, querido. Mas agora estou aqui. Ela sentou-se e serviu-se de café, sentindo os olhares da mãe e de Gabriel sobre si. Tentou ignorar a tensão, mas sabia que viriam perguntas. Ela sentou-se e serviu-se de café, senti
Ele fez uma pausa, seu olhar se dirigindo a Gabriel e Angélica. — Quero que Luana volte a morar aqui, pelo menos até o bebê nascer. O pedido fez o estômago de Isabele se revirar. Ela sentiu um peso esmagador sobre o peito, mas se obrigou a manter uma expressão neutra. Gabriel trocou um olhar rápido com Angélica antes de responder, sua voz firme, mas acolhedora. — Claro que ela pode ficar. Além de estar esperando um filho seu , é minha afilhada querida. Seja muito bem-vinda novamente à nossa casa, Luana. Angélica, embora soubesse o quanto aquilo poderia ferir Isabele, assentiu, demonstrando apoio. — Sim, Luana. Você é muito bem vinda e será muito bem cuidada aqui. Luana sorriu, mas havia um brilho triunfante em seu olhar quando o direcionou a Isabele. Álvaro chamou uma das empreg
Isabele se levantou do banco do jardim, enxugando com pressa as lágrimas que rolavam por seu rosto. A tristeza e a frustração pesavam sobre seus ombros como um fardo impossível de carregar. O nó apertado em sua garganta tornava a respiração difícil, e a injustiça da situação a corroía por dentro. Luana estava novamente sob o mesmo teto que ela. Como Álvaro podia ser tão ingênuo? Como não enxergava que aquela mulher estava usando o golpe mais antigo do mundo para prendê-lo? Um filho era um laço muito forte , uma corrente que os manteria ligados pelo resto da vida, da mesma forma que ela e Álvaro estavam conectados por Davi. Mas não era só Davi. Mesmo que tentasse negar, sabia que havia algo mais entre eles. Um misto perigoso de sentimentos que os atraía e os afastava ao mesmo tempo. Paixão, desejo, rancor. Era uma luta constante entre o que sentiam e o que dever
O silêncio dentro do carro era cortante, carregado de tensão. Isabele mantinha os braços cruzados, o olhar fixo na estrada, determinada a ignorar a presença de Álvaro ao seu lado. Mas era impossível. Cada pequeno detalhe dele — a maneira como suas mãos firmes seguravam o volante, a postura dominante e relaxada ao mesmo tempo, o perfume amadeirado e masculino que pairava no ar — fazia seu corpo inteiro entrar em alerta. Álvaro também não parecia disposto a facilitar as coisas. Mantinha aquele sorriso de canto, presunçoso, como se soubesse exatamente o efeito que tinha sobre ela. — Vai ficar calada o caminho inteiro? — ele provocou, lançando um olhar de soslaio para ela. — Eu não tenho nada para falar com você. — Engraçado… Ontem à noite você tinha muito para me dizer. Ela sentiu o rosto esquentar e os músculos se retesarem. — Você é um idiota. Ele riu baixo. — E voc
— Eu já disse que não vai trabalhar para esse idiota ,quantas vezes terei que repetir isso ? Ela ficou boquiaberta. — Você é um controlador doente! Ele sorriu de lado, cínico. — Prefiro me ver como um homem que protege o que é dele e está claro para mim que esse idiota quer o que me pertence. Ela quase engasgou. — Eu não sou sua! Ele a fitou intensamente antes de responder, sua voz mais baixa e rouca: — Claro que é ,só não quer admitir isso. O calor subiu pelo corpo de Isabele, mas ela se recusou a demonstrar qualquer fraqueza. — Me leva para a entrevista agora, Álvaro. — Não. Ela bateu no painel do carro.