Luana fez uma expressão de desagrado e respondeu com a voz embargada: — Eu quero voltar a morar na casa do padrinho , Só me sentiria segura lá, rodeada por pessoas que confio. Álvaro ponderou por um instante. Ele sabia que não seria ideal, mas talvez fosse a melhor solução. — Tudo bem, pode voltar para lá. Mas quero que saiba que em breve vou me casar com Isabele. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Os olhos de Luana se arregalaram, e seu rosto ficou rubro de raiva. A máscara que ela usava de mulher compreensiva e resignada caiu instantaneamente. — O quê?! — Ela se levantou de repente. — Você vai se casar com ela? Álvaro permaneceu firme, sem desviar o olhar. — Sim. — Mas é comigo que você deveria estar! Eu que sempre estive ao seu lado, que arrisquei ser presa para te livrar da cadeia! Enquanto ela… ela sumiu no mundo com seu filho! Álvaro passou a língua pelos lábios, tentando manter a calma. — Eu sou grato pelo que você fez, Luana. Mas sempre deixei cla
— É sobre Luana. Ela não está nada bem por causa da gravidez. Está enjoando muito, e... — Nossa, mas como ela é rápida! Já começou a se fazer de vítima e a te manipular antes mesmo da barriga aparecer — retrucou Isabele, um sorriso sarcástico nos lábios. — Você pode me deixar terminar? — Ok. — Ela pediu para morar aqui conosco até ter o bebê, e eu achei melhor aceitar. Afinal, ela está esperando meu filho. O coração de Isabele disparou de raiva. — O que espera? Que eu lhe dê as boas-vindas? Nunca! Eu odeio essa mulherzinha! — Não espero isso, e, por favor, pare com as ironias. Só quero que tente conviver em paz com ela. E tem mais: nosso casamento será adiado até o bebê nascer. Uma parte de Isabele queria gritar de frustração, mas a outra ficou aliviada. — Finalmente, uma notícia boa. Agora, se me dá licença, vou dormir. Ela
Álvaro saiu furioso do quarto de Isabele, pegando as chaves do carro e a carteira antes de embarcar em um dos luxuosos veículos estacionados na garagem. Ele não tinha um destino exato em mente, apenas sabia que precisava sair dali. Poderia ir até Luana, poderia buscar prazer nos braços de qualquer outra mulher que se oferecesse para ele, mas não era isso que ele queria. Ele queria Isabele. Queria tocá-la, sentir seu corpo quente sob o seu, ouvir a respiração dela entrecortada pelo desejo. Por mais que tentasse, ela não saía de sua cabeça. Nem do seu coração. Depois de dirigir sem rumo por algum tempo, encontrou um bar aberto a algumas quadras da mansão. Era um lugar discreto, de luz baixa e cheiro forte de álcool no ar. Álvaro entrou, sentindo o peso da noite nos ombros, e se jogou no banco do balcão. — Uísque, com bastante gelo. — Pediu ao barman, que assentiu sem fazer perguntas. En
Isabele escolheu um hotel discreto no centro da cidade e pediu uma suíte confortável. Assim que entraram no quarto, Álvaro se jogou na cama, rindo. O quarto do hotel era amplo e elegante, com uma iluminação suave que tornava o ambiente ainda mais convidativo. Assim que entraram, Álvaro se jogou na cama, rindo, completamente relaxado. — Eu gosto desse lugar… — murmurou ele, virando-se de lado para encará-la com os olhos azuis enevoados pelo álcool. — Mas eu gosto ainda mais da companhia. Isabele revirou os olhos, ignorando o comentário e caminhou até ele, concentrada na tarefa de despir aquele homem grandalhão que definitivamente não conseguiria tomar banho sozinho. Com movimentos firmes, começou a desabotoar a camisa social branca que ele vestia. — Eu sabia que você não ia resistir por muito tempo, Isa. Vem cá, minha gostosa… — Álvaro murmurou com um sorriso torto e atrevido antes de agarrá-la pela cintura, puxan
Ela não conseguiu responder, porque o clímax já estava próximo. Sentia o corpo todo estremecer, as contrações se intensificando ao redor dele. — Álvaro…! — Seu grito ecoou pelo banheiro quando o prazer a atingiu como uma onda devastadora. Ele logo a seguiu, enterrando-se fundo dentro dela e gemendo rouco contra sua pele. Depois de alguns minutos,, ele desligou o chuveiro, respirando pesado. Sem desgrudar dela, a carregou até a bancada do lavatório e seu membro já estava rígido pronto para possui -la. Álvaro a penetrou novamente, dessa vez de maneira mais lenta e torturante. Os corpos se moviam em perfeita sintonia, cada estocada levando-a a outro nível de prazer, até que ambos chegaram ao ápice juntos mais uma vez. Por um momento, ficaram ali, ofegantes, os corpos ainda unidos. Álvaro acariciou o rosto dela, seus dedos traçando seu ma
Álvaro caminhava pelos corredores brancos e iluminados do hospital com passos apressados. O cheiro forte de antisséptico e o murmúrio de enfermeiras conversando nos corredores mal eram processados por sua mente. Ele só conseguia pensar em uma coisa: seu filho estava em risco. Ao chegar ao quarto onde Luana estava internada, encontrou a ginecologista dela esperando por ele do lado de fora. A médica era uma profissional renomada e, pelo que Álvaro sabia, a única em quem Luana confiava plenamente. — Doutora, como ela está? — perguntou ele sem rodeios, sua voz carregada de preocupação. A médica lhe lançou um olhar paciente antes de responder: — Ela teve um pequeno descolamento de placenta, o que causou o sangramento. Felizmente, não foi nada grave, mas precisa de muito repouso. Não pode se agitar de forma alguma, Álvaro. Qualquer estresse pode agravar a situação.
Isabele respirou fundo quando entrou na mansão ,sabendo que teria explicar a sua ausência a sua mãe e o fato de não ter dormido em casa ,mesmo sendo maior sua mãe sempre a via como a adolescente que foi um dia. Assim que entrou, encontrou sua família reunida à mesa do café da manhã. A cena era acolhedora: a mesa farta, o cheiro de café fresco, o burburinho das conversas matinais. Sua mãe, Angélica, Gabriel e Davi estavam sentados, compartilhando a refeição. — Bom dia, meu amor. — Ela se abaixou para beijar o rosto do filho, que sorria entre uma mordida e outra no pão com geleia. —Bom dia , mamãe. — Tive alguns compromissos, querido. Mas agora estou aqui. Ela sentou-se e serviu-se de café, sentindo os olhares da mãe e de Gabriel sobre si. Tentou ignorar a tensão, mas sabia que viriam perguntas. Ela sentou-se e serviu-se de café, senti
Ele fez uma pausa, seu olhar se dirigindo a Gabriel e Angélica. — Quero que Luana volte a morar aqui, pelo menos até o bebê nascer. O pedido fez o estômago de Isabele se revirar. Ela sentiu um peso esmagador sobre o peito, mas se obrigou a manter uma expressão neutra. Gabriel trocou um olhar rápido com Angélica antes de responder, sua voz firme, mas acolhedora. — Claro que ela pode ficar. Além de estar esperando um filho seu , é minha afilhada querida. Seja muito bem-vinda novamente à nossa casa, Luana. Angélica, embora soubesse o quanto aquilo poderia ferir Isabele, assentiu, demonstrando apoio. — Sim, Luana. Você é muito bem vinda e será muito bem cuidada aqui. Luana sorriu, mas havia um brilho triunfante em seu olhar quando o direcionou a Isabele. Álvaro chamou uma das empreg