Kiara Raffaello
— Você está brincando com fogo, Kiara! — Escuto Pavel falar assim que eu saio do elevador. — Vocês está testando os limites dele, não sabe o que ele é capaz de fazer agora. — Olá, Pavel. — Falo para o homem na minha frente. — Eu sei o que ele é capaz de fazer, também sei que ele não é louco. Enquanto eu passava pela porra de um tratamento intenso, Pavel sempre estava ao meu lado, sendo meu mentor, segurança particular e com o tempo amigo. Criamos uma relação boa, quando eu estava esgotada ele desligava o rádio e me levava para um lugar longe de todos que me permitia extravasar toda a minha dor. E só eu e ele sabíamos sobre isso. — Cadê as suas malas, Kiara? — Ele pergunta e eu dou de ombros. — Está lá em cima e ninguém irá tirar ela de lá. — Falo olhando seriamente para Pavel, ele suspira cansado e balanca a cabeça em negação. — Vamos, meu querido? Pavel não responde nada, saímos do hotel do silêncio, quando chegamos perto do carro ele abre a porta do carro e eu entro me sentando. Ele dá a volta e se senta no banco da frente ao lado do motorista, mentalmente eu peço a Deus para que hoje seja um dia mais calmo. Pois eu preciso muito disso. **** Entro na casa e a primeira coisa que vejo é Olívia, Vladimir e Vittorio sentados um ao lado do outro no sofá principal e pela cara deles a conversa não é boa. Já no sofá de dois lugares está a criança, que olha para eles com confusão e tristeza. — Bom dia! — Falo para os três e me sento no sofá ao lado da menina. — Oi meu anjo, você dormiu bem? — Dormir sim, Kiara. — Ela fala e abre um pequeno sorriso. — Nossa, você falando o meu nome é algo tão estranho quando todas as crianças à minha volta me chamam por tia ou madrinha. — Falo e ela ri. — Mas esse é o meu nome, não é mesmo? — Podemos escolher um apelido para você. — Ela fala e seus olhos brilham. — Você pode me chamar de tia, meu amor. — Falo. — Eu já estou acostumada com os meus sobrinhos e afilhados me chamando assim, nem ligo mais para a sensação de velhice que se poderá de mim. Então ela sorri de verdade, mostrando os seus dentes separados e a covinha em sua bochecha. — Então será, tia! — Ela fala e eu assinto, então lembro de algo. — Eu sei que é loucura o que eu irei falar, mas até agora eu não sei qual é o seu nome pequena. — Falo e ela da de ombros. — Giulia! — Ela fala e seus olhos brilham — Mamãe falava que eu sou filha de Júpiter. — O significado do seu nome é lindo! Jovem, jovial, fofa e filha de Júpiter. — Falo e vejo seus olhos curiosos. — Tive que pesquisar um milhão de nomes juntamente com a minha melhor amiga, para decidirmos qual nome a minha afilhada teria e Giulia foi um dos nomes que nos chamou atenção, mas decidimos colocar outro de última hora. Você está com fome? Podemos ir tomar café da manhã em algum restaurante, somente eu e você. — Eu sou o pai dela e não autorizo essa saída! — Escuto a voz atrás de mim, respiro fundo e me viro. Vendo os três patetas me encarando, olho para as mãos do Vittorio e vejo os papeis com o nome de uma clínica. Então é verdade ela é filha dele. — Temos que a proteger agora! — Vladimir fala. — Ela corre risco de vida se a mantivermos ao seu lado. — O certo é mudar o nome dela e colocar o sobrenome Russo e outro nome. — Olívia fala — Eu não quero mudar o meu nome, mamãe escolheu e — Quieta criança! — Vittorio fala com brutalidade, Giulia se encolhe assustada. Nego desacreditada com o tom de voz que ele está usando com a criança. Como pode? — Vittorio, olha o tom de voz que você usa com ela! — Falo com seriedade o repreendendo — Não iremos mudar o nome dela de jeito nenhum, no máximo acrescentar o sobrenome do Vittorio italiano e — Agora ele é um Smirnov. — Vittorio fala e eu arqueio a minha sobrancelha. — Assim como você, você é a madrasta dessa criança e — Não! Eu mais na verdade. Eu posso ser casada com você no papel, mas na vida real o casamento não existe e logo não irá existir no papel também. — Falo com seriedade. — E vocês Olívia e Vladimir sabem disso, como ninguém. — Katherine, nós somos os seus pais e — Meu nome é Kiara, Olívia! Kiara! E os meus pais que me amaram até o fim de suas vidas, nunca me abandonaram e não me deixaram para trás estão mortos! — Falo com seriedade e vejo a tristeza em seus olhos. Na mesma hora Vladimir solta um rosnado e se levanta. Eu faço o mesmo não aceitando ficar sob a sua ira, os guardas que estão ao nosso redor se aproxima, obviamente protegendo o tão amado e temido Capô deles. Eles sabem o que eu sou capaz de fazer, e temem pelo Capô e ex-Capo. — Não ouse falar assim com a sua mãe! — Ele diz tentando se aproximar, mas Olívia o impede se colocando na sua frente. — Você não sabe o quanto ela sofreu, o quanto todos nós sofremos. — Não ouse levantar você, o seu tom de voz para mim, Vladimir! — Falo com seriedade olhando bem no fundo dos seus olhos. — Se eu estalar os dedos, o acordo com a máfia Italiana acaba. — Você não faria isso, você não teria coragem. — Ele fala soltando um sorriso incrédulo, mas quando vê a minha cara seu sorriso morre. — Não tem Vladimir? Testa a porra da minha paciência para você vê. — Falo com seriedade. — Eu e você sabemos que Vittorio, não manda naquela porra de acordo e sim EU e Alessandro. Se eu quiser, amanhã estarei sendo resgatada pelos meus amigos e vocês comendo as cinzas da família de merda de vocês! Quando termino de falar vejo nos olhos de Vladimir um misto de emoções, espero o pior e me preparo para o ataque. Mas então ele se afasta e inacreditavelmente vejo um sorriso em seus lábios. — Porra, você é igual a sua mãe quando está com raiva! — Ele fala e eu reviro os meus olhos. — Nós teremos tempo para resolvermos as nossas pendências, agora que você irá morar aqui. — Eu quero ver, quem vai me forçar a ficar aqui! — Falo com seriedade e meu pai rir jogando a cabeça para trás e nega, com ironia. — Eu coloco fogo nessa casa, coloco fogo em vocês e na porra da máfia toda. — Filha, o seu lugar é ao lado do seu marido! — Olívia fala em um tom de repreensão. — O meu lugar é ao lado da minha família de verdade, Olívia. — Falo e ela abaixa a cabeça. — Menina insolente, vejo que os seus pais falharam na sua educação. — Suas palavras soa como um tiro no meu peito, meus olhos enchem de lágrimas e eu sorrio com ironia. — Eu queria tanto, mas tanto que vocês tivessem morrido e meus pais adotivos estivessem vivos. — Falo e quando solto as últimas palavras uma lágrima cai. Juntamente com a lágrima eu sinto uma ardência em meu rosto, a ardência vem com força e eu me vejo sendo jogada contra o sofá. Ergo a minha cabeça chocada a tempo de ver Vittorio e Olívia indo para cima do Vladimir, entrando em luta corporal e os seguranças indo apaziguar. Respiro fundo. Mordo a lateral da minha boca sentindo o gosto metálico do sangue, mas não me permito chorar, nem demonstrar fraqueza. Então eu olho para o lado e vejo Giulia chorando, engulo em seco — Sua boca está sangrando! — Giulia fala fala nego — Está tudo bem! — Ela segurando em sua mão. — Vem, vamos lá para o seu quarto. Falo e pego ela em meu colo, passo com ela pela multidão ainda escutando a gritaria dos três, quando chegamos em seu quarto eu tranco a porta e me sento na cama e ela se senta ao meu lado. — Você quer enterrar a sua mãe? Eu descobrir onde ela está e já mandei organizar tudo. — Falo e a menina rapidamente olha para mim. — Sim, eu quero muito. — Ela fala e eu assinto. — Mas eu não tenho dinheiro e — Meu amor, dinheiro não é problema, ok? Vamos organizar as suas coisas. — Falo me levantando. — Vamos pegar várias mudas de roupa e uma roupa bem bonita, afinal você tem que se despedir da sua mãe em grande estilo. Ela me olha como se eu fosse louca, mas solta uma risada no final. Giulia se levanta rapidamente e vai até o armário pegando uma única bolsa meio gasta e velha. — O tem que nessa bolsa? — Questiono confusa. — Todas as roupas que eu tenho, mamãe separou as melhores para quando eu tivesse que conhecer meu pai. — Ela fala e eu engulo em seco, segurando a vontade de chorar. Assinto, pego sua bolsa e saímos do quarto com ela segurando a minha mão, desço as escadas e vejo Vladimir apoiado na porta, mamãe sentada no sofá chorando e Vittorio andando de um lado para o outro. Assim que eu chego no começo da escada eu coço a garganta e ele me olha confuso. — Onde vocês pensam que vão? — Vittorio pergunta assim que nos vê. — Iremos enterrar a mãe dela com dignidade, na Itália. — Falo e ele me olha como se eu fosse louca. — — A mãe dela não foi enterrada? — Olivia pergunta e eu nego. — Eu vou matar aquela vadia doida e — Ela já está morta! — Vittorio fala e eu arregalo meus olhos olhando para Giulia, mas sua expressão é neutra. — O nome dela é Theodora, ela não gostava da minha mamãe e dizia coisa ruins de mim e da minha mãe. — Ela murmura e meu coração sangra com suas palavras. — Eu não ligo para o que aconteceu com ela. Olho para Vittorio e vejo que ele encara Giulia e depois olha para mim preocupado, seja lá o que essa menina tenha passado. A machucou muito e deixou ela madura demais para a sua idade. — Kiara, vamos conversar na cozinha! — Ele fala e olha para a menina. — Giulia, pode esperar aqui, por favor. — Ok! — Ela responde. Caminho até a cozinha e me encosto na bancada, assim que me viro vejo Vittorio logo atrás de mim, tão perto que eu cruzo os meus braços tentando manter uma certa distância dele. — O que ela te contou? — Ele questiona e eu estralo a minha língua. — Você deveria perguntar para ela. — Falo e ele ergue a sobrancelha. — Você ao menos conversou com ela? — Não tivemos tempo! — Ele fala e eu nego desacreditada. — Você terá mais de 7 horas dentro de um avião para perguntar sobre a vida inteira dela. — Falo e ele nega. — Você tem meia hora para arrumar uma mala e saímos. Quando termino de falar espero que ele exploda, mas ele só abre um sorriso de lado cretino me deixando puta e se afasta me deixando aliviada. — Você sabe que irá voltar comigo, né? — Ele fala com seriedade e eu nego. — Vai sim, meu amor! — Eu só volto para essa merda de país ao seu lado, se eu estiver morta! — Falo e vejo ele trincar os dentes. Saio da sala de jantar sem olhar para trás. Vittorio não tem noção de como quem ele está lidando Se ele acha que eu sou a mesma de dois anos atrás ele está muito enganado! Eu sou capaz de pôr fogo nele e o observar queimar, clamando por clemência.Kiara Raffaello — Kiara, me perdoa eu…— Vladimir vai falando assim que me vê saindo da sala de jantar, ergo minha mão em um sinal para que ele se cale.— Não! Eu não quero falar com você, não agora, quando estou tão brava. Meu pai e minha mãe nunca me bateram,eles nunca encostaram um dedo em mim. — Falo com seriedade. — Imagina depois dos meus vinte anos, eu viver apanhando dos meus pais que diziam me amar e depois que conseguiram alguém para o trono deles, me abandonaram na primeira oportunidade.— Você está sendo injusta conosco, fizemos isso para o seu bem. — Olívia fala e só então eu percebo que ela está logo atrás dele.— Que estavam correndo risco de vida todo mundo sabe, inclusive eu fui sequestrada, torturada e passei por situações que somente eu e Deus sabemos. Mas eu nunca pedi para cair fora e estava honrando a minha promessa, que eu fiz com sangue. — Questiono com ironia. — O que fizemos foi o melhor e mais seguro, tudo o que fizemos foi para a sua segurança. — Ela fala
Kiara Raffaello — Então está tudo certinho? — Questiono e ele assente. — Tudo certo com a contabilidade e tudo certo em relação ao enterro! — Ele fala com calma. — Muito obrigado! — Falo e ele assente. — Esses dois dias, estão parecendo um ano! Eu só quero resolver tudo isso e poder voltar logo para a nossa casita. — Aquele homem não parece disposto a te deixar ficar aqui sem ele. — Lucas fala e eu dou de ombros. — Aquele homem e a opinião dele é insignificante, para mim! — Falo com seriedade. — Tem algo a mais para me falar? — Não, agora irei para meu quarto e dormirei embaixo da cama. — Sorrio negando. — Bobo! Ele não é nem louco de fazer algo contra você. — Falo me levantando da cadeira pronta para sair. Lucas vai para o quarto dele e eu vou para o quarto que eu escutei as meninas conversando, abro a porta devagar vendo Giuliana dormindo calmamente, sorrio e encosto a porta. Desço as escadas escutando um falatório na cozinha e vou direto para lá, encontrando Afro
Kiara Raffaello Sorri complacente ao ver Rocco, Afrodite, Aurora, Alessandro, Antonella e a mãe dos meninos.Vittorio está em pé ao lado do caixão, olhando fixamente para Giulia que caminha até o caixão da mãe com uma rosa branca nas mãos.Ela se aproxima delicadamente, ergue a cabeça e olha para o rosto da mãe, que já está pálida, sem vida e seus olhos fechados.Observo Vittorio se aproximar da filha, colocar a mão em seu ombro e falar algo para ela, vou até Aurora e Alessandro e fico só lado do Capô que olha a cena sem demonstrar emoção.— Meu Deus, ele realmente tem uma filha! — Aurora fala em choque.— Eu tive a mesma reação quando vi a pequena! — Falo e ela suspira. — Pena que as circunstâncias, não são as melhores.— Eu me lembro da Cristal, trabalhava em uma das nossas boates. — Alessandro fala chamando a minha atenção para o assunto. — Eu mesmo assinei a carta de demissão, ela era fixada como dançarina e ganhava bem, um dia Vittorio viu ela dançando, decidiu que a queria e
Kiara Raffaello Pulo da cama logo cedinho e vou direto para o banheiro, tomo banho bem quentinho e visto uma calça legging, blusa de lã já que está frio e uma bota de cano longo, faço minha higiene matinal e quando termino saiu do quarto com minha bolsa. Desço as escadas e não me surpreendo ao ver Vittorio desmontando uma arma na sala de estar e a limpando. Porra são nove da manhã, ele não dormiu? — Bom dia! — Falo e passo direto para a cozinha. Sorrio ao ver que minha cafetera que já está programada para fazer café sozinha, ela já fez o meu cafezinho, me sinto tão amada com isso. Pego uma xícara que eu ganhei dos meus babys, me sirvo de café e me viro, ficando encostada na bancada, tomo meu café calmamente e quando termino saiu da cozinha indo para a sala, vendo o bonito ainda sentado no sofá. Escultor um barulho na porta e quando olho, vejo o casal vinte, vindo sorrindo, se beijando e falando baixinho. Eles sim são a minha meta de relacionamento. — Bom dia, casal vi
Kiara Raffaello Entro dentro de casa e escuto risadas, sorrio e entro de fininho, a cena na minha frente faz o meu coração aquecer, Vittorio e Giulia estão vendo “O Rei leão” comendo pipoca e bebendo chocolate quente. — Boa noite! — Falo e na mesma hora Giulia se vira e eu vejo um sorriso no rosto da menina, fico feliz com isso. — Tia Kiara, vem ver o desenho com a gente! — Giulia me chama com a sua voz super fofinha, eu penso em negar, subir direto para o meu quarto mas o brilho nos seus olhos me contagiou. — Claro! — Falo e ando até ela me sentando ao seu lado. Ela pega o balde de pipoca do Vittorio e coloca entre mim e ela, fazendo ele nos olhar feio, fingindo está bravo, sorrio e olho para a TV — Esse é o meu filme preferido da Disney! — Falo e ela me olha chocada. — O meu também! — Fala. — Eu amo os três, mas o último filme é o que eu mais amo. — O do Kovu? É o meu preferido também. — Falo e ela rir. — Podemos prestar atenção no filme, mocinhas? — Vittorio f
Kiara Raffaello A porta é aberta, eu me viro vendo os três entrar, olho primeiramente para o rosto de Rocco e ele desvia os olhos do meu. Isso significa que as coisas não são boas. — Kiara, eu entrei em um acordo muito difícil com o Vittorio e quero dizer que isso não vai ser fácil para mim! — Alessandro começa a falar. — Você ficará um ano na Rússia, sob o comando do Vittorio. Terá que obedecer às ordens dele, será prisioneira dele. Depois de um ano, a traremos de volta se assim você quiser. Ele não pode te agredir, te forçar a nada que você não queira e nem te manter presa. Você terá liberdade para trabalhar, nos visitar depois que for liberada por ele e manteremos contato. — Você… você só pode está de brincadeira, né? — Falo e ele nega. — Você fez merda, porra! — Alessandro fala. — Essa é a lei, a nossa lei e sinto muito que você não sabia. — Isso é injusto! — Afrodite fala segurando a minha mão com força. — Seguranças, peguem a senhorita Raffaello agora mesmo e a leve
Kiara Raffaello Duas semanas! Hoje faz a porra de duas semanas que eu estou na Russia, duas semanas que a unica coisa que eu faço é acordar, levantar da cama, tomar banho, voltar para cama, trabalhar e ver TV o dia todo.Ultimamente até para comer é difícil, pois eu não sinto a mínima vontade, tudo tem sido complicado.Tenho trabalhado pelo notebook, tem sido difícil explicar para as pessoas o motivo de eu ter me mudado para a casa do meu “ex” marido que me traiu diversas vezes.Os sites de fofocas especulam sobre isso, o nome dos Rafaellos é algo grande, causa alvoroço e essa notícia sobre mim tem causado tantas piadinhas, o pessoal cai matando, falando coisas horríveis sobre mim. Eu virei chacota. E a piadinha mais nojenta é “Pelo green card, até milhares de chifres dá para aguentar”— Senhora? — Olho para trás e só então percebo a senhora que me traz comidas todos os dias, ela está me olhando com um olhar de alívio. — Meu Deus, me desculpe, mas…que alívio de ver você bem, aqui es
Kiara Raffaello Me olho no espelho e sorrio gostando do que eu vejo. Bom, pelo menos em partes, né! Eu estou precisando urgentemente de um cabeleireiro, uma manicure, massagem relaxante e três anos no Havaí. Passar esses dias dentro desse quarto me adoeceu e envelheceu legal, minha unha está feia, cabelo ressecado e sobrancelha parecendo uma taturana. Passo meu perfume e sorrio, vou para o quarto, pago a minha bolsa e desço as escadas calmamente. Assim que chegou na sala de janta, vejo uma cena um tanto inusitada, mas que me deixa feliz. Vittorio está com a sua filha sentada ao seu lado, eles riem e brincam, conversando enquanto tomam café, um pequeno sorriso brota em meus lábios. Assim que vê a surpresa no rosto deles é evidente, Giulia pula nos braços do pai e corre até mim se jogando com força em meus braços. — Oi tia! — Giulia fala e ergue a cabecinha jogando seus lindos cabelos cacheados para trás, me fazendo enxergar a imensidão dos seus olhos. Prendo a minha