Quem mais tá amando ver Vittorio e Kiara, se entendendo?
Kiara Raffaello — Vittorio, onde isso termina? — Questiono sentindo uma agonia crescer em meu peito. A minha ansiedade me domina, aperto minhas mãos com força sentindo minha unha rasgar a carne da minha mão, causando uma certa dor. Mas é essa dor que faz com que eu não foque tanto na minha respiração e não tenha um ataque de pânico. A dor é bem vinda! — Iremos sair no topo da colina, lá em cima. — Ele fala com calma, segurando minha mão com firmeza. — Tem possibilidade deles saberem desse lugar? — Questiono engolindo em seco. — Do túnel não, afinal foi eu, Pavel e seu pai que construímos. — Fala e então eu vejo algo sombrio em seus olhos. — Na verdade, usamos uns fodidos para fazer esse trabalho e depois que eles terminaram nós os matamos. Arregalei os meus olhos e soltei sua mão meio chocada com suas palavras, Vittorio parou um pouco na minha frente e se virou me olhando confuso. — Trabalho escravo? E depois ainda matou os trabalhadores. — Falo quase gritando. Vitto
Kiara Raffaello Desço do jatinho e sinto o frio gélido da Rússia bater em meu rosto. Está nevando feio aqui, as pessoas ainda estão aproveitando aquele clima pós natal, afinal só passaram dois meses e ainda está o climinha no ar.Pego o meu celular eu vejo que está fazendo -2 graus e a previsão é que para de noite tava -12 graus, suspiro.Guardo o celular e olho para frente vendo uns trinta homens, armados até os dentes em uma fila reta até a porta do carro preto, eles literalmente só deixam um espaço para que eu passe entre eles e entre no carro.Faço o trajeto até o carro o com todos os homens de costas para mim, atentos a qualquer sinal de risco.Quando eu finalmente entro no carro, suspiro aliviada, olho para o motorista que não fala absolutamente nada, ele só acena com a cabeça e liga o carro.Quando saímos três carros ficam na nossa frente, olho para trás só para confirmar e não fico surpresa ao ver mais três carros atrás de nós. Parece que as coisas não estão muito boas por aq
Kiara Raffaello Bato na porta a primeira vez, espero uma resposta mas ela não vem. Bato uma segunda vez, espero um pouco por resposta mas não ouço nada, suspiro e abro a porta devagar colocando minha cabeça para dentro do quarto. Então eu a vejo, ela está deitada na cama, de olhos abertos olhando para o teto com as mãos ao lado do corpo. Abro a porta, ela se assusta como se tivesse com a cabeça tão longe que ao menos tinha escutado eu bater na porta. Assim que ela me vê arregala os olhos e se senta na cama, arrumando o lençol nas suas pernas. — Oi, tudo bem? Eu me chamo Kiara. — Pergunto mas não obtenho resposta, me aproximo. — Eu trouxe comida, está com fome? — Sim! — Ela fala me deixando aliviada. Ando até ela e me sento ao seu lado, coloco o parto e xícara em cima da mesinha de cabeceira. — Eu espero que você não se importe de dividir essa comida comigo, trouxe para nós duas. — Falo com um pequeno sorriso, tentando soar amigável. — Mas se você estiver com muita f
Kiara Raffaello — Você está brincando com fogo, Kiara! — Escuto Pavel falar assim que eu saio do elevador. — Vocês está testando os limites dele, não sabe o que ele é capaz de fazer agora. — Olá, Pavel. — Falo para o homem na minha frente. — Eu sei o que ele é capaz de fazer, também sei que ele não é louco. Enquanto eu passava pela porra de um tratamento intenso, Pavel sempre estava ao meu lado, sendo meu mentor, segurança particular e com o tempo amigo. Criamos uma relação boa, quando eu estava esgotada ele desligava o rádio e me levava para um lugar longe de todos que me permitia extravasar toda a minha dor. E só eu e ele sabíamos sobre isso. — Cadê as suas malas, Kiara? — Ele pergunta e eu dou de ombros. — Está lá em cima e ninguém irá tirar ela de lá. — Falo olhando seriamente para Pavel, ele suspira cansado e balanca a cabeça em negação. — Vamos, meu querido? Pavel não responde nada, saímos do hotel do silêncio, quando chegamos perto do carro ele abre a porta do ca
Kiara Raffaello — Kiara, me perdoa eu…— Vladimir vai falando assim que me vê saindo da sala de jantar, ergo minha mão em um sinal para que ele se cale.— Não! Eu não quero falar com você, não agora, quando estou tão brava. Meu pai e minha mãe nunca me bateram,eles nunca encostaram um dedo em mim. — Falo com seriedade. — Imagina depois dos meus vinte anos, eu viver apanhando dos meus pais que diziam me amar e depois que conseguiram alguém para o trono deles, me abandonaram na primeira oportunidade.— Você está sendo injusta conosco, fizemos isso para o seu bem. — Olívia fala e só então eu percebo que ela está logo atrás dele.— Que estavam correndo risco de vida todo mundo sabe, inclusive eu fui sequestrada, torturada e passei por situações que somente eu e Deus sabemos. Mas eu nunca pedi para cair fora e estava honrando a minha promessa, que eu fiz com sangue. — Questiono com ironia. — O que fizemos foi o melhor e mais seguro, tudo o que fizemos foi para a sua segurança. — Ela fala
Kiara Raffaello — Então está tudo certinho? — Questiono e ele assente. — Tudo certo com a contabilidade e tudo certo em relação ao enterro! — Ele fala com calma. — Muito obrigado! — Falo e ele assente. — Esses dois dias, estão parecendo um ano! Eu só quero resolver tudo isso e poder voltar logo para a nossa casita. — Aquele homem não parece disposto a te deixar ficar aqui sem ele. — Lucas fala e eu dou de ombros. — Aquele homem e a opinião dele é insignificante, para mim! — Falo com seriedade. — Tem algo a mais para me falar? — Não, agora irei para meu quarto e dormirei embaixo da cama. — Sorrio negando. — Bobo! Ele não é nem louco de fazer algo contra você. — Falo me levantando da cadeira pronta para sair. Lucas vai para o quarto dele e eu vou para o quarto que eu escutei as meninas conversando, abro a porta devagar vendo Giuliana dormindo calmamente, sorrio e encosto a porta. Desço as escadas escutando um falatório na cozinha e vou direto para lá, encontrando Afro
Kiara Raffaello Sorri complacente ao ver Rocco, Afrodite, Aurora, Alessandro, Antonella e a mãe dos meninos.Vittorio está em pé ao lado do caixão, olhando fixamente para Giulia que caminha até o caixão da mãe com uma rosa branca nas mãos.Ela se aproxima delicadamente, ergue a cabeça e olha para o rosto da mãe, que já está pálida, sem vida e seus olhos fechados.Observo Vittorio se aproximar da filha, colocar a mão em seu ombro e falar algo para ela, vou até Aurora e Alessandro e fico só lado do Capô que olha a cena sem demonstrar emoção.— Meu Deus, ele realmente tem uma filha! — Aurora fala em choque.— Eu tive a mesma reação quando vi a pequena! — Falo e ela suspira. — Pena que as circunstâncias, não são as melhores.— Eu me lembro da Cristal, trabalhava em uma das nossas boates. — Alessandro fala chamando a minha atenção para o assunto. — Eu mesmo assinei a carta de demissão, ela era fixada como dançarina e ganhava bem, um dia Vittorio viu ela dançando, decidiu que a queria e
Kiara Raffaello Pulo da cama logo cedinho e vou direto para o banheiro, tomo banho bem quentinho e visto uma calça legging, blusa de lã já que está frio e uma bota de cano longo, faço minha higiene matinal e quando termino saiu do quarto com minha bolsa. Desço as escadas e não me surpreendo ao ver Vittorio desmontando uma arma na sala de estar e a limpando. Porra são nove da manhã, ele não dormiu? — Bom dia! — Falo e passo direto para a cozinha. Sorrio ao ver que minha cafetera que já está programada para fazer café sozinha, ela já fez o meu cafezinho, me sinto tão amada com isso. Pego uma xícara que eu ganhei dos meus babys, me sirvo de café e me viro, ficando encostada na bancada, tomo meu café calmamente e quando termino saiu da cozinha indo para a sala, vendo o bonito ainda sentado no sofá. Escultor um barulho na porta e quando olho, vejo o casal vinte, vindo sorrindo, se beijando e falando baixinho. Eles sim são a minha meta de relacionamento. — Bom dia, casal vi