Continuávamos sem falar, ele permanecia em silêncio comigo, por fim mantinha o meu para com ele. Não importava, estava cansada daquilo tudo, então para mim aquele silêncio não significava nada, entrei no carro de braços cruzados com o rosto fechado e um olhar extremamente zangado, ele entrou sentando ao meu lado com o rosto fechado para mim. O primeiro a falar perdia era o que eu dizia constantemente para mim mesma enquanto entrava no carro sem saber para onde estávamos indo. O guarda-costas entrou logo em seguida, encarou nós dois e voltou seu rosto para o velho que estava da mesma forma, rosto neutro e olhar escuro, dessa vez não me importei com sua desconfiança em relação a mim.--Peça desculpa. Virei meu rosto impressionado com a sua coragem, estava com os olhos para a janela, nem tinha coragem de olhar para mim.-- Peça você -- retruquei no mesmo instante, ele se virou para mim alarmado com a minha ousadia, rir com seu olhar para mim -- não lhe devo nada.-- Teimosa -- sussurrou
Seu olhar não tinha a menor gentileza, o rosto estava escuro e não havia uma centelha de luz naquele olhar. Ele mal conseguia manter seu rosto vidrado no meu por muito tempo me encarou por alguns segundos, então voltava, encarava qualquer outra coisa antes de virar para mim de novo com o rosto coberto de ódio. Era o mesmo que eu havia encontrado no hospital, mas havia uma coisa diferente ali, não havia um sorriso bobo e olhar penetrante.Olhei para a porta que estava entreaberta enquanto ele virava seu rosto para a cadeira encarando o chão ou qualquer coisa. Uma arma estava em sua mão, ele levantava colocando ela em sua cabeça como se estivesse tentando relaxar, pensar ou apenas acalmar-se, pois parecia muito nervoso naquele momento olhei ainda para a janela. Dei apenas uma única olhada em sua direção, ele prosseguia da mesma forma encarando o chão a sua frente de olhos fechados, este era o momento de eu cometer uma estupidez.Corri, ignorei algo dentro de mim que era a minha razão o
Eu fiquei sozinha no quarto, ele havia saído minutos depois batendo a porta e murmurando algo, mas não era exatamente para mim as suas reclamações. Esperei pela sua volta e pelo pior que podia acontecer quando ele fosse voltar, mas ele demorou, não sabia exatamente o horário, ele havia tirado de mim o relógio em meu pulso e qualquer objeto que eu estava usando com um olhar cheio de ódio para cada um deles, provavelmente acreditava que eles foram dados por Gregório e que não eram meus de verdade. É mesmo que eu fosse explicar que eram meus e me pertenciam não achava que do modo que eles estava iria acreditar em uma única palavra que eu fosse dizer.Sabia que a situação piorava a cada minuto que me mantinha onde eu estava a batidas de meu coração eram frenéticas enquanto pensava no próximo passo que eu deveria dar naquele momento, achar uma saída me deixava nervosa com o medo de ser pega. Era evidente que ciúmes de uma mulher que ele dizia ser sua parecia o deixa abalado, então me ver s
O anel estava em minhas mãos, ela não havia tirado, disso eu tinha certeza, ele havia tirado dela. O hotel estava vazio, ele já tinha levado ela para longe, não tinha mais nada a ser feito, me perguntava se ela estava longe ou perto, segurei com firmeza a poltrona tentando controlar os nervos, virei meu rosto para a janela apertando com mais força o anel em meus dedos. O homem foi jogado ao meus pés, eu estava sentado na poltrona do hotel segurando ainda o anel em minha mão, o velhote estava atrás dele, mas a frente na porta estava meu fiel amigo vigiando para ter certeza que não havia mais ninguém. -- Onde ela está? -- não olhava para ele ajoelhado em minha frente toda a minha atenção estava em seu anel -- sou vou perguntar uma única vez -- um movimento de cabeça é o velhote socou o rosto dele antes que ele pudesse gritar de dor a mão do velho segurou sua boca o chacoalhando um pouco para o lado e para o outro o velho riu, mas logo parou pegando no cabelo dele e o fazendo olhar em
Meu coração permanecia batendo em desespero enquanto ele mantinha, agora, a sua mão agarrada em minha cintura apertando com uma certa leveza assombrosa. O carro parou, ele me puxou para fora, estava no meio do nada só podia ver árvores enormes, uma casa enorme amarronzada bem antiga. Virei meu rosto para ele, mas ele não estava prestando atenção em mim, ele saiu tirando a minha mão da cintura, me empurrando para a direção de um outro homem.-- Leve ela para dentro -- disse ele pegando uma arma de sua cintura virando para o carro -- ele não vai voltar.Eu quis gritar, gritar o nome de Gregório, mas eu mantive o silêncio com medo do que ele podia fazer a mim ou nele. Fui levado pelo homem grande para dentro da casa mal pude observar o lugar, pois logo estava dentro de um quarto de novo, presa.Corri para a janela quando ele fechou a porta, mas eu não via nada a não ser as árvores daquela floresta densa. Fechei minhas mãos em uma espécie de oração esperando que ele chegasse logo até
O dia passou sem eu ver ele de novo, ele não entrou no meu quarto, a comida vinha até mim por um dos seus seguranças. Ele entrava sem a minha permissão e colocava a comida em cima da mesa, então saia sem dizer uma palavra sem olhar para mim sempre mantendo distância. Não podia pedir ajuda, pois corria o risco de matar um outro homem, pois ele era lunático, manter a discrição era a minha melhor alternativa naquele momento.Um dos seus seguranças voltou e eu acreditava que era para me oferecer a janta, mas eu havia sido solicitada na presença do monstro. Recusar não era uma escolha, então ajeitei meu cabelo e usei uma roupa que estava disponível no quarto um dos vestidos vermelho o mais comportado entre os vestidos, curto e colado em meu corpo e não combinava nem um pouco com o que eu estava acostumada a usar, mas era a única coisa que tinha naquele lugar.Tanto o salto quanto o vestido cabiam perfeitamente, ele havia dado um jeito de saber minhas medidas ou apenas tinha um bom olhar
GregórioEle não sabia de muita coisa, mas o que me dizia já era o suficiente, saber que ela estava viva sem nenhum arranhão já era um bom começo, mas ainda sentia pontadas em meu peito enquanto o velho dirigia o carro em alta velocidade. Algo havia chamado a sua atenção enquanto estava com o menino. Não havia deixado ele partir estava no banco de trás com o guarda, ele encarava o rosto do garoto de braços cruzados nem um pouco contente com a decisão de manter ele vivo, mas se ela havia poupado a sua vida só me restava fazer o mesmo.-- Deveríamos atirar em sua cabeça -- disse ele pegando a arma que segurava colocando na cabeça do delinquente, ele virou seu rosto para a direção dele sem uma vez desviar havia em seu olhar uma espécie de ódio que não pude não notar -- que rosto é esse moleque?-- Não vamos matar ele. Respondi de má vontade ainda concentrado meu olhar na estrada na esperança que o velho estivesse certo e tivesse encontrado alguma coisa realmente.-- Se o problema é achar
Gregório-- Eu disse para não entrar na floresta -- repeti enquanto saiamos do carro, ele havia batido o motor depois de tentar atravessar por lugares íngremes demais virei meu rosto encarando o céu, ainda estava claro, mas a qualquer momento começaria a escurecer é ainda estávamos sendo perseguidos -- você nunca me escuta. O velho continuou me ignorando enquanto olhava para o local em que estávamos, pensativo.-- Eu avisei a ele, mas ele não escuta ninguém. Virei meu rosto na sua direção com meu olhar aborrecido, ele desviou o olhar na mesma hora para o garoto que encarava toda a situação com o rosto assustado, ele colocou a mão na cabeça tentando estampar a ferida. Virei meu rosto para o velho enquanto ele voltava para o carro, ambos voltamos para pegar as armas a regra era clara, não íamos embora enquanto não trouxemos a minha noiva de volta.-- Como nos velhos tempos -- ele virou seu rosto para o cara enquanto ele levantava a mão para pegar uma arma também o velho levantou a cabe