-- Não tenho carteira -- não planejava fugir, mas seus olhos diziam que eu jamais voltaria, ele ainda segurava a chave do carro e colocou logo em seguida na minha mão -- se me pararem, vão levar seu carro.-- Diga meu nome -- disse ele em um sorriso perverso pegando em minha mão em seguida -- se tivesse um anel acreditariam em você com mais facilidade. Peguei a minha mão escondendo em seguida no meu bolso.-- Ou descobriram nossa mentira. Sabia que não devia fazer ele ficar com raiva, mas não me importava com seus olhos revoltados pelas minhas palavras, ele deu de ombros, então me virei para ir embora antes que ele mudasse de ideia.-- Não esqueça de voltar para casa -- ele veio por trás de mim e colocou dentro de minha bolsa um cartão de crédito -- use e abuse.Meu plano era simples, ir até meu tio e falar sobre o contrato voltar o mais rápido possível para que Gregório não vinhesse atrás de mim com policial e todos os federais acreditando que havia sido raptada. O cartão em minha mã
-- Ela está aonde? Era ele, reconheceria aquela voz em qualquer lugar era uma voz rouca, melancólica e estava muito zangado, luz, havia uma luz forte bem em meus olhos, ela estava ali parada, não conseguia abrir os olhos, não conseguia mover meu corpo para reclamar da forte luz. Uma mão quente tocou na minha, mas eu não queria acordar agora, mas vozes simultâneas estavam ao meu lado falando rápido demais para que eu captasse qualquer coisa.Queria abrir os olhos para dizer alguma coisa, mas ainda estava sonolenta, um sono incompreensível, pois meu corpo estava lutando comigo mesmo para manter-se em pé. Havia um outro problema também, por mais que eu tentasse abrir meus olhos, travava uma luta constante, pois eles queriam permanecer fechados. Meu tio, queria procurar meu tio, queria saber por onde ele havia se metido e se ele estava ali também, mesmo não sabendo onde eu estava, esperava que meu tio estivesse por perto, mas não tão perto, não queria que Gregório também olhasse para e
-- Um único beijo? Disse eu quando percebi que ele não desistiria com tanta facilidade e eu não estava com tempo para começar uma guerra com Gregório.-- Como desejar. Respondeu ele aproximando seu rosto mais para perto de mim, ignorando meu olhar de advertência em sua direção, rapidamente ele levantou a sua mão para a minha bochecha segurando meu queixo com delicadeza e puxando meu rosto para seus lábios sem ao menos me perguntar se eu estava pronta.-- Na bochecha. Coloquei a mão em meus lábios impedindo seu movimento, ele fez uma careta em minha direção, suspirou profundamente, então balançou a cabeça para mim.-- Não -- ele apontou para a sua boca como se fosse óbvio para mim o que ele queria -- quero aqui.-- Na bochecha ou não terá nada. Ainda estava com a mão entre nós impedindo que ele desse qualquer movimento para a direção de meus lábios.-- Está negociando comigo? Ele tinha um certa admiração em seu olhar que a princípio não conseguia entender, ignorei qualquer coisa que vi
Gregório continuou com seus braços apertados em volta de mim me levando para casa nenhuma vez comentou sobre nosso acordo. Tudo que eu conseguia imaginar ou pensar era na reação de meu tio e o que o médico havia diagnosticado. Era óbvio que desde o momento que eu havia chegado ele demonstrava que algo estava errado com a sua condição, mas não conseguia acreditar que poderia ser algo tão grave como aquilo. Sabia que a ruptura do casamento havia o deixado transtornado, mas me lembro de visitá-lo depois do ocorrido, ele parecia estar normal.Nenhuma vez ele se referiu ao casamento ou ao nome dela ou algo sobre isso repetia constantemente sobre o contrato e nada mais. Era evidente que meu tio não sofreu o colapso pelo casamento, mas pelo que havia feito e por isso quando olhou para mim havia perdido toda a sua postura. Virei meu rosto para Gregório, mas ele estava concentrado em dirigir estava prestes a falar sobre o contrato, quando virei meu rosto, não querendo saber da verdade, se é q
-- Não sei qual é o seu problema menina -- ela pegou em meu braço com o rosto cheio de ódio olhando para mim e para o corredor como se estivesse tentando ter certeza que ele não estava vindo em nossa direção, ela me sacudiu logo em seguida de forma agressiva -- mas pare com isso logo. A raiva e adrenalina ainda me dominava e eu estava mais corajosa do que das últimas vezes, peguei em seu braço logo em seguida e a empurrei com toda a minha força ela andou para trás voltando seu rosto assustada para o meu..-- Não se faça de santa -- respondi em seguida enquanto ela me encarava não entendo absolutamente nada do que eu estava dizendo -- eu sei que foi você que entrou no escritório dele. Ela ajeitou o corpo, então olhou mais uma vez para a direção que ele poderia entrar, então veio até mim, ela parou perto de mim.-- É como sabe ? Não entendia o que ela estava tentando fazer, pois não havia disfarçado e estava praticamente confessando seu crime, mas não importava.-- Também estava lá q
Ele tirou o casaco de mim, então sentou-se do meu lado e por mais que eu quisesse ele longe estava sem forças.Ele colocou a sua mão fria em minha testa e seguiu para o lado de meu rosto até o meu pescoço, ele balançou a cabeça meio irritado, por mais que eu tentasse dizer que estava bem ou mandar ele ir embora, não tinha forças para dizer uma única palavra, então só pude ficar em silêncio vendo seu rosto ainda encontrar o meu de vez enquanto e novamente colocar a mão em minha testa rapidamente.A governanta havia chegado e eu não havia visto ele sair do meu lado, ela entrou carregando com ela uma bandeja. Ela encarou meu rosto e viu seu sorriso, aquele sorriso de que esperava a minha morte naquela mesma noite, ela se recompôs no mesmo instante quando Gregório voltou, ela fingiu preocupação andando na direção dele tirando seu casaco em seguida.-- Ela não está nada bem, meu senhor -- sua voz me deixava ainda mais doente -- deve ter pegado alguma gripe muito forte.-- Está com uma feb
Gregório permanecia no quarto dela e impedia que eu fosse ver a menina, ele mesmo deixou claro que iria cuidar dela é que não havia a necessidade que eu estivesse presente. Pelo seu olhar era possível imaginar que ela não estava nada bem. Desde do dia em que ela havia chegado naquela casa toda a rotina de nosso senhor havia mudado por completo, todos os desejos dele se tornaram desejos dela. O quarto foi uma de suas exigências devia ser grande e como uma garota deveria gostar, ele repetia constantemente, que tudo devia estar de acordo com algo que uma mulher pudesse gostar. Nunca havia entendido seu amor ou paixão pela menina, mesmo desaprovando tudo aquilo não deixei de cumprir as minhas ordens. Depois de um tempo descobri por mim mesma que tudo não passava de uma dívida que foi paga com a garota. Eu rir sabendo que ele não ficaria com ela por muito tempo, mas me enganei e o que esperava é que depois de alguns dias suportando a menina malcriada ele iria por fim mandar ela ir para ca
Meu horário de serviço havia acabado, dormia e morava em um pequeno quarto que continha tudo que uma empregada de primeira classe poderia ter, mas não era o suficiente para mim. Entrei rapidamente, troquei de roupa escolhendo cores mais escuras e peguei um casaco enorme que escondia meu rosto. Peguei o documento colocando ele dentro do bolso do casaco e dei duas batida certificando que lá estava meu tesouro. A febre da menina, no fim, serviu para alguma coisa com ela doente Gregório não estaria me procurando para nada naquela noite. Na esperança que ela adoecesse até a morte, acreditava que estaria logo cedo de manhã muito bem, andei pelos corredores seguindo pela porta dos fundos da cozinha, conhecia aquela casa com a minha palma da mão, então não foi difícil andar pelo jardim naquela escuridão.Os cachorros me conheciam, então não seria vista como uma inimiga, peguei alguns biscoitos que estavam escondidos em meu casaco e dei para cada um deles para mantê-los quietos. O local de enc