-- O que eles querem? Gregório não virou seu rosto na minha direção quando entramos para dentro de casa. O guarda havia sumido junto com o motorista um olhar deles e de repente cada um estava indo para um determinado lugar. Virei meu rosto na direção dele, mas ele continuou seguindo para frente segurando a minha mão com firmeza me levando para dentro subindo as escadas e eu já sabia que se dirigia para o seu quarto. Ele me empurrou para dentro fechando a porta em seguida, um olhar tenebroso, então sentou-se na cadeira jogando a sua arma na mesa, mas ele continuava em silêncio sem falar nada.-- Eles não estavam interessados em nos matar -- disse ele rindo colocando a mão em sua cabeça relaxando o corpo -- queria apenas assustar.-- Por qual motivo? -- perguntei incapaz de sentar na cadeira andando de um lado e para o outro ainda assustada -- o que eles queriam? Ele virou seu rosto lentamente em minha direção encarando meus olhos sem desviar, continuava parada.-- O que você acha? -
-- Está indo para algum lugar? Ele estava com os braços cruzados encarando meu rosto olhando para o que estava atrás de mim. Ele esticou o corpo colocando os longos braços atrás de suas costas olhando para os guardas que estavam atrás dele, que saíram logo em seguida com um movimento de cabeça de Gregório.-- Estou apenas passeando. Andei em sua direção prestes a voltar para dentro de casa, mas sua mão segurou meu braço.Ele virou seu rosto lentamente em minha direção, mas encarava com um certo olhar raivoso para as grades que compriam o jardim. -- Então --disse ele puxando meu braço logo em seguida me levando para um outro caminho longe da casa, o carro já estava à distância esperando por nós dois -- está mentindo para mim outra vez, quando vai confiar em mim?Ele abriu a porta do carro apontando para o banco, então ao invés de eu entrar em silêncio, fiquei exatamente onde, estava parada encarando seu rosto dizendo a mim mesma que estava na hora de começar a ter coragem.-- Eu sei o
Meu guarda-costa e o velhinho tinham uma simpatia enorme pela governanta a qual eu não tinha. A sua volta foi calorosa por todos menos por mim, ela me abraçou, mas aquele olhar, aquele semblante era tudo uma farsa, nem eu e nem Gregório estávamos nós falando como antes, o silêncio entre nós estava cada dia mais insuportável.A notícia sobre o nosso romance se espalhou mais rápido do que eu podia imaginar e sair sozinho começava a ficar cada vez mais difícil, já que eu era reconhecida em todo lugar, então fotos e fotos eram tiradas de mim. Lá no fundo me perguntava se tudo que estava acontecendo não passava de coisa da minha própria cabeça, então toda vez que eu fechava os olhos para deitar na cama imaginava que acordaria em minha vida normal, mas lá estava eu naquela casa grande.A governanta também me ignorava, o motivo era óbvio, ela escondia mais coisas do que qualquer um naquela casa. O único jeito de tirar ela de minha vida era descobrindo o que ela tanto escondia o seu quarto fic
Continuávamos sem falar, ele permanecia em silêncio comigo, por fim mantinha o meu para com ele. Não importava, estava cansada daquilo tudo, então para mim aquele silêncio não significava nada, entrei no carro de braços cruzados com o rosto fechado e um olhar extremamente zangado, ele entrou sentando ao meu lado com o rosto fechado para mim. O primeiro a falar perdia era o que eu dizia constantemente para mim mesma enquanto entrava no carro sem saber para onde estávamos indo. O guarda-costas entrou logo em seguida, encarou nós dois e voltou seu rosto para o velho que estava da mesma forma, rosto neutro e olhar escuro, dessa vez não me importei com sua desconfiança em relação a mim.--Peça desculpa. Virei meu rosto impressionado com a sua coragem, estava com os olhos para a janela, nem tinha coragem de olhar para mim.-- Peça você -- retruquei no mesmo instante, ele se virou para mim alarmado com a minha ousadia, rir com seu olhar para mim -- não lhe devo nada.-- Teimosa -- sussurrou
Seu olhar não tinha a menor gentileza, o rosto estava escuro e não havia uma centelha de luz naquele olhar. Ele mal conseguia manter seu rosto vidrado no meu por muito tempo me encarou por alguns segundos, então voltava, encarava qualquer outra coisa antes de virar para mim de novo com o rosto coberto de ódio. Era o mesmo que eu havia encontrado no hospital, mas havia uma coisa diferente ali, não havia um sorriso bobo e olhar penetrante.Olhei para a porta que estava entreaberta enquanto ele virava seu rosto para a cadeira encarando o chão ou qualquer coisa. Uma arma estava em sua mão, ele levantava colocando ela em sua cabeça como se estivesse tentando relaxar, pensar ou apenas acalmar-se, pois parecia muito nervoso naquele momento olhei ainda para a janela. Dei apenas uma única olhada em sua direção, ele prosseguia da mesma forma encarando o chão a sua frente de olhos fechados, este era o momento de eu cometer uma estupidez.Corri, ignorei algo dentro de mim que era a minha razão o
Eu fiquei sozinha no quarto, ele havia saído minutos depois batendo a porta e murmurando algo, mas não era exatamente para mim as suas reclamações. Esperei pela sua volta e pelo pior que podia acontecer quando ele fosse voltar, mas ele demorou, não sabia exatamente o horário, ele havia tirado de mim o relógio em meu pulso e qualquer objeto que eu estava usando com um olhar cheio de ódio para cada um deles, provavelmente acreditava que eles foram dados por Gregório e que não eram meus de verdade. É mesmo que eu fosse explicar que eram meus e me pertenciam não achava que do modo que eles estava iria acreditar em uma única palavra que eu fosse dizer.Sabia que a situação piorava a cada minuto que me mantinha onde eu estava a batidas de meu coração eram frenéticas enquanto pensava no próximo passo que eu deveria dar naquele momento, achar uma saída me deixava nervosa com o medo de ser pega. Era evidente que ciúmes de uma mulher que ele dizia ser sua parecia o deixa abalado, então me ver s
O anel estava em minhas mãos, ela não havia tirado, disso eu tinha certeza, ele havia tirado dela. O hotel estava vazio, ele já tinha levado ela para longe, não tinha mais nada a ser feito, me perguntava se ela estava longe ou perto, segurei com firmeza a poltrona tentando controlar os nervos, virei meu rosto para a janela apertando com mais força o anel em meus dedos. O homem foi jogado ao meus pés, eu estava sentado na poltrona do hotel segurando ainda o anel em minha mão, o velhote estava atrás dele, mas a frente na porta estava meu fiel amigo vigiando para ter certeza que não havia mais ninguém. -- Onde ela está? -- não olhava para ele ajoelhado em minha frente toda a minha atenção estava em seu anel -- sou vou perguntar uma única vez -- um movimento de cabeça é o velhote socou o rosto dele antes que ele pudesse gritar de dor a mão do velho segurou sua boca o chacoalhando um pouco para o lado e para o outro o velho riu, mas logo parou pegando no cabelo dele e o fazendo olhar em
Meu coração permanecia batendo em desespero enquanto ele mantinha, agora, a sua mão agarrada em minha cintura apertando com uma certa leveza assombrosa. O carro parou, ele me puxou para fora, estava no meio do nada só podia ver árvores enormes, uma casa enorme amarronzada bem antiga. Virei meu rosto para ele, mas ele não estava prestando atenção em mim, ele saiu tirando a minha mão da cintura, me empurrando para a direção de um outro homem.-- Leve ela para dentro -- disse ele pegando uma arma de sua cintura virando para o carro -- ele não vai voltar.Eu quis gritar, gritar o nome de Gregório, mas eu mantive o silêncio com medo do que ele podia fazer a mim ou nele. Fui levado pelo homem grande para dentro da casa mal pude observar o lugar, pois logo estava dentro de um quarto de novo, presa.Corri para a janela quando ele fechou a porta, mas eu não via nada a não ser as árvores daquela floresta densa. Fechei minhas mãos em uma espécie de oração esperando que ele chegasse logo até