Capitulo 1 Leonor Juice narrando: Leonor Juice, sou apenas uma mulher sentada sobre o sofá de uma festa luxuosa, com uma taça de drink em mãos, com diversas pessoas em minha volta e meu semblante fechado. Me levanto e vou ate a mesa de drinks posicionada frente a imensa parede de vidro com uma vista perfeita de Boston. O jantar é da empresa de meu marido, Call Juice, um homem de negócios e dono de uma das maiores empresas de investimento, o nosso companheirismo nos negócios é algo muito invejado, seguro fortemente sua mão em cada decisão que ele toma. Mas acabo de descobrir que ele esta praticamente falido, que ate mesmo estamos prestes a perder a nossa casa, e esse não é o problema, mais sim o fato de que descobri em meio a essa festa pacata onde todos me olham com pena, sentindo o peso da imaturidade de meu marido que nem mesmo me contou o que estava havendo: - me desculpa Leonor. Me senti incapaz de falar qualquer coisa. – ele disse se aproximando com um tom desesperado.
Call Juice narrando: Respirando fundo entendia perfeitamente a forma irritada que Leonor se levantava da banheira. Não era sobre não sentir atração por ela, mais odiava o fato de sentir tanta atração que odiava ter fraquejado e falido. Me sentia orgulhoso por ter uma mulher forte ao meu lado, segurando minha mão ate mesmo nas decisões imaturas que tomava, mais odiava o fato de sentir que Leonor era mais capaz do que eu, ela conseguia resolver as situações e ter uma visão ampla dos negócios de uma forma que eu não conseguia, e não sendo machista, mais me sentia fraco perto dela. Como se não quisesse aceitar o fato de que ela tinha toda a capacidade que me faltava para resolver os problemas que me metia. Leonor se deitou nua sobre a cama e de costas pra mim ela adormeceu rapidamente. Não conseguia nem mesmo a tocar, e me torturava pensando em como conseguiria não perder o teto sobre nossas cabeças. As nove da manha, preparava o café na cozinha de uma forma calma para não acorda
Call Juice narrando: - o que? – disse espantado. - isso que ouviu, uma noite com Leonor e pago todas as dividas que te levaram a falência, levo mais lucros como seu sócio, e você a mantem embaixo do teto da sua casa . - Não vou aceitar isso... - você que sabe, essa é a minha proposta. – Hard disse se levantando da mesa enquanto virava seu último gole do copo. – fica a vontade, é por conta da casa. – ele disse dando um tapa em meus ombros e saindo. Completamente intrigado ficava pensando sobre as palavras que ele me disse, olhando cada canto daquele restaurante que havia detalhes em puro ouro, virei o copo de whisky rapidamente, me sentia frustrado com tudo, não conseguia nem mesmo continuar ali sabendo que dependeria do cara que pediu uma noite com minha mulher: - Call, você por aqui? – um velho amigo empresário disse me encontrando. - é... almoço de negócios. - fiquei sabendo sobre como esta crescendo também. Acabo de abrir outra empresa na Polônia talvez.... -
- Porque nunca aceita a distancia na hora de dormir? – Call me perguntou enquanto eu ia em direção a cama. - quando você dorme longe do seu marido, ou esposa, você abaixou a bandeira de tentar fazer dar certo. – disse de uma forma baixa e frustrada. - Leonor... – Call disse colocando sua mão sobre meu corpo. E pela primeira vez isso não me causava nada. - não... já chega. Call Juice narrando: Não conseguia olhar pra Leonor sem me questionar sobre a decisão inesperada que tomei, ela tinha completa razão, a razão que minha imaturidade e ambição me cegaram de ver antes, havia a colocado a beira de a perder. E teria que ver a mulher mais empoderada e que me torna um homem a cada dia nos braços de outro, que poderia ser melhor que eu, que poderia a aquecer novamente. Durante todo o dia me questionei sobre a decisão que havia tomado, e me torturei sentindo ainda mais o peso ao ver ela descendo com um vestido vermelho de cetim curto com uma fenda enorme na coxa, o decote que v
Hard narrando:- então é isso? Me trouxe para o terraço, pra ter um jantar romântico? – ela me questionou. - não... te trouxe pra ser tratada como uma mulher, pra ser respeitada... quero sua companhia. - Quer dizer... que no acordo do qual te da total direito de fazer o que quiser comigo, você vai querer conversar? – ela me questionou. Mais não como se quisesse saber, ou estivesse aliviada, mais sim porque me deseja com os olhos também. Me levantando da cadeira eu caminhei ate ela, cheguei a sua frente fazendo com que ela não tirasse os olhos de mim, fui até atras da cadeira, e me agachei afastando o cabelo do seu ouvido, o colocando no outro ombro carinhosamente, e me abaixei ate seu ouvido: - Sabe o que eu acho? Que não é o seu relacionamento que é invejado, mais sim você que o torna dessa forma. – podia ver suas pernas arrepiar – e mesmo assim você tem ao seu lado o cara que fali um empresa, coloca a culpa em você e te vende. Mais não quero nada, só quero que me con
Leonor juice narrando: Acordando na cama, a percebi que ela estava vazia. Diferente do que imaginava, mesmo depois de ter passado uma noite inteira acordada, não me sentia com sono, e ainda era nove da manhã. Desci as escadas, Call não estava em casa, sua mala de papeis do serviço também não, ele havia ido trabalhar, mesmo embriagado, mesmo sem dormi, o sofá bagunçado me fazia ver que ele havia cochilado ao menos uma hora ali, sem se dar o Trabalho de se deitar ao meu lado na cama, não havia café, nem flor e muito menos um bilhete, era uma tradição nossa, como se fosse algo que só pertencesse a gente, mais sempre que cometíamos um erro, ou que brigávamos, preparar o café e por um bilhete escrito o que havia nos incomodado era o ponto inicial de encontrar a calma para uma conversa. E por incrível que pareça, isso realmente dava certo, porque sempre que havia um bilhete e um café lembrávamos da forma que nos respeitávamos e tínhamos carinho um pelo outro no nosso relacionamento e
Leonor narrando: - Quero meu emprego de volta. – disse parando frente a mesa da minha antiga chefe. - Como assim “quer seu emprego de volta”? Havia me demitido iludida pelo falso apoio de Call pela minha escrita. Ele me convenceu de largar tudo, inclusive uma proposta para Nova York, dizendo que podia ser mais bem focada em mim mesma, e na época acreditei ser uma boa ideia, mas ele me queria em tempo integral dentro de casa pra atender seus telefonemas. Estar com Hard me fez perceber, que realmente podia ser melhor, mas focada no que gosto. E é estar vendo pessoas, movimentos, e escrevendo qualquer história, menos esperando inspiração em amor frio: - Sabe que jamais te direi não, você é a melhor escritora dessa revista. Quer começar quando?- Agora. Sorrindo me hospedei novamente na minha mesa, respirar novamente o cheiro enjoativo do aromatizador era calmante, com os dedos no meu antigo notebook, percebia que queria ser a Leonor sentada
Leonor narrando: Chegando em casa ainda com minhas pernas trêmulas pelo que havia acabado de descobrir, me escorei atrás da porta da sala a fechando, abaixei meu rosto olhando pro chão, apertando meus lábios um contra os outros e fiquei em silêncio por alguns minutos, caminhei colocando minha bolsa sobre o sofá observei que Call estava sentado no topo da escada: - Oi... está tudo bem? Pensei que estava na empresa. - Onde você estava? - ele me questionou.- Bom não queria contar sobre isso assim mais... Decidi voltar ao trabalho na revista. – disse a Call sem mais delongas, sabia que precisava ir direto ao ponto, assim seria mais fácil do que dizer meus motivos questionáveis antes. - Como assim de volta à revista? - ele me disse em um tom de voz surpreso e ao mesmo tempo entristecido, era nítido ver seus olhos desesperados. - A escrita não estava dando certo, senti que precisava sair dessa bolha de ficar só presa dentro de casa esperando q