capítulo 5

Hard narrando:

- então é isso? Me trouxe para o terraço, pra ter um jantar romântico? – ela me questionou.

- não... te trouxe pra ser tratada como uma mulher, pra ser respeitada... quero sua companhia.

- Quer dizer... que no acordo do qual te da total direito de fazer o que quiser comigo, você vai querer conversar? – ela me questionou. Mais não como se quisesse saber, ou estivesse aliviada, mais sim porque me deseja com os olhos também.

Me levantando da cadeira eu caminhei ate ela, cheguei a sua frente fazendo com que ela não tirasse os olhos de mim, fui até atras da cadeira, e me agachei afastando o cabelo do seu ouvido, o colocando no outro ombro carinhosamente, e me abaixei ate seu ouvido:

- Sabe o que eu acho? Que não é o seu relacionamento que é invejado, mais sim você que o torna dessa forma. – podia ver suas pernas arrepiar – e mesmo assim você tem ao seu lado o cara que fali um empresa, coloca a culpa em você e te vende. Mais não quero nada, só quero que me conceda essa dança.

Lhe disse esticando minhas mãos a ela, com um sorriso de canto ela se aproximou com seu corpo permitindo que eu lhe puxasse mais para perto do meu. Não queria palavras naquele momento, existem certos pontos do amor que você não precisa dizer nada, apenas deixar que a pessoa sinta. Não sou o tipo conquistador, mas conheço todos os pontos que enlouquecem uma mulher, mais sei, que existem coisas que excitam mais que a safadeza. Queria Leonor pra uma vida toda, e respeitava ela ser casada, então me colocava no meu lugar aceitando que só poderia a ter por esse momento. Só poderia a ter com seu corpo colado ao meu abaixando seu vestido enquanto em uma dança calma nos encostávamos, e seu vestido de cetim com o tecido tão leve que subia em minhas mãos que estavam em sua cintura, sentia sua respiração ofegante próxima ao meu pescoço, me arrepiando, enquanto a vista de Boston me acalmava.

Leonor Juice narrando:

- então me diz, quem você quer ser quando crescer? – Hard me perguntou.

Era estranho, mais cheguei aqui imaginando que tudo que teria fazer era me deitar com ele, mais ele me provou que estava errada, que uma conversa olhando em seus olhos intimidadores conseguem e completar de uma forma que não conseguia a meses, o toque firme de suas mãos me arrepiavam, ele me colocava em um ponto de entender que estava frustrada, e não sei porque mais acreditava que nos braços dele encontrava minha cura. Um olhar, foi o necessário para que eu me questionasse sobre tudo o que tinha certeza sobre o amor. Ele me olhava, enchia a minha taça e me perguntava sobre coisas pessoais das quais Call nunca teve paciência para questionar, mais ele não, ele se envolvia no assunto, e aos poucos não era mais só uma conversa, mais como se nos conhecemos a anos. O peso não seria quando eu me deitasse ao lado de Call frustrada por que ele não me tocou mais uma vez, mais sim ao me lembrar que Hard fez com que eu me sentisse completa apenas por me ouvir, apenas por me deixar falar e dançar uma música brega no terraço de um restaurante. O desejo que sentia era mais intenso do que se ele tivesse me tocado. A madrugada começava a chegar e nem mesmo nos dávamos conta. Sabíamos tudo sobre a vida um do outro, e a inspiração que procurei no fundo de todos os copos de vinhos que tomei, apareceu olhando nos olhos de Hard e revelando as borboletas no estomago. Foi ali que tive a ideia de um romance, por mais louco que seja, é por que foi naquele momento que consegui me sentir amada, ou sentir uma mínima esfera do amor:

- Acabei de realizar a transferência... os negócios do seu marido estão salvos. Mais por que não consigo sentir que foi nenhum tipo de obrigação que te trouxe ate aqui?

- não sei, talvez você descubra nos seus sonhos, quando for consumido pelo fato de saber todas as minhas historias malucas de desastre. – lhe disse de uma forma irônica. Enquanto ele se levantava da mesa para me levar embora.

- não brinca com meus desejos baby, posso falir seu marido só para ter mais uma noite descobrindo suas historias bizarras.

- o sol esta nascendo. – disse de uma forma meiga. Sempre amei ver o sol nascer.

- e podemos o ver brilhar o quanto quiser. – Hard apareceu ao meu lado sorrindo e segurou minha mão em silencio para que juntos pudéssemos sentir aos poucos o sol esquentar a nossa pele.

Durante o caminho de volta pra casa, sentada no couro frio dos bancos do carro luxuoso que me encontrava, me pegava pensando sobre todas as formas que me senti durante essa noite, sobre os sentimentos que não me habitavam a semanas. Sabia sobre os riscos que estava correndo, mais talvez por conta da raiva que me habitou foi como se não me preocupasse em contê-los, a arrogância de Call havia servido de algo, para que eu pudesse encontrar em meu interior a mulher que estava escondida após estar sempre priorizando o homem que me vendeu na primeira oportunidade:

- graças a Deus. – Call disse se levantando do sofá e vindo em minha direção. Seus olhos vermelhos entregavam que ele não havia dormido a noite toda, e o vinho lhe feito uma ótima companhia. – me diz que não aconteceu nada... – o desespero em sua voz entrava pelos meus ouvidos em um breve som de poesia. Gostava de o ver assim.

- me vendeu, e agora esta preocupado se ele faz melhor que você ou não Call? Em quantas possibilidades você pensou antes de tomar essa decisão ridícula? Nenhuma não é mesmo. – olhava fixamente nos olhos de Call o intimidando, vendo as lagrimas escorrer pelo seu rosto. – não importa se aconteceu algo ou não, o único fato que é importa é como vou olhar pra você sabendo que serei vendida a qualquer um só pra que se livre de algumas dívidas.

- Amber... não fala assim....

Subindo as escadas o ignorei completamente, não estava tão furiosa, e isso me fazia questionar se o fato de estar lidando tão bem tinha haver com o fato de ter sido o mafioso de olhos questionáveis. Não era preciso mais de uma noite para que pudesse perceber que Hard é o tipo de dominador que sabe realizar qualquer mulher, e pra isso ele nem precisa estar em uma cama.

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