HANNER NARRANDOEntramos em casa, eu estava um pouco nervoso ainda com tudo que aconteceu. Toda essa confusão com o casamento de Alana está me irritando.— Vem, vamos conversar, por favor. — Alana esticou a mão para mim, e eu a segurei.Fomos andando juntos até o quarto juntos, ela abriu a porta e passamos para dentro, e ela fez questão de trancar a porta. Eu sentei na beirada da cama e cruzei os braços.— Fala.— Hanner... Não me olha assim. — Pediu. Fechei meus olhos por alguns instantes e depois voltei a olhá-la. — Eu sou sua. Você sabe disso. E quando digo sua, é sua mesmo, porque eu nunca fui de nenhum outro homem.— Eu sei. — Respondi, de forma seca.— Olha, eu sei que você tá nervoso com tudo que está acontecendo em relação ao Ryan... Mas ele é um bom amigo, precisamos ajuda-lo. Eu concordei com isso. Acha que vou me separar dele depois de dois dias de casamento? Seria uma vergonha e você sabe disso. — Ela afirmou e eu concordei com a cabeça.— Eu não gosto de todas essas menti
HANNER NARRANDO Fui andando para o lado de fora do hospital e Alana veio atrás. Eu acendi um cigarro e comecei a fumar calmamente, tentando controlar minha própria mente. Alana me olhava, a alguns passos de distância. — Queria um abraço. — Ela disse. Abri um dos meus braços e ofereci meu abraço para ela. — Vem. — Falei e ela veio. Alana se aninhou em meus braços e encostou o rosto em meu peitoral, e eu a abraçava. Beijei sua testa de forma demorada enquanto deixava o cigarro distante dela. — Desculpa. — Disse. — Por que está me pedindo desculpa, menina? — Ela suspirou e me soltou do abraço. — Eu não ia gostar de ouvir que... Você é marido de outra mulher, mesmo que isso não fosse verdade. — Afirmou. — Mas ainda assim, quero ajudar o Ryan. — Você está desculpada. E vamos ajudar o Ryan, como pediu. Sabe, Alana... Você é uma pessoa muito boa. Eu me preocupo com você, por você ser assim. — Ela deu os ombros. — Não se preocupe, vou sobreviver. — Riu. — No nosso mundo, os mais fra
HANNER NARRANDO— Vai ficar tudo bem. — Alana se despediu de Ryan com um beijo na testa dele.Eu não fiquei com ciúmes, não tinha motivo.— Obrigado pela companhia. Nos vemos amanhã. — Ele disse e acenou.Fomos para o carro juntos, me sentei no banco do motorista e ela no banco do passageiro. Ela suspirou antes de olhar para mim com um sorriso.—Tudo bem? — Perguntou.— Sim... Sim. — Apoiei uma das mãos na coxa dela e liguei o carro. — Vamos embora.— Você parece incomodado. — Ela disse, quando comecei a dirigir. Eu fiz algo errado? — Neguei com a cabeça.— Não, ratinha. Eu só... Eu tô pensando sobre o que você disse lá dentro.— O que eu disse lá dentro que te deixou pensativo? — Falou. Eu continuei dirigindo, tranquilamente.— Sobre eu ter te ensinado sobre o amor. Acho que você está errada, Alana. — Afirmei. Ela apenas me ouvia com atenção. — Eu não sei nada sobre o amor. Como poderia ensinar alguém sobre isso? Acho que você está me enxergando errado.— Hanner, você tomaria um tiro
Alana caiu na risada e se levantou da cama. Eu a acompanhei até a cozinha, e nos sentamos em frente ao balcão. A funcionária já servia as refeições no prato para nós, e eu agradeci. Ela se retirou e começamos a comer.— Isso está delicioso. — Alana comentou.— Está mesmo. — Falei. — Queria ser rico o suficiente para ter um monte de funcionários a minha disposição assim.— Ryan tem um monte de coisa, mas não tem felicidade. Reparou? Isso é muito triste, Hanner. Eu fico pensando... O dinheiro realmente não traz felicidade, não?— Dinheiro facilita as coisas, mas de fato, não traz felicidade. Digo isso por mim, mesmo. Eu tenho um bom dinheiro na minha conta bancária e nunca pude realizar certos sonhos... — Ela ergueu as sobrancelhas.— Certos sonhos? — Disse, sorrindo.— É. Eu achei que não tinha sonhos, na verdade. Mas reparei que tenho vontade de conhecer alguns lugares ao redor do mundo.— Sério? Você tem vontade de conhecer o quê? Me conta. — Pediu, com muita animação.— Acho que eu
ALANA NARRANDOEstou no quarto, terminando de pentear meus cabelos, enquanto aguardava Hanner voltar para o quarto, já que ele disse que gostaria de ter um momento comigo. Sabe, no fundo ele tem razão sobre o lance de ser um saco eu estar casada com o Ryan. Porque assim, eu estou estudando a bíblia, tenho tentado buscar a Deus... E ao mesmo tempo, eu vivo na cama com um homem que eu não posso chamar de marido, porque eu sou casada de mentira com um amigo que é gay. Eu não quero deixar de ajudar o Ryan, mas eu não quero deixar o Hanner também, porque está mais do que claro para mim mesma que eu... Eu o amo. Eu respirei fundo e me olhei no espelho. É como se minha mente estivesse me acusando de ser uma grande idiota irresponsável, mas não é como se eu tivesse escolha. É muito difícil.— Alana? — Hanner entrou no quarto, e eu sorri. Coloquei a escova de cabelo na gaveta, e me virei de frente para ele. — Esse teu cabelo... — Sorriu de leve ao falar, enquanto se aproximava.— Você gosta? —
HANNER NARRANDOAlana está dormindo nos meus braços, de forma confortável. A noite foi maravilhosa... E eu tive coragem de dizer que a amo, finalmente. Sei que ela conquistou meu coração há muito tempo, mas para uma pessoa como eu, é difícil admitir. Muito difícil.Dei um beijo na testa dela e a ajeitei na cama, com cuidado, para que eu pudesse levantar. Ela não acordou. De manhã, Alana dorme bem pesado, e eu posso me arrumar tranquilo. Depois que terminei de me arrumar, dei uma olhada nela pela última vez, aproveitando para admirar minha garota enrolada nos lençóis.Fui até a cozinha para tomar meu café da manhã, mas antes que eu pudesse começar a fazer meu café, meu celular tocou. Era Alexander.— Bom dia, Hanner. — Disse.— Bom dia. Como posso te ajudar? — Questionei.— Como o Ryan está? — Ele perguntou, prontamente.— Bom... Quer mesmo saber?— Sim.— Ele está péssimo. Atentou contra a própria vida e está internado no hospital. — Falei de uma vez. Não sou um homem de meias palavra
Meu telefone tocou, e era Alana.— Bom dia, ratinha. — Atendi, prontamente. Saí do hospital para poder conversar com ela com a voz mais alta.— Bom dia, Hanner... — Falou, com a voz sonolenta. — Não gostei de acordar e não te ver aqui do meu lado. Senti sua falta.O que ouvi me fez sorrir levemente.— Logo mais estou de volta. Estou no hospital. — Avisei.— Por quê? Está tudo bem? O Ryan está bem? — Questionou. Sua voz demonstrava preocupação.— Está, está tudo bem, fica tranquila. Alexander pediu que eu o trouxesse, então viemos juntos. — Ela respirou de forma profunda do outro lado da linha.— Ufa. Que susto que me deu. Mas que bom que o Alexander foi ver o Ryan, porque ele tem uma grande culpa nisso tudo. — Alana falou.— Bom, eu não sei, não entendo muito disso. — Respondi. — Mas então, você dormiu bem? — Questionei.— Claro que sim... Até sonhei com o que a gente fez ontem. Sonhei que estava rebolando em cima de você, nossa... Acordei molhada. — Sorri de forma maliciosa ao ouvir
HANNER NARRANDOPatrick estava estampado na foto que estava nas mãos de um homem alto, com pinta de policial. Mas não de um policial comum: Pelas roupas, ele fazia parte da elite. Talvez o MI5, a agência de investigação da Inglaterra... Ou alguma outra agência da Alemanha.— Posso ajuda-los? — Falei, olhando para eles. — Por favor, vamos entrar. Vou pedir para a funcionária trazer um café, eu... Eu não estou me sentindo muito bem. — Eu falei e os homens concordaram. Assim que vi uma funcionária, pedi que servisse cafés aos três homens. — Então, vocês são de onde?— Somos da Agência de investigações especiais da Alemanha. Estamos aqui por causa do Patrick, fomos acionados por causa do sumiço dele... — Eu concordei com eles.— Olha, o Patrick era namorado do meu chefe, Ryan, dono de tudo aqui. Só que estamos com um grande problema. O Ryan tentou suicídio... Acabei de voltar do hospital, ele faleceu. — Eles ergueram as sobrancelhas. Alana começou a chorar.— Ainda não consigo acreditar.