Só me acordei porque o meu telefone toca incansavelmente, abro os olhos devagar e vejo que é Gian, desligo e me deito novamente, mas pulo da cama no chão quando lembro que tenho uma conversa com o meu pai e Gian daqui a pouco.
Me arrumei rapidamente e fui até a mansão dos meus pais que não fica muito longe da minha, mas se Gian não me liga com certeza chegaria atrasado e meu papai detesta atrasos. Ao chegar na grande mansão sou recebido pela minha querida mãe, como sempre sorridente. — Bom dia mamãe, como vai? — Pergunto. — Melhor agora meu filho, não sei qual o assunto da reunião, mas estou feliz de você estar aqui! — Mamãe me beija e me abraça. Na sala de estar já está presente meu pai e Gian sentados. — Pensei que iria se atrasar, Romero seja bem-vindo! — Meu pai fala me analisando. — Bom dia para você, papai! — Falo irônico. — Lúcia cadê Natasha? Quero todos reunidos tomando café. — Meu pai fala sério. Quando mamãe ia subir para chamar Natasha, ela desce e ao nos ver para na escada e começa às provocações. — Amanheceu escuro por aqui! Todos de preto, quem será a próxima vítima? — Natasha pergunta. Respiro fundo, pois a minha vontade é colar esparadrapo na boca dela, reviro os olhos e papai em silêncio respira fundo. — Natasha respeite o seu irmão e também Gian que é da família. — Mamãe fala paciente estou por conhecer mulher igual mamãe. — Só se for da sua família, mamãe, porque da minha esses daí nunca serão. — Natasha fala. Sinto ódio nas palavras da Natasha, ela nunca foi uma garota fácil, e a cada dia ta pior, vi que existe ódio da parte dela para com o Gian. — Esqueça o que Natasha fala Gian — Mamãe fala tentando salvar a pele dela. Muito calmo e paciente, Gian e eu sentamos perto um do outro, tomamos café, papai fala muito do seu casamento com mamãe e não estou gostando muito do rumo que está tomando essa história. Meu pai olha para Gian perguntando como vai a contabilidade de tudo e após muita enrolação papai nos convida a ir ao escritório conversar sobre o que real assunto que fomos chamados. — Vou direto ao assunto, tenho a dívida a ser cobrada a Gérard Matioli. — Conheço muita gente, senhor Fausto, mas o nome citado não sei quem é! — Gian fala. — Também não o conheço! — Falo. — Emprestei bastante dinheiro para Gérard alavancar as suas empresas, assinou um contrato e não está cumprindo com a palavra, não sou homem de ser enganado, tragam o que puder e tiver valor! Andei sondando e tudo dele está hipotecado, o homem é viciado em Cassino e perdeu tudo. — Papai, essa missão não era para os nossos homens! O porquê de nós dois? — Romero não tenho que ficar me explicando, só faça o que lhe mandei, além disso, vocês estão de folga hoje, gosto do Gian porque ele nunca me contesta nada, já Romero sempre tem uma reclamação. Gian e eu já entendemos o recado, saímos um andando de um lado para o outro, fui na garagem buscar o Jeep preto das missões e ao passarmos pela sala e Natasha sentada no sofá nos provoca. — Os homens de preto já vão trabalhar? — Natasha fala e se levanta. — Vai procurar o que fazer, garota, eu juro para você que se morasse aqui já teria feito papai te internar, você é sem limites. — Ninguém manda em mim, é só eu me formar, fugirei do meio dessa quadrilha e de bandidos como vocês. — Ver lá como você fala comigo! — Trinco os dentes, levanto a mão para lhe acertar um tapa na cara e Natasha se encolheu, quando sinto a mão do Gian me impedindo. — Melhor não, Romero não faça algo que irá se arrepender depois, vamos embora. — Gian, essa garota é mimada, não respeita ninguém, estou cansado das suas provocações, ouve bem Natasha, a sua sorte hoje foi Gian está comigo para te salvar. Estou completamente estressado e com raiva do Gian, não intendi ele querer proteger Natasha, entramos juntos no carro e ele é quem dirige e em alguns minutos chegamos no endereço dado pelo meu pai, uma mansão quase abandonada, não tem seguranças e parece que não mora ninguém aqui, entramos armados, tocamos a campainha e um senhor abre a porta. — Quem são vocês? O senhor pergunta nervoso. — Sou Romero Montes, você já deve ter ouvido falar de mim ou da minha família! — Falo o encostando na parede. — Agora me fale o seu nome porque hoje não estou num bom dia. — Meu nome é Gérard, eu sei quem são vocês! — O velho de branco está amarelo e tremendo bastante. — Vai pagar como o que está nos devendo? Ou achou que somos obra de caridade, quero levar tudo o que tiver valor de mãos vazias, não posso voltar. — Não tenho carros e nem joias de valor nessa casa, eu só tenho a minha filha! — O velho fecha os olhos e começa a chorar. Ouço um grito vindo das escadas, quando olho vejo uma linda jovem com uma voz doce, chorando descendo rapidamente em desespero. — Quem são vocês, soltem o meu pai, seus bandidos. — A jovem rebelde fala alto, o seu rosto é perfeito, a franja desalinhada só a deixa mais bela ainda. — Toma conta dele, Gian. — Ordeno e ando em direção a ela, cheguei tão perto que pude sentir o cheiro do seu perfume — Olha aqui garota falida, estou aqui para cobrar o que é meu por direito, o seu pai nos deve, melhor baixar o tom de voz. — Falo alto, a intimidando. A garota chora e a deixo resmungando na escada e subo para começar a vasculhar tudo e realmente nada de valor aqui, nem mesmo um vaso, não tem joias, nada de valor, como o velho mesmo falou de bom aqui mesmo só tem a filha, que é de uma beleza que deixa qualquer homem enfeitiçado, resolvo ligar para papai. — Alô pai? Essa família está na ruína nem um valor aqui, o velho diz que a única coisa de valor que tem aqui é a sua filha. — Falo sem paciência. — Traga ela Romero, podemos vendê-la ou colocá-la para trabalhar para você! — Respiro fundo ao ouvir suas ideias. — Pai, levo ela e o velho? — Pergunto. — Traga-os e aqui decidimos o fim de cada um. Sigo as ordens do meu pai e ao voltar para a sala a garota bufa de raiva ao me ver — Gian os dois vão conosco! — Falo e a garota solta o pai. — Não vamos a lugar nenhum com vocês, se tentarem nos levar ligo para a polícia seu assassinato. — Já chega! — Grito. A seguro pelo braço, e a levei até o carro, a mesma esperneia nos meus braços. — Juro que se meu pai não quisesse você viva, te mataria agora. — E, porque não mata, tá esperando o quê? Você é um covarde. Perdi minha paciência e colei uma fita preta na sua boca, essa é pior que Natasha, mas a diaba é linda, brava. Gian chega trazendo o velho, os dois sentam no carro, amarrei os dois juntos, a garota só fala com os seus lindos olhos redondos, e pretos que derramam lágrimas, não confio nela, já vi que a irmã Natasha perde feio no quesito rebeldia. Gian dirige em alta velocidade sem falar nada comigo e assim seguimos até a mansão do meu pai e Gian resolveu abrir a boca. — Romero o que o seu pai está aprontando, ele nunca pediu para levar pessoas a mansão. — Não sei o velho é imprevisível. — Falo. Os portões da mansão se abrem, entramos rapidamente, papai e mamãe nos esperam, até Natasha está junto, o que Fausto Montes quer com essa reunião, Gian senta pai e filha nas cadeiras e o meu pai fala. — É Gérard pelo que vejo você tem uma bela filha que vale um belo dinheiro em um leilão de mulheres, sem muito rodeios, Gérard quitarei as suas dívidas, todas! Se você trabalhar para mim e convencer a sua filha ser esposa do meu filho Romero. Eu já pressentia que o meu pai estava aprontando algo, mas nunca imaginei que essa reunião toda era para me deixar noivo de uma desconhecida da língua afiada, o que vai acontecer é e eu matá-la. Isso se eu não enfartar logo, levanto a mão querendo falar e Gian não deixa, papai retira a fita da boca da garota, a mesma me olha com ódio, e começa a falar. — Jamais me casarei com um assassino, estão ouvindo, prefiro a morte do que ter que casar com um homem com mãos sujas de sangue. — A garota fala me encarando. Respirei fundo para não voar no pescoço dessa linguaruda, quem ela pensa que é para me desprezar assim, preferindo a morte do que viver do meu lado, estou louco para falar, mas não posso, ela me paga, mulher nenhuma me despreza. — Não tem o que escolher, garota, ou você se casa com o Romero, meu filho, ou irá trabalhar numa casa de prostituição e já seu pai vai morrer. — Papai fala alto e grosso. Pai e filha se olham e o velho resolve falar. — Nataly, filha, só tem você para nos salvar! — Gérard fala e chora. — Eu não vou casar com esse bandido, eu não tenho culpa dos seus deslizes. Que garota infeliz é essa que nem mesmo ameaçando o velho seu pai ela se rende, e para lhe atormentar meu pai pede um dos nossos homens com um fuzil apontado para a cabeça do Gérard, a tal da Nataly respira fundo e o meu pai começa a contar até cinco, o velho fecha os olhos e ela grita. — Eu caso com o seu filho! Eu me caso — Nataly chora demais após a sua decisão, mamãe e Natasha ficam de boca aberta.Após a minha madrasta ir embora fui até a cozinha e a nossa governanta de tantos anos está lá, arrumando algumas coisas, quando a vi corri para abraçá-la e mesmo chorando ela enxuga as minhas lágrimas.— Tenho que ir embora Nataly, como você já deve saber o seu pai nos despediu.— Queria que tudo fosse um pesadelo, Dada — Falo.— Mas não é minha menina, já tenho que ir, quero que você se cuide, está bem! A abracei novamente e Dada foi embora e eu fiquei sozinha nessa imensidão de casa, ligo para papai e ele não me atende. Estou sem ânimo de procurar os meus amigos para conversar, subi para o meu quarto e Lisa me manda mensagens perguntando como estou, falei tudo o que estou passando e a mesma fica de queixo caído ao descobrir a minha situação, conversamos bastante via chamada de vídeo, chorei e sorrir, é para isso que servem os amigos para nos alegrar.Ao menos se a minha mãe tivesse aqui, como é ruim perder a mãe, pelo menos foi o que papai passou a vida toda falando que a minha mã
Lidar com mulheres nunca foi o meu forte, e mulheres linguarudas e atrevidas nem se fala e hoje confirmei isso ao trazer comigo a tal Nataly a mando do meu pai, detesto que me desrespeitem só não a matei porque meu pai a quer viva.Ao chegar na mansão com o pai e a filha, vejo minha mãe, pai e Natasha todos reunidos nos esperando, olhei para Gian e ali cogitei inúmeros finais para essa família, menos que papai me entregasse Nataly como uma mercadoria, exigindo que ela se case comigo, um nó na minha garganta se forma por não poder desbravar a minha raiva e nem me opor a essa decisão e somente Gian pode falar.Os meus olhos faiscavam de ódio quando os meus olhos se cruzaram com os de Nataly, ela me odeia tanto a ponto de preferir a morte do que casar comigo e pela primeira senti o que é ser menosprezado por uma mulher, juro que se tivesse só nós dois ela ia engolir cada palavra que ela me fez ouvir hoje a castigaram tanto que Nataly iria me implorar por mim. Mas o meu pai está determinad
Como pode duas pessoas se odiarem tanto sem nunca terem feito mal uma para outra como eu e Romero, nunca pensei na vida que existisse um homem tão ruim como ele, arrogante e prepotente, eu não irei aguentá-lo por muito tempo. Após as suas ameaças, a sua governanta Lena me acompanha até a minha antiga casa para ir buscar os meus pertences a mando do Romero.Ao entrar na minha antiga casa começo a chorar, meu pai me fez tanto mal que às vezes me pergunto se valeu a pena tanto sacrifício da minha parte.— Nataly, vamos buscar logo as suas coisas antes que Romero ligue. — Lena fala.— Quero que o Romero vá para o inferno, não tenho medo dele. — Falo com raiva.Subi as escadas correndo e ela me acompanha com o troglodita do motorista e em uma caixa ponho os meus livros da faculdade, guardo algumas roupas em uma mochila e os documentos necessários, e comigo trouxe a única lembrança da minha mãe que é uma foto preto, branco e Lena me olha.— Nataly só vai levar essas coisas? — Lena pergunta.
Me tranquei no escritório após discutir com Nataly e a cada palavra trocada com ela só mostra que não nos suportamos, tenho que concordar com o que Gian falou, tenho que me controlar, mas Nataly tem a língua maior que o corpo! Só basta vê-la que perco a razão, não sei como vai ser os meus dias debaixo do mesmo teto que ela.Providenciei o mais rápido possível a compra de um celular novo para Nataly preciso estar atento a todas as ligações e mensagens que ela faz, com quem conversa e o meu celular toca e vejo que é o meu pai.— Alô pai.— Amanhã Romero traga Nataly aqui em casa para marcarmos a data do casamento.— Como quiser. — Desligo o celular.Fico com vontade de quebrar o celular, mas respiro e penso que em breve irei me livrar dela.A raiva que estou do meu pai é maior que tudo, não vejo a hora de pôr as mãos em toda a riqueza dele e da mamãe, as coisas serão diferentes! Tomo uma bebida quente sentado analisando as câmeras esperando a chegada de Nataly.Nataly enfim chegou e ao
Eu estava muito cansada, esgotada mentalmente, tomei um banho e me tranquei no quarto com medo do Romero, mas Lena vem até o quarto.— Senhora Nataly, por favor abra a porta sou eu!— Você está sozinha? — Pergunto preocupada.— Estou trouxe o seu jantar, se não comer ficará fraca e doente.Lena tem razão, eu preciso me alimentar se não ficarei doente e morrerei nas mãos desse monstro.— Vou abrir a porta. — Abri a porta devagar e a mesma está parada com uma bandeja de comida.— Senhora vou por sua comida aqui, trouxe água também para a senhora não precisar descer para a cozinha.— Obrigada Lena.A minha fome é tão grande que ao descobrir o meu prato senti o cheiro do macarrão ao molho branco que só em ver sei que está delicioso, devorei o macarrão em minutos, ainda bem que Lena adivinhou que eu estava faminta, até a sobremesa estava uma delícia.Após o jantar me deitei naquela cama macia e lembrei do que aconteceu naquele corredor entre mim e Romero, as suas grandes mãos apertando o me
Fui a empresa, mas sempre de olho em Nataly recomendei o motorista que fique de olhos bem abertos nela. Sento-me na minha cadeira e Gian chega em seguida.— Bom dia Romero? — Gian entra e senta-se à minha frente.— Para mim não está um bom dia, aliás desde o dia em que meu pai resolveu me juntar com Nataly não tive paz, toda hora é um problema que ela me causa, a Natasha minha irmã perde é feio para Nataly, ela é um inferno.— Você vai ter que aprender a lidar com ela, todo esse patrimônio está em jogo.— Jamais vou perder para meu pai, ele pensa que não sou capaz de aguentar a Nataly, pensando bem eu não entendi muito bem o que ele quer me juntando com aquela garota porque se for esperando que eu goste dela ele está enganado! Tenho vontade de matá-la todos os dias. — Falo e me levanto ficando de costas para Gian olhando a paisagem através da minha janela.— Com todo respeito a você, mas Nataly é uma linda mulher, conhecendo você vai ser impossível você não desejá-la.Fui ao inferno e
Romero olha-me da cabeça aos pés, foi impossível ele disfarçar o seu olhar de admiração do quanto estou linda, nem mesmo pisca os olhos, mas a sua frieza continuou durante a ida para a mansão. Ao chegarmos lembro de como vim aqui a primeira vez e Romero pedi que eu melhore a minha cara de enterro, disfarço o máximo que posso! Não sabia que um vestido vermelho atrai tantos olhares, toda a família do Romero está-me olhando, parece que sou uma rainha e quando vi o meu pai no meio deles o meu coração ficou mais calmo.— Romero, posso ir abraçar o meu pai. — Peço olhando para ele.— É desse jeito que eu quero você Nataly, obediente e falando manso como agora, vamos logo cumprimentar os meus pais e em seguida você conversa com ele.Resolvi engolir seco a sua provocação e fomos até onde está os seus pais e a garota de cabelo liso que não sei quem ela é.— Que belo casal formam vocês dois, seja bem-vinda a nossa família Nataly. — Senhor Fausto fala beijando a minha mão.— Saiba que não esto
Não tenho saco para reuniões em família e o pior fingir que amo Nataly e que somos um casal apaixonado! Papai quer a todo custo encaixar Nataly na minha vida, mas não dá não nos suportamos.Ainda bem que Gian veio para esse bendito jantar, assim posso desabafar com ele o quanto estou sufocado. Apresentei Nataly a toda a minha parentela como a mulher da minha vida e após isso a deixei conversando com o seu pai e o garçom serve-me uma bebida e fui fazer companhia a Gian que se mantém longe de todos.— Que belo casal formam você e Nataly parece algo real.— Gian estou sufocado aqui, não vejo a hora de ir para casa, detesto ambiente cheio. — Falo virando um copo de bebida na boca de uma vez.— Eu também não gosto, mas vim marcar presença, tudo está perfeito.— Perfeito para você que está de fora. — Falo nervoso.Ao olhar para trás vejo Natasha conversando com Nataly, duas mulheres da língua grande com certeza irão ser melhores amigas, combinam perfeitamente na rebeldia.— Tenho certeza Gi