6. NATALY

Como pode duas pessoas se odiarem tanto sem nunca terem feito mal uma para outra como eu e Romero, nunca pensei na vida que existisse um homem tão ruim como ele, arrogante e prepotente, eu não irei aguentá-lo por muito tempo. Após as suas ameaças, a sua governanta Lena me acompanha até a minha antiga casa para ir buscar os meus pertences a mando do Romero.

Ao entrar na minha antiga casa começo a chorar, meu pai me fez tanto mal que às vezes me pergunto se valeu a pena tanto sacrifício da minha parte.

— Nataly, vamos buscar logo as suas coisas antes que Romero ligue. — Lena fala.

— Quero que o Romero vá para o inferno, não tenho medo dele. — Falo com raiva.

Subi as escadas correndo e ela me acompanha com o troglodita do motorista e em uma caixa ponho os meus livros da faculdade, guardo algumas roupas em uma mochila e os documentos necessários, e comigo trouxe a única lembrança da minha mãe que é uma foto preto, branco e Lena me olha.

— Nataly só vai levar essas coisas? — Lena pergunta.

— Só essas mesmas, só vou levando roupas simples, caso aquele bandido queira me obrigar a sair com ele não terá roupas elegante para acompanhá-lo.

— Não fale assim do seu futuro marido, Romero pode tudo a hora que quer e como quer Nataly, acho melhor você conhecer melhor ele.

— Romero não será o meu marido, está ouvindo? Ao contrário do que falou, que todos morrem de medo dele, que tudo o que ele quer consegue. Romero não me terá.

Busquei os documentos do meu pai e entreguei a Lena para deixar onde ele está morando agora.

Tenho que fugir das garras desse bandido, mas sozinha não conseguirei, quero muito mostrar que não o temo, o meu sonho é me vingar e deixar Romero Montes desmoralizado perante a sociedade.

Durante o caminho de volta para a casa, minha cabeça só pensa em como vou me livrar desse casamento. Os seguranças me ajudam a subir com as minhas coisas e Romero está sentado e faço de conta que não o vi.

— Parada aí. — Romero fala vindo em minha direção com uma caixa na mão — Me entrega o antigo celular agora!

— Não irei te entregar nada. — Falo o ignorando totalmente.

— Vai entregar, sim, aqui está o seu novo celular e com o número novo, quero também os seus documentos, não confio em você.

Minha vontade era de respondê-lo, mas eu fiz pior, retirei os documentos da minha bolsa e o celular e joguei todos sobre ele o acertando.

— Aí o que está fazendo garota insolente.

— Você quer as minhas coisas, então está aí. — Falo e subo rapidamente as escadas sem olhar para trás.

— Volta aqui!? Nataly — Romero grita vindo atrás de mim.

Ele segura forte nos meus pulsos.

— Você tem que aprender a me respeitar ou se não as coisas ficaram pior do que já estão para você.

— Não tenho medo de você, já disse e vou repetir que prefiro morrer se for o caso do que me entregar a você.

— Ah! — Romero fala.

Me olhando nos olhos ele me imprensou contra a parede colando o seu corpo musculoso no meu, abrindo as minhas pernas e se encaixando entre elas fazendo assim eu sentir a sua ereção, fecho os olhos temendo o que ele pode vir fazer.

— Me solta, não vou me render a você.

— Até que gosto desse joguinho Nataly. — Romero fala cheirando e mordendo a minha orelha, a sua boca segue descendo pelo meu pescoço me beijando. — Quero só ver se você vai resistir a mim.

Fecho os olhos porque um calor se apossa do meu corpo, a pele arrepia, a minha intimidade começa a pulsar, nunca me entreguei a homem nenhum, mas conheço o meu corpo e sei que estou sentindo desejos pelo toque desse infeliz.

— Me larga seu covarde. — Falo devagar.

Romero me cala com um beijo de língua enquanto suas mãos soltam os meus pulsos e seguram a minha nuca intensificando fortemente o beijo e o pior de tudo é que não consigo recusá-lo, me entrego naquele louco e devasso beijo e devagar ele vai parando, tento empurrá-lo e o mesmo fala quase sem fôlego.

— Amanhã iremos juntos na casa dos meus pais, precisamos decidir a data do maldito casamento. — Romero ao falar isso, abri a minha mão pondo o celular nela e sai me deixando jogada naquela parede.

Respiro fundo e tento me recompor do que acabou de acontecer, o que fiz deixei esse homem com as mãos sujas de sangue tocar em mim e o pior de tudo eu estava gostando.

Fui para o meu quarto na expectativa que chegue amanhã para ir à faculdade, preciso muito conversar com Lisa e John pessoalmente esse telefone deve estar hackeado, desbloqueio e o único número que tem é o dele. A minha vontade é de jogá-lo fora, sei que se fizer isso só aumentará a sua ira sobre mim, tem que ter uma saída, não posso ficar sendo a submissa desse diabo em forma de gente.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo