Na semana que antecede o casamento, procurei trabalhar que nem um desesperado na ilusão de tentar esquecer o inferno no qual estou atolado até o pescoço, casar com uma garota é um deles. Resolvi seguir os conselhos de Gian, ter paciência ou afastar-me da Nataly, extremamente orgulhoso, resolvi me afastar, é melhor assim, sempre que nos encostamos soltamos faíscas. Quando não tenho vontade de matá-la, tenho vontade de beijá-la, tocá-la, sou homem, é impossível não se sentir atraído pelo seu corpo definido, os seus cabelos longos e negros que me encantam, a única saída foi me dedicar totalmente aos meus negócios. Um dia antes do casamento pela noite, cheguei cedo em casa e vi Nataly em pé na sala com o seu olhar perdido e quando nos olhamos intensamente, mas falei com ela somente o necessário e sobre o casamento, tranquei-me no meu escritório, seguro novamente o envelope nas mãos abro e termino de ler o resto da investigação que fiz sobre Nataly, aqui está escrito que ela não teve na
A medida que a caravana anda, olho através da janela imaginando o quanto Romero está louco uma hora dessa. Não estou feliz em ter feito isso, não tive saída, não nasci para ser submissa de ninguém, recebendo ordens de como agir ou se portar, foi o melhor para mim, mesmos com os pensamentos longe sinto alguém sentar perto de mim e vejo ser uma mulher mais velha. — Saudade de casa, jovem? — Ela pergunta. — Nenhum pouco! — Respondo olhando para a paisagem. — Está fugindo de alguém? — A curiosa senhora pergunta. — Estou fugindo de alguém muito perigoso, ele não é como nós, o dinheiro é tudo para ele, estou muito ansiosa para chegar na cidade vizinha, preciso cortar o cabelo, ficar diferente. — Te entendo garota, você não é a primeira, querida, espero que você não tenha se tornado a obsessão dele, mas se quiser, posso cortá-lo mais curto, fazer uma franja, sempre usou o cabelo assim? — Ela pergunta analisando o meu cabelo. Lembro-me do cabelo da Natasha, ele é curtinho e com fra
Gian me trouxe para a mansão e a primeira coisa que fiz foi me trancar no meu escritório e assistir às imagens das câmeras, estou com sangue nos olhos, quero os culpados de quem ajudou aquela farsante a fugir, quero todos os envolvidos. Abro uma garrafa de whisky e o bebo, puro mesmo, o primeiro gole, mas a medida em que vejo as imagens de Nataly fugindo de ponta de pé como uma bandida, viro a bebida mais uma vez na boca, a minha raiva é maior que nessa hora eu estava acordado. Jogo a garrafa de bebida na parede, que estilhaça vidro para todos os lados. Como pude me deixar ser enganado por uma mulher? Hoje estou com o meu nome na lama por causa dela, quebro e derrubo tudo que está ao meu alcance e Gian arromba a porta do meu escritório. — Romero, para com isso! — Gian tenta me impedir. — Não vou parar, ela tem que me pagar! Vou atrás daquela infeliz. O deixei falando sozinho e sai para a sala, os meus seguranças acompanhado do meu pai, vem até a mim e me imobilizam. — Me solt
Seis meses se passaram desde que estou na Itália, fiquei o tempo necessário morando com a senhora Guadalupe, como foi difícil esse processo de se desprender do meu sonho de trabalhar como médica, mas em meio a esses meses, estou trabalhando como diretora de uns dos maiores hospitais da Itália que graças a Guadalupe, estou trabalhando aqui. Dou o melhor de mim, o importante é não ser achada pelo monstro do Romero, até a última vez que conversei com Lisa e Jhon, eles me disseram que Romero sumiu da cidade após o ter deixado no altar. Mas o que estou estranhando é o sumiço dos dois, eles não me ligaram mais, nem mandaram mensagens, o coração está apertado, com o dinheiro e o poder que Romero tem, ele irá descobrir cedo ou tarde que os dois ajudaram-me. Tento-me acalmar, pois Jhon e Lisa pediram-me que nunca ligasse para eles, que eles ficariam de dar-me notícias, concentro-me na frente do computador e alguém fala do outro lado da porta. — Anne, posso entrar? — Guadalupe pergunta.
Viajei para um lugar no meio do nada, onde eu possa tentar esquecer e me esconder da grande humilhação pela qual passei, distante e só, fico esperando alguma notícia de Nataly Matiole, fecho os punhos e respiro fundo quando me lembro dela. Alguns meses sozinho foi o suficiente para receber a visita do Gian e do investigador Lyon, os dois são os únicos com permissão para vir a minha casa de campo, e aos vê-los crio esperança que seja notícia de Nataly que eles trazem para mim e ao vê-los digo. — Espero que a vinda dos dois, seja ao menos para me dar uma boa notícia. — Falo, os convidando para sentar. — Encontramos as únicas pessoas que ajudaram a sua mulher a fugir. — Pessoas?! Diga os nomes. — Lisa e Jhon, os amigos da faculdade. — Quem são eles? Me fale tudo! — Ordeno. — Jhon é um rapaz rico e com bastante conhecimento, ele é tão inteligente, classificado como um hacker, Lisa é classe média, bolsista! — Ninguém é páreo para mim, Lyon, não importa o que ele é, só quero
*** NATALY *** Olho atentamente o meu celular tentando criar coragem para discar o número da Natasha, o coração acelera, as mãos tremem. Preciso criar coragem, bebo água e em seguida disquei o número dela, após três chamadas ela atende. — Alô? Quem fala? — Natasha pergunta. — Alô! Sou eu! — Respondo baixo. — Estou conhecendo essa voz, ahhh! — Natasha grita. — Por favor, não grita, chama-me de Anne, esse é o meu nome. — Peço nervosa. — Pode falar, já entendi tudo. — Natasha, preciso muito da sua ajuda em relação alguns amigos meus, peço-te que me mantenha informada sobre os dois. — Anne, a única coisa que posso falar é que o meu irmãozinho abandonou tudo somente para se dedicar a tal vingança, até eu sou suspeita, nos falamos mais tarde e não se preocupe que farei o meu melhor. Natasha desligou o celular, alguém deve ter chegado, Romero está empenhado em encontrar-me, não sei se terei forças para continuar fugindo ou se aceito o meu fim após essa fuga. Romero sempre dei
Cheguei no hospital e a única coisa que quero é trabalhar muito, para ao menos tentar esquecer esse momento em que estou tão vulnerável, emotiva e triste, não tem um minuto sequer que não pense em Jhon, fico em oração para que esse delicado momento da minha vida e da dele passe. Sento-me a frente do computador e com inúmeros documentos na minha frente para analisar, alguns problemas a serem solucionados, hoje é o dia de solucionar todos os problemas desse lugar, um dia o meu sonho era trabalhar como médica e hoje tenho que me contentar em somente administrar um hospital, fiz uma escolha e hoje tenho que me acostumar com que o destino me deu. As horas da noite parecem passar mais rápido e a Carmen enfermeira chefe entra no meu escritório. — Está difícil se acostumar com você trabalhando nesse horário! — Carmen fala sentando-se à minha frente. — Até que estou gostando, como está o plantão para você? — Pergunto enquanto olho o computador. — Está agitado, acabamos de atender uma
A minha mão sangrava muito quando cheguei na emergência, um médico que atendeu rapidamente, ao ver a minha mão com inúmeros cacos, vejo o quão louco estou, o meu pai tem razão quando fala que não tenho controle sobre mim. Após toda a limpeza, recebi anestesia, pois os cortes foram muito profundos, levando vários pontos, o médico disse que tive sorte e por pouco quase perdi os movimentos da minha mão esquerda. Após a minha mão ser enfaixada, pedi para ir para o hotel, os médicos não liberaram a minha saída, o que me deixou muito estressado, fazendo-me alterar, não aceito ninguém desobedecer às minhas ordens e confesso que tem sido difícil aceitar isso. Lyon sempre perto de mim, tenta me acalmar, os médicos aplicaram-me um remédio calmante, o que fez eu dormir igual criança. Acordei, já era manhã, ainda tonto, esfrego os olhos e não tem ninguém no quarto, a minha outra mão dói. — Alguém para me ajudar, Lyon, Lyon, você está aí?! — Grito. — Bom dia, Romero, estou aqui. — Lyon fa