A noite só não foi pior porque ganhei Natasha como a minha amiga, é tão bom quando encontramos pessoas com as mesmas metas que as suas. É uma pena que os nossos sonhos não valem nada para as nossas famílias e muito menos para Romero que me desilude, me fazendo voltar a essa realidade nua e crua. Chegamos na mansão juntos, ele ficou no bar bebendo e eu subi até o meu quarto, preciso tomar um banho e tentar descansar, amanhã espero ter novidades sobre a minha fuga desse inferno. Tranquei-me no quarto e pude tomar um banho em paz, me deitei debaixo do edredom e dormi apesar do medo que essa casa me transmite, tenho dormido em paz. No dia seguinte, alguém b**e à porta me chamando, é Lena, me levantei, e abri a porta rápido. — Bom dia, Lena. Aconteceu algo? — Bom dia, senhora, o senhor Romero saiu mais cedo e pediu para avisar que o motorista já está lhe esperando para levar a senhora à faculdade e que pela tarde tem provador de vestidos de noiva. — Tudo bem, Lena, obrigada po
Bebi até altas horas para tentar esquecer esse maldito dia, dia em que anunciei o meu casamento com uma desconhecida, liguei o celular e me pergunto se mando investigar a vida de Nataly, o que verdadeiramente aconteceu com a sua mãe, olho a foto preto e branco através da tela do celular e envio para um velho investigador que é um grande amigo, preciso saber quem é Nataly e a sua família, preciso saber quem passou por sua vida, se já se relacionou com alguém, ela ainda é um mistério para mim. Pensei em tanta coisa, que achei melhor subir para o meu quarto, dormir pouco, mas tive que acordar cedo, pois hoje é trabalho duplo, deixei somente o recado para Lena avisar Nataly que ela terá que provar o seu vestido de noiva aqui mesmo em casa, recomendei o segurança de revistar a mochila da Nataly. Fui primeiro para a empresa, até onde trabalhei até o fim da tarde, como já fui avisado que Nataly está em casa, ligo para o melhor joalheiro da minha cidade para levar as melhores alianças para
Acordei cedo demais, muito ansiosa para chegar na faculdade para pedir a Jhon conseguir cópias dessa chave, antes que Romero ou Lena deem falta. Arrumei a minha mochila como de costume. Ao me ver, Lena me deseja um bom dia e me serve o café da manhã, como é bom tomar café sozinha sem aquele olhar pesado do Romero sobre mim. Comi que nem uma esfomeada e o motorista já estava à minha espera, e nem sinal de Romero acordar, mas também depois do porre de ontem, ele irá acordar tarde. Ao chegar na faculdade, Jhon já me espera com uns envelopes nas mãos sorrindo. — Sua nova identidade está aqui, passaporte e tudo, senhorita Anne Brites. — Meu Deus, como você conseguiu isso garoto? Você disse que ficava pronto só na quinta. — Dei uma adiantada, Nataly. Você está certa do quer mesmo, minha amiga? — Estou, agora me consiga a cópia da chave do pequeno portão, é por lá que fugirei. — Falo e lhe dou a pequena chave. — Esse pequeno portão dá acesso a uma rua, irei lhe esperar lá na m
Na semana que antecede o casamento, procurei trabalhar que nem um desesperado na ilusão de tentar esquecer o inferno no qual estou atolado até o pescoço, casar com uma garota é um deles. Resolvi seguir os conselhos de Gian, ter paciência ou afastar-me da Nataly, extremamente orgulhoso, resolvi me afastar, é melhor assim, sempre que nos encostamos soltamos faíscas. Quando não tenho vontade de matá-la, tenho vontade de beijá-la, tocá-la, sou homem, é impossível não se sentir atraído pelo seu corpo definido, os seus cabelos longos e negros que me encantam, a única saída foi me dedicar totalmente aos meus negócios. Um dia antes do casamento pela noite, cheguei cedo em casa e vi Nataly em pé na sala com o seu olhar perdido e quando nos olhamos intensamente, mas falei com ela somente o necessário e sobre o casamento, tranquei-me no meu escritório, seguro novamente o envelope nas mãos abro e termino de ler o resto da investigação que fiz sobre Nataly, aqui está escrito que ela não teve na
A medida que a caravana anda, olho através da janela imaginando o quanto Romero está louco uma hora dessa. Não estou feliz em ter feito isso, não tive saída, não nasci para ser submissa de ninguém, recebendo ordens de como agir ou se portar, foi o melhor para mim, mesmos com os pensamentos longe sinto alguém sentar perto de mim e vejo ser uma mulher mais velha. — Saudade de casa, jovem? — Ela pergunta. — Nenhum pouco! — Respondo olhando para a paisagem. — Está fugindo de alguém? — A curiosa senhora pergunta. — Estou fugindo de alguém muito perigoso, ele não é como nós, o dinheiro é tudo para ele, estou muito ansiosa para chegar na cidade vizinha, preciso cortar o cabelo, ficar diferente. — Te entendo garota, você não é a primeira, querida, espero que você não tenha se tornado a obsessão dele, mas se quiser, posso cortá-lo mais curto, fazer uma franja, sempre usou o cabelo assim? — Ela pergunta analisando o meu cabelo. Lembro-me do cabelo da Natasha, ele é curtinho e com fra
Gian me trouxe para a mansão e a primeira coisa que fiz foi me trancar no meu escritório e assistir às imagens das câmeras, estou com sangue nos olhos, quero os culpados de quem ajudou aquela farsante a fugir, quero todos os envolvidos. Abro uma garrafa de whisky e o bebo, puro mesmo, o primeiro gole, mas a medida em que vejo as imagens de Nataly fugindo de ponta de pé como uma bandida, viro a bebida mais uma vez na boca, a minha raiva é maior que nessa hora eu estava acordado. Jogo a garrafa de bebida na parede, que estilhaça vidro para todos os lados. Como pude me deixar ser enganado por uma mulher? Hoje estou com o meu nome na lama por causa dela, quebro e derrubo tudo que está ao meu alcance e Gian arromba a porta do meu escritório. — Romero, para com isso! — Gian tenta me impedir. — Não vou parar, ela tem que me pagar! Vou atrás daquela infeliz. O deixei falando sozinho e sai para a sala, os meus seguranças acompanhado do meu pai, vem até a mim e me imobilizam. — Me solt
Seis meses se passaram desde que estou na Itália, fiquei o tempo necessário morando com a senhora Guadalupe, como foi difícil esse processo de se desprender do meu sonho de trabalhar como médica, mas em meio a esses meses, estou trabalhando como diretora de uns dos maiores hospitais da Itália que graças a Guadalupe, estou trabalhando aqui. Dou o melhor de mim, o importante é não ser achada pelo monstro do Romero, até a última vez que conversei com Lisa e Jhon, eles me disseram que Romero sumiu da cidade após o ter deixado no altar. Mas o que estou estranhando é o sumiço dos dois, eles não me ligaram mais, nem mandaram mensagens, o coração está apertado, com o dinheiro e o poder que Romero tem, ele irá descobrir cedo ou tarde que os dois ajudaram-me. Tento-me acalmar, pois Jhon e Lisa pediram-me que nunca ligasse para eles, que eles ficariam de dar-me notícias, concentro-me na frente do computador e alguém fala do outro lado da porta. — Anne, posso entrar? — Guadalupe pergunta.
Viajei para um lugar no meio do nada, onde eu possa tentar esquecer e me esconder da grande humilhação pela qual passei, distante e só, fico esperando alguma notícia de Nataly Matiole, fecho os punhos e respiro fundo quando me lembro dela. Alguns meses sozinho foi o suficiente para receber a visita do Gian e do investigador Lyon, os dois são os únicos com permissão para vir a minha casa de campo, e aos vê-los crio esperança que seja notícia de Nataly que eles trazem para mim e ao vê-los digo. — Espero que a vinda dos dois, seja ao menos para me dar uma boa notícia. — Falo, os convidando para sentar. — Encontramos as únicas pessoas que ajudaram a sua mulher a fugir. — Pessoas?! Diga os nomes. — Lisa e Jhon, os amigos da faculdade. — Quem são eles? Me fale tudo! — Ordeno. — Jhon é um rapaz rico e com bastante conhecimento, ele é tão inteligente, classificado como um hacker, Lisa é classe média, bolsista! — Ninguém é páreo para mim, Lyon, não importa o que ele é, só quero