Fui à empresa, mas sempre de olho em Nataly, recomendei o motorista que fique de olhos bem abertos nela. Sento-me na minha cadeira e Gian chega em seguida. — Bom dia, Romero. — Gian entra e senta-se à minha frente. — Para mim não está um bom dia, aliás desde o dia em que meu pai resolveu me juntar com Nataly não tive paz, toda hora é um problema que ela me causa, a Natasha minha irmã perde é feio para Nataly, ela é um inferno. — Você vai ter que aprender a lidar com ela, todo esse patrimônio está em jogo. — Jamais vou perder para meu pai, ele pensa que não sou capaz de aguentar a Nataly, pensando bem eu não entendi muito bem o que ele quer me juntando com aquela garota, porque se for esperando que eu goste dela, ele está enganado! Tenho vontade de matá-la todos os dias. — Falo e me levanto, ficando de costas para Gian, olhando a paisagem através da minha janela. — Com todo respeito a você, mas Nataly é uma linda mulher, conhecendo você vai ser impossível não a desejar. Fui
Romero olha-me da cabeça aos pés, foi impossível ele disfarçar o seu olhar de admiração do quanto estou linda, nem mesmo pisca os olhos, mas a sua frieza continuou durante a ida para a mansão. Ao chegarmos, lembro de como vim aqui a primeira vez e Romero pede que eu melhore a minha cara de enterro, disfarço o máximo que posso! Não sabia que um vestido vermelho atrai tantos olhares, toda a família do Romero está me olhando, parece que sou uma rainha e quando vi o meu pai no meio deles, o meu coração ficou mais calmo. — Romero, posso ir abraçar o meu pai? — Peço olhando para ele. — É desse jeito que eu quero você Nataly, obediente e falando manso como agora, vamos logo cumprimentar os meus pais e em seguida você conversa com ele. Resolvi engolir seco a sua provocação, fomos até onde estão os seus pais e a garota de cabelo liso que não sei quem ela é. — Que belo casal formam vocês dois, seja bem-vinda a nossa família Nataly. — Senhor Fausto fala beijando a minha mão. — Saiba
Não tenho saco para reuniões em família e o pior fingir que amo Nataly e que somos um casal apaixonado! Papai quer a todo custo encaixar Nataly na minha vida, mas não dá, não nos suportamos. Ainda bem que Gian veio para esse bendito jantar, assim posso desabafar com ele o quanto estou sufocado. Apresentei Nataly a toda a minha parentela como a mulher da minha vida e após isso a deixei conversando com o seu pai. O garçom serve-me uma bebida e fui fazer companhia a Gian, que se mantém longe de todos. — Que belo casal formam você e Nataly, parece algo real. — Gian, estou sufocado aqui, não vejo a hora de ir para casa, detesto ambiente cheio. — Falo virando um copo de bebida na boca de uma vez. — Eu também não gosto, mas vim marcar presença, tudo está perfeito. — Perfeito para você que está de fora. — Falo nervoso. Ao olhar para trás vejo Natasha conversando com Nataly, duas mulheres da língua grande, com certeza irão ser melhores amigas, combinam perfeitamente na rebeldia. —
A noite só não foi pior porque ganhei Natasha como a minha amiga, é tão bom quando encontramos pessoas com as mesmas metas que as suas. É uma pena que os nossos sonhos não valem nada para as nossas famílias e muito menos para Romero que me desilude, me fazendo voltar a essa realidade nua e crua. Chegamos na mansão juntos, ele ficou no bar bebendo e eu subi até o meu quarto, preciso tomar um banho e tentar descansar, amanhã espero ter novidades sobre a minha fuga desse inferno. Tranquei-me no quarto e pude tomar um banho em paz, me deitei debaixo do edredom e dormi apesar do medo que essa casa me transmite, tenho dormido em paz. No dia seguinte, alguém b**e à porta me chamando, é Lena, me levantei, e abri a porta rápido. — Bom dia, Lena. Aconteceu algo? — Bom dia, senhora, o senhor Romero saiu mais cedo e pediu para avisar que o motorista já está lhe esperando para levar a senhora à faculdade e que pela tarde tem provador de vestidos de noiva. — Tudo bem, Lena, obrigada po
Bebi até altas horas para tentar esquecer esse maldito dia, dia em que anunciei o meu casamento com uma desconhecida, liguei o celular e me pergunto se mando investigar a vida de Nataly, o que verdadeiramente aconteceu com a sua mãe, olho a foto preto e branco através da tela do celular e envio para um velho investigador que é um grande amigo, preciso saber quem é Nataly e a sua família, preciso saber quem passou por sua vida, se já se relacionou com alguém, ela ainda é um mistério para mim. Pensei em tanta coisa, que achei melhor subir para o meu quarto, dormir pouco, mas tive que acordar cedo, pois hoje é trabalho duplo, deixei somente o recado para Lena avisar Nataly que ela terá que provar o seu vestido de noiva aqui mesmo em casa, recomendei o segurança de revistar a mochila da Nataly. Fui primeiro para a empresa, até onde trabalhei até o fim da tarde, como já fui avisado que Nataly está em casa, ligo para o melhor joalheiro da minha cidade para levar as melhores alianças para
Acordei cedo demais, muito ansiosa para chegar na faculdade para pedir a Jhon conseguir cópias dessa chave, antes que Romero ou Lena deem falta. Arrumei a minha mochila como de costume. Ao me ver, Lena me deseja um bom dia e me serve o café da manhã, como é bom tomar café sozinha sem aquele olhar pesado do Romero sobre mim. Comi que nem uma esfomeada e o motorista já estava à minha espera, e nem sinal de Romero acordar, mas também depois do porre de ontem, ele irá acordar tarde. Ao chegar na faculdade, Jhon já me espera com uns envelopes nas mãos sorrindo. — Sua nova identidade está aqui, passaporte e tudo, senhorita Anne Brites. — Meu Deus, como você conseguiu isso garoto? Você disse que ficava pronto só na quinta. — Dei uma adiantada, Nataly. Você está certa do quer mesmo, minha amiga? — Estou, agora me consiga a cópia da chave do pequeno portão, é por lá que fugirei. — Falo e lhe dou a pequena chave. — Esse pequeno portão dá acesso a uma rua, irei lhe esperar lá na m
Na semana que antecede o casamento, procurei trabalhar que nem um desesperado na ilusão de tentar esquecer o inferno no qual estou atolado até o pescoço, casar com uma garota é um deles. Resolvi seguir os conselhos de Gian, ter paciência ou afastar-me da Nataly, extremamente orgulhoso, resolvi me afastar, é melhor assim, sempre que nos encostamos soltamos faíscas. Quando não tenho vontade de matá-la, tenho vontade de beijá-la, tocá-la, sou homem, é impossível não se sentir atraído pelo seu corpo definido, os seus cabelos longos e negros que me encantam, a única saída foi me dedicar totalmente aos meus negócios. Um dia antes do casamento pela noite, cheguei cedo em casa e vi Nataly em pé na sala com o seu olhar perdido e quando nos olhamos intensamente, mas falei com ela somente o necessário e sobre o casamento, tranquei-me no meu escritório, seguro novamente o envelope nas mãos abro e termino de ler o resto da investigação que fiz sobre Nataly, aqui está escrito que ela não teve na
A medida que a caravana anda, olho através da janela imaginando o quanto Romero está louco uma hora dessa. Não estou feliz em ter feito isso, não tive saída, não nasci para ser submissa de ninguém, recebendo ordens de como agir ou se portar, foi o melhor para mim, mesmos com os pensamentos longe sinto alguém sentar perto de mim e vejo ser uma mulher mais velha. — Saudade de casa, jovem? — Ela pergunta. — Nenhum pouco! — Respondo olhando para a paisagem. — Está fugindo de alguém? — A curiosa senhora pergunta. — Estou fugindo de alguém muito perigoso, ele não é como nós, o dinheiro é tudo para ele, estou muito ansiosa para chegar na cidade vizinha, preciso cortar o cabelo, ficar diferente. — Te entendo garota, você não é a primeira, querida, espero que você não tenha se tornado a obsessão dele, mas se quiser, posso cortá-lo mais curto, fazer uma franja, sempre usou o cabelo assim? — Ela pergunta analisando o meu cabelo. Lembro-me do cabelo da Natasha, ele é curtinho e com fra