Capítulo 3

Capítulo 3

Marcelo.

Passado.

Parei meu carro no estacionamento da casa noturna e desci. Do lado de fora, sorri ao ver meu irmão e estendi a mão para bater na sua em um cumprimento descontraído.

— E aí, mano, veio encher a cara também? — questionou sorrindo.

— Na verdade, eu vim impedir que você faça alguma besteira. 

Ele fez uma careta.

— Sabe que não sou disso. Posso estar no fundo do poço, mas jamais me colocaria em risco ou faria isso com pessoas inocentes. — Sua fala saiu ríspida, ele havia se chateado com meu comentário e não podia julgá-lo.  Soltei um suspiro.

— Eu sei, mano. Me desculpa, mas não custa me certificar, não é? — Ele assentiu, mas sem esconder sua chateação. Mateus era médico, neurologista, para ser mais específico, então salvar vidas era sua função, sua missão na terra, mesmo que nem sempre conseguisse isso.

— Vamos entrar, moças fofoqueiras, ou vão ficar aí a noite toda fofocando? — Gabriel, nosso amigo e dono da casa noturna, se aproximou e nos chamou, fazendo uma careta para nossa demora.

— Vai chupar um pau, Gabriel. — Resmunguei, me fingindo de bravo, mas um sorriso repuxava meus lábios para cima.

— Prefiro bocetas. — Rimos alto e entramos na casa noturna. 

Ao entrar, a atmosfera, que era eletrizante, um contraste perfeito para o estresse e as preocupações que tive durante o dia, me envolveu, renovando minhas energias.  O som pulsante da música eletrônica preenchia o ar, vibrando no meu peito. Luzes coloridas piscavam e dançavam pelo ambiente, criando um espetáculo visual hipnotizante que se movia em sincronia com a batida da música.  O cheiro de diversos perfumes, misturado com suor e bebidas alcoólicas, flutuava no ar, criando uma atmosfera intoxicante, eletrizante e, podia dizer, até excitante.                                                                   

Deslizei os olhos pelo local, conferindo cada detalhe e me dando conta de que nada havia mudado desde a última vez que estive aqui. As paredes seguiam cobertas por espelhos e painéis de LED que projetavam imagens psicodélicas. A pista de dança estava repleta de pessoas dançando e se movendo ao ritmo da música alta que soava dos alto-falantes, seus corpos se contorcendo e se encaixando em uma dança coletiva e frenética. 

Em um dos cantos, havia um bar iluminado que servia uma variedade de bebidas, desde coquetéis coloridos e exóticos até shots de tequila e vodca.  Ao passar os olhos por ele, vi os bartenders habilidosos misturando e servindo as bebidas com estilo, enquanto algumas pessoas riam e conversavam, alegres com a noite que estava apenas começando. Balancei a cabeça,  deixando-me envolver pela névoa eletrizante e magnética que nos envolvia.

Varri meus olhos por todos os cantos, buscando algo que me chamasse a atenção e me deixasse ainda mais animado e disposto a aproveitar ao máximo essa noite. 

— Era disso que eu precisava. — Mateus comentou ao ver uma loira esbelta flertar com ele. Sorri, negando com a cabeça, mas logo fiquei sério, mas nem tanto, quando meus olhos se conectaram com os de uma ruiva voluptuosa, encostada na bancada do bar. 

Ela sorriu e sorveu um pouco de sua bebida, deixando escapulir a língua para fora na intenção de me provocar ao lamber os lábios carnudos. Meu corpo reagiu na mesma hora,  enviando ondas de excitação para a extremidade sul dele, e sabia que teria uma noite muito agradável com aquela deusa em forma de mulher. 

Com um copo de whisky na mão, ergui um brinde para ela, que brindou de volta. Ela estava no papo e teria uma noite regada a gemidos e muito suor. 

— Fez uma boa escolha, meu amigo. A mulher é um espetáculo. — O comentário veio de Gabriel, que estava ao meu lado. 

Voltei os olhos a ele e busquei meu irmão. Mateus estava agarrado à loira e sabia que essa seria a mulher da noite para ele. Não costumava trocar de mulher quando se agradava de uma e sempre buscava uma totalmente diferente da que quebrou seu coração.

— Sim, vou chamá-la para dançar. — Bati em seu ombro. — Com licença, caro amigo. 

— Filho da puta. — Me xingou, mas estava rindo.  

Sorrateiramente e sem desviar o olhar da deusa que aqueceria minha cama esta noite, me aproximei dela, deixando transparecer todo meu interesse.

— Olá, dança comigo? — Fui direto. Não era de fazer rodeios e ela já havia me dado sinais de que também me queria. A jovem sorriu, provocante, e se aproximou.

— Só se depois eu puder suar sentada no seu pau. Porra! Isso era tudo o que eu precisava ouvir. Desidrataria de tanto gozar ao ter essa mulher quicando no meu colo.

Puxei-a pela cintura e a fiz sentir como me deixou com sua boca provocadora.

— Podemos pular a parte da dança, linda. Se quiser cavalgar no meu pau, saiba que ele está ao seu dispor.  Ela sorriu e se afastou, jogando o cabelo para o lado de um jeito sexy e provocativo.  Soltei-a.

— Calma, gatinho, teremos a noite toda.

Assenti e seguimos para a pista de dança. Dançamos, bebemos e, no final da noite, fomos para o meu apartamento e fodemos como loucos.  Andressa havia me enfeitiçado e, depois desse dia, eu não poderia mais ficar sem ela.

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