David e eu voltamos em silêncio para a empresa. Assim que ele estacionou o carro na garagem da empresa eu vi que ainda tínhamos quarenta minutos, já que saímos do restaurante sem nem ao mesmo terminar o almoço. Então decidi aproveitar esse tempo e pedir uma explicação sobre o que aconteceu mais cedo, eu sei que eu não tinha nada haver com isso e que talvez nem devesse me intrometer, mas eu estava curiosa. — Você ainda está com fome? A gente pode... — Quem era aquela mulher? - ele abriu a boca em um perfeito "A", mas eu o interrompi - Sem mentiras, e sem mandar eu esquecer ela, David. Porque eu não vou. Ele respirou fundo e abaixou a cabeça. Vi quando apertou o volante, os nós dos seus dedos estavam brancos, mas ao invés de falar, ele simplesmente ficou em silêncio. E ficou em silêncio por um bom tempo. — Só me responde uma coisa, David. É sim ou não. Pode fazer isso? - ele confirmou com a cabeça — Ela estava falando de uma criança, não estava? - ele concordou de novo, sem me olhar
Depois de alguns minutos, Laura desceu com uma garotinha, e o David não estava brincando, a garota era, realmente, a cara dele. Não sei se a Laura era loira natural, mas o cabelo da garota era preto igual ao do David, os olhinhos escuros e a pele pálida. Ela era linda. O nome Alice, realmente, combinou muito com ela. Assim que ela desceu completamente os degraus da escada junto com a mãe, Alice soltou a mão de Laura, arrumou a alça grossa da pequena bolsa nas costas e apertou bem o ursinho em seus braços, antes de parar na frente do David. — É verdade? - a voz dela saiu baixa e muito suave. David me encarou, antes de respondê-la. E lá estava eu, novamente, o incentivando a continuar. — Depende. O que seria verdade? — A mamãe disse que você é o meu papai e veio me levar pra passear hoje, e eu quero saber se é verdade. — Sim. Isso é verdade! A garota fez um gesto com a mão pedindo para que ele se abaixasse, então o David a obedeceu e se abaixou, ficando na altura da garotinha. Ele
Antes de sair de casa, David parou em frente ao espelho embutido em seu guarda roupa e respirou fundo. Ele não tinha cara de pai. Ele não queria ser.Mas Isabella estava mexendo demais com ele e negar um pedido a ela, não estava em questão. Ele prometera, mesmo que em silêncio, sempre fazer ela sorrir. Nunca mais queria ver ela chorando, desesperada, como a encontrou em seu quarto dias atrás.O homem nunca achara necessidade de ir atrás da filha. Sim, ele havia feito uma filha, não era canalha ao ponto de dizer que não reconhecia a paternidade da criança, mas ela não foi planejado. Pelo menos não por ele.E sabendo que Isabella não deixaria ele mudar de ideia naquele momento, ele tomou uma boa e generosa dose de whisky e colocou um sorriso no rosto. Não era o seu melhor sorriso, mas ele não tinha escolha.Ele não gostou muito de saber que teria que trocar seu carro conversível por outro naquele dia, visto que o seu Jaguar F-Type não tinha conforto para uma criança. Aquele carro era per
Isabella FoorbesEu não havia fechado a porta na chave, por isso estava com bastante medo de alguém entrar e encontrar a gente transando na cozinha. — Ei! Você precisa relaxar - ele parou o beijo e me encarou.— Não dá - digo rindo - Aquela porta está aberta e...— Esquece a porta, amor. Ninguém vai entrar sem tocar a campainha, pelo menos.Eu parei de rir e fiquei encarando ele.— O que foi?— Você acabou de me chamar de "amor".— E? - ele abre um sorriso— É a primeira vez que você me chama assim.— Sério? - ele ri— Aham.Por um momento eu esqueci que estávamos no meio de uma transa e ele ainda estava dentro de mim.Só me lembrei disso, quando ele colocou as mãos na minha cintura e me puxou para frente, onde saiu de mim e puxou o meu short para baixo.— O que está fazendo?— Deixando o meu amor mais relaxado - eu dou risada da frase dele.Assim que ele tirou o meu shorts, ele começou uma trilha de beijos, começando da minha coxa e subindo até a minha intimidade.— David para - Eu t
"Te espero no carro, tudo bem?" - foi tudo o que a Isabella me disse quando chegamos em frente à casa da Laura. Eu apenas concordei e saí do carro. Dei alguns passos até a porta da casa, onde alguns segundos depois, Laura a abriu.— Alice, seu pai chegou! - ela gritou e depois sorriu — Entra aí!Quando eu entrei na sala, a garotinha correu até mim e me abraçou bem forte. Eu já tinha ganhado dezenas de abraços, mas nenhum se comparava a aquele abraço apertado, inocente e cheio de fofura.— O que você quer fazer primeiro?— Comer - ela disse entre gargalhadas.— Alice, você tomou café da manhã há duas horas - Laura a encarou.— Mas estou com fome - apenas um bico em seus lábios foi o suficiente para eu me derreter.— Vamos almoçar, então.— EBA!!!— David, por favor, nada de muito doce - eu concordei com a cabeça — E Alice, se comporte!— Pode deixar, mamãe! - ela lançou um beijinho no ar para a Laura.— Cadê a sua namorada?— No carro.— Não quis sair?— Não. Ela...está meio estranha.L
— Então vocês simplesmente começaram um namoro? - minha mãe perguntou, toda curiosa— Não sei. Ele ainda não fez nenhum pedido oficial.— E a filha dele?— Almoçamos com ela e levamos ela no Parque hoje. Alice é uma garota maravilhosa. É tão lindo ver o David tendo esse cuidado todo de pai. Sabia que isso iria fazer bem à ele.— Por que você não fica grávida?— G-Gravida? - minha mãe confirma com a cabeça — Por que? Pra que?— Ora, assim vocês podem ter um bebê só de vocês dois.— Mãe! Não inventa, tá’? E nada de comentar isso na frente do David.— Tudo bem, eu só pensei alto. Não precisa me matar - ela ri.— Quando é que a senhora vai para casa?— Daqui há duas semanas.— Ok, e como foi na cirurgia? Ocorreu tudo bem? — Sim, o médico disse que o meu corpo reagiu muito bem à cirurgia. Graças a Deus eu já não sofro mais nenhum risco com o câncer, eles conseguiram diminuir ele e agora eu só preciso continuar com os tratamentos. Mas isso eu posso fazer em casa.— Que bom, mãe! Tudo isso j
Namoro? David estava me pedindo em namoro? Isso era mesmo real?— Você não está brincando comigo, está?— Não, Bella. Pela décima vez - ele sorriu e se inclinou em cima de mim, me dando um selinho — Eu não estou brincando - outro selinho — com você - mais outro.— Então, se eu falar que aceito...— Iremos namorar - ele se levantou - Isabella, pelo amor de Deus, por que está sendo tão desconfiada assim?— Porque sim, já pensou se eu apenas me iludo com esse pedido de namoro e depois você decide que não quer mais nada comigo porque conheceu outra garota?— Eu não vou te trocar por ninguém, eu não vou conhecer mais ninguém através daquele aplicativo, muito menos fora dele. Por favor, entenda de uma vez, que eu só quero você.— Ok, quem é você e o que fez com o David?— Bella - ele riu e deixou um beijo na minha testa — O que quer que eu faça pra você acreditar em mim?— Vai ter que me prometer que não vai deixar mais nenhuma outra mulher tocar em você - ele abriu um sorriso e me empurrou
— Como eu estou? - Alice perguntou, dando uma volta na frente do pai. Já era de manhã e ela queria mostrar que havia se arrumado sozinha para ir a escola. — Muito bonita. — Exatamente - ela pegou uma maçã e saiu da cozinha. — Além de enjoada ainda é convencida, puxou a personalidade da mãe dela - David voltou a atenção para a xícara de café à sua frente, ouvindo apenas os passos rápidos da filha se afastando - Alice, não corre! Você ainda está descalça - ele viu a menina dar risada e pular no sofá - Não pula! Você está com maçã na boca - ele deixou a xícara na mesa e respirou fundo — Meu Deus! Essa garota vai me dar muito trabalho. — Essa parte ela puxou a você - Isabella apareceu na cozinha e se aproximou do namorado, lhe desejando um bom dia, enquanto David apenas lhe roubou um beijo. — Você também está linda. — Obrigada - ela abriu um sorriso — Vamos? — Alice, já está pronta? - David levantou um pouco a voz, para que a garotinha o escutasse da sala. — Sim, papai! - ela volt