— Então vocês simplesmente começaram um namoro? - minha mãe perguntou, toda curiosa— Não sei. Ele ainda não fez nenhum pedido oficial.— E a filha dele?— Almoçamos com ela e levamos ela no Parque hoje. Alice é uma garota maravilhosa. É tão lindo ver o David tendo esse cuidado todo de pai. Sabia que isso iria fazer bem à ele.— Por que você não fica grávida?— G-Gravida? - minha mãe confirma com a cabeça — Por que? Pra que?— Ora, assim vocês podem ter um bebê só de vocês dois.— Mãe! Não inventa, tá’? E nada de comentar isso na frente do David.— Tudo bem, eu só pensei alto. Não precisa me matar - ela ri.— Quando é que a senhora vai para casa?— Daqui há duas semanas.— Ok, e como foi na cirurgia? Ocorreu tudo bem? — Sim, o médico disse que o meu corpo reagiu muito bem à cirurgia. Graças a Deus eu já não sofro mais nenhum risco com o câncer, eles conseguiram diminuir ele e agora eu só preciso continuar com os tratamentos. Mas isso eu posso fazer em casa.— Que bom, mãe! Tudo isso j
Namoro? David estava me pedindo em namoro? Isso era mesmo real?— Você não está brincando comigo, está?— Não, Bella. Pela décima vez - ele sorriu e se inclinou em cima de mim, me dando um selinho — Eu não estou brincando - outro selinho — com você - mais outro.— Então, se eu falar que aceito...— Iremos namorar - ele se levantou - Isabella, pelo amor de Deus, por que está sendo tão desconfiada assim?— Porque sim, já pensou se eu apenas me iludo com esse pedido de namoro e depois você decide que não quer mais nada comigo porque conheceu outra garota?— Eu não vou te trocar por ninguém, eu não vou conhecer mais ninguém através daquele aplicativo, muito menos fora dele. Por favor, entenda de uma vez, que eu só quero você.— Ok, quem é você e o que fez com o David?— Bella - ele riu e deixou um beijo na minha testa — O que quer que eu faça pra você acreditar em mim?— Vai ter que me prometer que não vai deixar mais nenhuma outra mulher tocar em você - ele abriu um sorriso e me empurrou
— Como eu estou? - Alice perguntou, dando uma volta na frente do pai. Já era de manhã e ela queria mostrar que havia se arrumado sozinha para ir a escola. — Muito bonita. — Exatamente - ela pegou uma maçã e saiu da cozinha. — Além de enjoada ainda é convencida, puxou a personalidade da mãe dela - David voltou a atenção para a xícara de café à sua frente, ouvindo apenas os passos rápidos da filha se afastando - Alice, não corre! Você ainda está descalça - ele viu a menina dar risada e pular no sofá - Não pula! Você está com maçã na boca - ele deixou a xícara na mesa e respirou fundo — Meu Deus! Essa garota vai me dar muito trabalho. — Essa parte ela puxou a você - Isabella apareceu na cozinha e se aproximou do namorado, lhe desejando um bom dia, enquanto David apenas lhe roubou um beijo. — Você também está linda. — Obrigada - ela abriu um sorriso — Vamos? — Alice, já está pronta? - David levantou um pouco a voz, para que a garotinha o escutasse da sala. — Sim, papai! - ela volt
Eu já tinha acompanhado o Sebastian em uma reunião e agora estava sentada no sofá do escritório dele, com o tablet em mãos e uma folha, tentando organizar a agenda dele para a próxima semana.— Cadê o David?— Não sei.— Vocês não vão almoçar juntos?— Também não sei. Eu levantei o meu olhar e vi que o Sebastian me encarava de volta. Ele largou o celular e girou a cadeira até estar virado totalmente em minha direção. — Tá bom! O que aconteceu? — Nada! — Isabella - eu respirei fundo e o encarei — Além de chefe e cunhado, pensei que fosse seu amigo! — Somos amigos, Sebastian! — Então se abre comigo, vamos. Eu tenho ótimos conselhos. Sou um especialista nisso. — Tudo bem - larguei o tablet e a folha no sofá — Hoje de manhã, antes de virmos para a empresa, fomos deixar a Alice na escolinha - Sebastian acenou com a cabeça — Acontece que eu encontrei um amigo que não via há seis anos, a gente se abraçou - eu praticamente me agarrei a ele, mas não ia dizer isso - Peguei o contato dele
David Wilston Eu já tinha quebrado mais do que a metade do que tinha no meu escritório. — Senhor Wilston, pelo amor de Deus, para com isso - Maya pediu, mais uma vez. Eu pegava algo na mão e ela corria para tirá-lo de mim e aquilo já estava me irritando. — Você quer parar? Se eu estou pegando isso, é pra jogar no chão. Então por que você está tirando os objetos de mim? - digo forçando um sorriso para ela. — O senhor está me assustando assim. — É só sair da minha sala. Você não tinha uma consulta? — Sair e deixar o senhor quebrar o escritório todo? Claro que não - Eu respirei fundo e soltei um objeto que estava na minha mão. Maya foi rápida em pegá-lo — Sua agenda está livre agora à tarde, que tal o senhor dar uma voltinha enquanto eu chamo alguém para arrumar isso? — Eu não sei para onde ir. — Até mandaria ir atrás da Isabella, mas depois do que o senhor disse pra ela eu…- ela com certeza pensou alto, pois quando a encarei ela ficou vermelha e deu alguns passos para trás — Des
O que ela está fazendo? Iria se demitir? — Isabella? - Ela não me olhou, mas apenas continuou me ignorando ali. Fingindo que eu não existia. — Sebastian, apenas me dê até o final do dia e eu termino tudo que estiver na minha mesa e te entrego a minha carta de demissão. Eu não...— Te demitir? Ficou louca? - ele a interrompeu — Pode parar de gracinha e voltar para a sua mesa.— Mas…— Ora! Acha que eu iria apenas lhe demitir por agora ser ex do meu irmão? - eu arregalei meus olhos e dessa vez meu olhar caiu sobre o meu irmão. Iria corrigir, Isabella não era minha ex, ela ainda era minha, só minha, mas Sebastian continuou falando — Eu já lhe disse que aqui o nosso relacionamento é de chefe e funcionária. Você é muito boa no que faz, nunca irei encontrar alguém tão talentosa assim. E também eu estava louco sozinho, não dou conta. — Obrigada - ela sorriu e agradeceu ao homem à sua frente. Eu queria que ela me olhasse, o que eu poderia fazer para ela me perdoar? Sei que falei muita merda
David WilstonEu estava em casa, jantando junto com a Lia e com o Sebastian. Lia até se ofereceu para preparar o jantar, mas meu irmão recusou e pediu comida japonesa assim que fizemos uma troca de olhares. Com certeza ele também não queria morrer de indigestão.— Por que a Isa não está aqui? - ela me olhou.— Bom - eu desviei do olhar dela — a mãe dela saiu do hospital e…— Eles brigaram, David magoou a Isabella e está enrolando para pedir desculpas. Sabe que ele não gosta de dar o braço a torcer.— O braço eu não sei, mas essa colher está louca pra voar até o seu pescoço - ameacei o encarando. — Amor de irmão, que lindo, maninho.— Mas o que rolou, pra vocês terem brigado?— Eu não sei, mas se vale uma opinião - ele me olhou — David deve ter começado tudo - Sebastian falou confiante. — Parabéns.— Acertei?— Não. Você foi premiado pra receber um soco na cara - ele riu e fugiu de mim, se escondendo atrás atrás da cadeira da Lia. — Então você vai deixar assim? - minha cunhada pergun
David Wilston— Gay? Você acha mesmo que eu vou cair nessa?— Estamos falando sério, David! Raúl é meu namorado.— Não, não. Não venham com esse papo pra cima de mim.— Preconceito, cara? - o tal do Raúl perguntou.— Lógico que não! - o encarei — Mas é que isso seria a primeira desculpa que um homem inventaria só para o namorado da "amiga” não desconfiar dele.— Ah meu Deus! David, você é muito chato mesmo. Isabella tem toda razão.— E-Ela me chamou de chato?— Cara! Ela te xingou a noite inteira. Desde o primeiro copo, até o último - ele deu risada, mas parou assim que o Alan o encarou e cruzou os braços.— Olha, eu juro que não é nenhum tipo de preconceito, ok? É só que... - levei minhas mãos até o meu cabelo e os joguei para trás — Isso ainda é difícil de acreditar.— Não vou ficar aqui implorando para você acreditar no que está bem óbvio na sua frente, mas eu só quero que saiba de uma coisa - continuei prestando atenção nele — ao mesmo tempo em que ela ficou te xingando, ela também