David Wilston Eu já tinha quebrado mais do que a metade do que tinha no meu escritório. — Senhor Wilston, pelo amor de Deus, para com isso - Maya pediu, mais uma vez. Eu pegava algo na mão e ela corria para tirá-lo de mim e aquilo já estava me irritando. — Você quer parar? Se eu estou pegando isso, é pra jogar no chão. Então por que você está tirando os objetos de mim? - digo forçando um sorriso para ela. — O senhor está me assustando assim. — É só sair da minha sala. Você não tinha uma consulta? — Sair e deixar o senhor quebrar o escritório todo? Claro que não - Eu respirei fundo e soltei um objeto que estava na minha mão. Maya foi rápida em pegá-lo — Sua agenda está livre agora à tarde, que tal o senhor dar uma voltinha enquanto eu chamo alguém para arrumar isso? — Eu não sei para onde ir. — Até mandaria ir atrás da Isabella, mas depois do que o senhor disse pra ela eu…- ela com certeza pensou alto, pois quando a encarei ela ficou vermelha e deu alguns passos para trás — Des
O que ela está fazendo? Iria se demitir? — Isabella? - Ela não me olhou, mas apenas continuou me ignorando ali. Fingindo que eu não existia. — Sebastian, apenas me dê até o final do dia e eu termino tudo que estiver na minha mesa e te entrego a minha carta de demissão. Eu não...— Te demitir? Ficou louca? - ele a interrompeu — Pode parar de gracinha e voltar para a sua mesa.— Mas…— Ora! Acha que eu iria apenas lhe demitir por agora ser ex do meu irmão? - eu arregalei meus olhos e dessa vez meu olhar caiu sobre o meu irmão. Iria corrigir, Isabella não era minha ex, ela ainda era minha, só minha, mas Sebastian continuou falando — Eu já lhe disse que aqui o nosso relacionamento é de chefe e funcionária. Você é muito boa no que faz, nunca irei encontrar alguém tão talentosa assim. E também eu estava louco sozinho, não dou conta. — Obrigada - ela sorriu e agradeceu ao homem à sua frente. Eu queria que ela me olhasse, o que eu poderia fazer para ela me perdoar? Sei que falei muita merda
David WilstonEu estava em casa, jantando junto com a Lia e com o Sebastian. Lia até se ofereceu para preparar o jantar, mas meu irmão recusou e pediu comida japonesa assim que fizemos uma troca de olhares. Com certeza ele também não queria morrer de indigestão.— Por que a Isa não está aqui? - ela me olhou.— Bom - eu desviei do olhar dela — a mãe dela saiu do hospital e…— Eles brigaram, David magoou a Isabella e está enrolando para pedir desculpas. Sabe que ele não gosta de dar o braço a torcer.— O braço eu não sei, mas essa colher está louca pra voar até o seu pescoço - ameacei o encarando. — Amor de irmão, que lindo, maninho.— Mas o que rolou, pra vocês terem brigado?— Eu não sei, mas se vale uma opinião - ele me olhou — David deve ter começado tudo - Sebastian falou confiante. — Parabéns.— Acertei?— Não. Você foi premiado pra receber um soco na cara - ele riu e fugiu de mim, se escondendo atrás atrás da cadeira da Lia. — Então você vai deixar assim? - minha cunhada pergun
David Wilston— Gay? Você acha mesmo que eu vou cair nessa?— Estamos falando sério, David! Raúl é meu namorado.— Não, não. Não venham com esse papo pra cima de mim.— Preconceito, cara? - o tal do Raúl perguntou.— Lógico que não! - o encarei — Mas é que isso seria a primeira desculpa que um homem inventaria só para o namorado da "amiga” não desconfiar dele.— Ah meu Deus! David, você é muito chato mesmo. Isabella tem toda razão.— E-Ela me chamou de chato?— Cara! Ela te xingou a noite inteira. Desde o primeiro copo, até o último - ele deu risada, mas parou assim que o Alan o encarou e cruzou os braços.— Olha, eu juro que não é nenhum tipo de preconceito, ok? É só que... - levei minhas mãos até o meu cabelo e os joguei para trás — Isso ainda é difícil de acreditar.— Não vou ficar aqui implorando para você acreditar no que está bem óbvio na sua frente, mas eu só quero que saiba de uma coisa - continuei prestando atenção nele — ao mesmo tempo em que ela ficou te xingando, ela também
David Wilston— Tudo bem - eu me levantei e coloquei a toalha branca em cima da pia - Eu vou pedir para a Lia te acompanhar no banho, então - Isabella não me respondeu, apenas continuou encarando a parede — Você pode dormir aqui no meu quarto hoje. Amanhã você volta para a sua casa, quando estiver melhor.— Eu não quero dormir aqui com você. Eu... - Isabella virou o rosto e me encarou. O rosto dela estava vermelho, talvez pela bebida, ou muito provavelmente pelo choro. Ver ela assim me machucou. Muito. E o que veio a seguir, foi muito pior — Eu não quero, nunca mais- uma lágrima escorreu pela bochecha dela — Não te quero nunca mais perto de mim, David.— Bella, por favor! - eu implorei. Estava com medo.Muito medo de perder ela. De perder o meu ninho que criei com ela, medo de perder o meu lar. — Como teve coragem de falar aquilo tudo pra mim? - dessa vez quem estava chorando era eu, enquanto sentia o meu coração se apertar — Disse que eu venderia o meu corpo para o meu amigo - ela so
Isabella Foorbes Depois de ter comido o café da manhã com a Lia, ou melhor, depois da Lia ter comido o meu café da manhã, eu subi para o quarto do David. A intenção era apenas tomar um banho e ir embora. Por sorte David e Alan haviam avisado a minha mãe de que eu iria dormir fora, hoje tive apenas que lidar com as reclamações dela por ter dado trabalho aos meninos.Mas ué, se não for para dar trabalho aos amigos, a quem daremos? Ouch!Assim que eu cheguei em frente a umquarto bem específico, bati duas vezes, mas não obtive resposta, então eu entrei.Durante todo o percurso da cozinha até o quarto do David, eu repassei o plano na minha cabeça.Roubar uma camisa dele, afinal eu deveria fazer isso pelo menos uma última vez. Ele tinha tantas camisas que nem ligaria, pegaria um short ou saia minha, que deveria ter jogada em algum canto pelo closet dele, tomaria um banho rápido e sairia dali.Um plano rápido e que deveria ser fácil, não?Entretanto tudo mudou quando eu entrei no quarto e en
Isabella FoorbesIdiota. Era isso que eu era.David estava lá, de novo, me fazendo mais juras de amor e eu simplesmente estava quieta, ouvindo tudo, porque eu queria acreditar nelas, por mais que aquelas palavras, de ontem, tenham mesmo me machucado, eu queria acreditar em tudo, de novo.Queria acreditar porque eu estava amando a relação que David e eu estávamos tendo antes da briga, era sobre confiança. Queria acreditar porque ele me parecia o certo em meio a tantas coisas incertas que me cercavam.Queria acreditar porque os sentimentos que ele demonstrava ter por mim pareciam ser sinceros.Queria acreditar...porque eu estava amando ele.— Amor, fala alguma coisa, por favor? - a voz dele me trouxe para o “agora” e eu arrepiei com a aproximação dele — Me diz o que eu tenho que fazer, me deixa te reconquistar, só...diz o que eu tenho que fazer.Eu o encarei por exatos dez segundos. Ele estava tão perto, tenho certeza de que se eu me aproximasse, mais um pouco, sentiria os batimentos rá
David Wilston— Me ajuda, pelo amor de Deus - assim que Isabella saiu da minha casa, eu recorri a única pessoa que, na minha opinião, conseguiria me ajudar.— Faça o que ela falou, passeio de helicóptero, jantares românticos - ela ia balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto se concentrava em passar pasta de amendoim em um pão.— Ela só falou isso como um exemplo, mas eu quero fazer mais, Lia.— Faça mais então.— Mas eu não sei do que vocês gostam, por isso estou aqui lhe implorando, Lia Sanchez. Pelo amor de Deus, me ajuda ou eu vou surtar - ela riu e pegou mais pasta de amendoim, dessa vez levando a colher até a boca.— Surte sozinho então.— Sebastian, morde ela! — Virei cachorro agora? - ele bateu no meu braço e foi em direção a sala. Lia o seguiu e eu segui os dois.Ela continuou me ignorando enquanto se sentava no sofá ao lado do namorado, com o pão em uma das mãos. Sebastian olhou pra mim e riu, ele estava mexendo no celular e agora fazendo carinho nas coxas da namo