Dona Izabel admirava cada dia mais Eveline, por ser tão jovem, audaciosa e cheia de sonhos.
Sensibilizada com sua história, a senhora fez um convite para que ela fosse morar no seu apartamento, já que seus filhos estavam fora e ela vivia sozinha.Eveline ficou sem jeito em aceitar o convite, falou que iria pensar e logo daria uma resposta durante a semana.Os dias passaram, Eveline estava muito pensativa, queria um lugar para ficar, ao mesmo tempo, não queria incomodar a nova amiga.Ela refletiu nos pós e contra. O endereço ficava próximo ao Campus da universidade e também iria ter mais privacidade, um quarto só para si e uma pessoa que pudesse contar e conversar.Decidida, a jovem pegou o seu celular e ligou para a senhora, dizendo que aceitaria o convite de morar um tempo no apartamento dela, queria fazer uma experiência!No final de semana seguinte, ela arrumou suas coisas, pegou um táxi e mudou-se para o apartamento de Dona Izabel.Ao chegar, foi recebida pela empregada Salete, que trabalhava com a senhora, há mais de doze anos.Eveline foi muito bem acolhida, Dona Izabel e Salete prepararam tudo para a sua estadia, ela ficou hospedada no quarto da filha de Dona Izabel, Ceci.Logo, a moça habituou-se com a nova rotina, sempre disposta a ajudar Salete nos afazeres de casa.Para complementar a renda, Eveline se candidatou para um trabalho de recepcionista em uma casa de eventos, indicado por uma colega da faculdade. Ela anotou o contato e rapidamente ligou.Foi informada pela gerente, que sempre contratava meninas para trabalhar durante os finais de semana recepcionando os convidados. A gerente pediu que ela comparecesse no local indicado para uma entrevista.No mesmo dia, ela se dirigiu até lá, super otimista, procurou a gerente. As duas conversaram... A gerente e a supervisora gostaram bastante da aparência da jovem, uma moça de corpo lindo, culta e serena.Ela foi contratada! Eveline ficou extremamente feliz, pois iria receber um bom dinheiro a cada hora trabalhada nos finais de semana, ainda daria para conciliar com a faculdade e o estágio no abrigo.Ela chegou em casa, contou para Dona Izabel, que também ficou alegre, admirando mais ainda a moça.Na segunda-feira, Eveline voltou da faculdade, Dona Izabel estava visitando algumas amigas. Ela se sentiu à vontade em colocar um roupão e fazer uma chamada de vídeo para o namorado, indo tomar banho.No corredor, ainda com Maycon na tela do aparelho, ela teve um baita susto ao esbarrar com um homem alto e muito bonito...“Amor, preciso desligar, vou tomar banho agora, depois a gente se fala.”Eveline desligou o telefone espantada, sem dar tempo o namorado responder. A jovem de cara reconheceu aquele homem, perguntando envergonhada:“Boa noite! Você é o filho de Dona Izabel?”“Sim, e você, o que faz na minha casa?”Retrucou o rapaz curioso.Ela se apresentou muito sem jeito:“Sou Eveline, muito prazer! Eu moro aqui, sua mãe me convidou para passar um tempo com ela, nos conhecemos no abrigo onde eu trabalho.”“Nossa! Mas, minha mãe nunca me falou sobre sua presença aqui.”Ele comentou tranquilo, secando o cabelo com uma toalha.“Me desculpe, eu não sei porque ela não falou, já faz quase dois meses que eu moro com ela.”“Tudo bem, depois converso com a minha mãe.”O Rapaz passou por Eveline, enquanto a observava, a deixando mais envergonhada ainda. Ele ficou confuso, no entanto, esperou a mãe chegar.Enquanto isso, ligou para um amigo e pegou uma bebida na adega. Na verdade, ele não avisou que viria, planejou fazer uma surpresa para a mãe (...)Brennan Di Moretti, tinha vinte e oito anos, era o filho mais velho de Dona Izabel. Um homem lindo, estudioso e focado, cabelos castanhos escuros, media 1,73 e com porte físico sarado.Tinha acabado de passar no concurso para ser investigador da polícia federal e estava em treinamento. Era namorador, porém, exigente nas suas companhias, só teve um único relacionamento sério.Depois do banho, Eveline colocou um vestido preto florido, o cabelo preso exalava um cheiro agradável. Ela se dirigiu à cozinha para adiantar a janta, já que Salete não tinha vindo trabalhar naquele dia.Enquanto falava com o amigo no celular, Brennan olhava de canto Eveline, preparando a janta, Ele também reparava o manejo e rapidez com que a moça preparava a refeição.Depois de algum tempo, Dona Izabel retornou, tomando um susto ao se deparar com o filho em casa. Rapidamente, tirou o calçado e correu para lhe dar um abraço caloroso.“Meu amor!!! Que horas você chegou? Porque não avisou, filho? Estou tão feliz que você está aqui em casa, estava morrendo de saudades! Ainda bem que Eveline tá aí adiantando a janta."Dona Izabel acolheu o filho com ternura e apresentou sua amiga:"Filho, deixa eu te apresentar, essa é Eveline, nos conhecemos no abrigo que eu presto serviços voluntários, fiz o convite para ela morar aqui em casa, por enquanto.” “Eveline, esse é meu filho mais velho, Brennan!” Ela apresentou o filho, toda orgulhosa! “A gente se conheceu agora a pouco!” Disse Eveline, ainda envergonhada. “Tá ok mãe, tudo bem! Desculpa não ter avisado! Só queria fazer uma surpresa.” “E eu adorei, filho! Venha, vamos jantar!” Todos se dirigiram à mesa. “E como estão as coisas por lá? Seu treinamento acabou?” “Ah, mãe você já sabe! A gente se fala quase todo dia. Não vou mais voltar, pois o treinamento continuará aqui na capital mesmo.” “Que maravilha, amor!! Vamos ficar juntos de novo, quero cuidar de você, estav
“E ai Eveline, está gostando de morar com minha mãe? “Estou sim, Dona Izabel é uma pessoa gentil e altruísta, sou muito grata por ter me acolhido aqui.” “Me fala, quantos anos você tem?” “Tenho dezoito anos.” “Nossa! achei que tinha mais.” Brennan soltou um riso, se surpreendendo com a idade da moça.“Me conta um pouco sobre sua família e sua história?” Ela ganhou confiança e começou relatar: “Sou filha única e morava com minha avó no interior, saí de casa para estudar pedagogia aqui na capital.” Curioso, ele continuava a interrogar: “E seus pais?” “Meu pai, eu nunca conheci, minha mãe faleceu quando eu tinha oito anos.” “Mas, de toda família, só tem você e sua avó?” “Tem o meu tio Otávio, ele não morava com a gente, mas, sempre vinha nos visitar.” “Você tem namorado?” Perguntava Brennan obstinado. “Tenho sim, ele mora no Canadá, conversamos bastante por telefone e rede social.” “Vocês nunca se viram?” “Não! A gente não tem condições de viajar para nos encontrar e tamb
“Tá, mãe... Eu também vou sair, vou me encontrar com uns amigos para aproveitar o final de semana.” Eveline, trabalhou na sexta, no sábado e no domingo. Na segunda-feira, estava exausta para o estágio no abrigo. Quando acordou, o café já estava pronto e se sentou à mesa. Brennan a esperava para tomar café juntos, aproveitando a oportunidade para puxar assunto. “Me conta, como foi seu final de semana?” Ele a sondava, cheio de malícia, procurando espiona-la. “Foi bom e cansativo. Trabalhei todas as noites do final de semana, cheguei aqui já tarde, exausta, em silêncio para não acordar vocês.” Toda atenciosa e espontânea, ela foi explicando o que ela fazia no trabalho, sem perceber a desconfiança de Brennan. Eveline era uma moça imatura, cheia de sonhos, vivendo no maior perrengue, lutando para sobreviver. A última coisa que faria para conseguir dinheiro, seria se prostituir, pois estava se resguardando para o Maycon, fazia planos de casar-se e ter filhos. Ela sempre sonhou em fo
Envergonhada, Eveline não sabia como se portar na frente de Brennan, ela adorava comida japonesa, apesar da fome, se conteve e foi comendo aos poucos, até saciar-se. Aproveitando a ocasião, Brennan começou a puxar assunto, perguntando sobre o relacionamento dela: “Me fala mais sobre seu ‘Foreign boyfriend’ (Namorado estrangeiro)” “Ah... ele é carinhoso, super educado, gentil, cavalheiro...” Eveline descrevia o namorado com um ar de paixão. “Você gosta dele?” Continuou Brennan “Sim, faz uns dois anos que a gente tá junto.” “E ele, gosta de você?” “Hum, eu acho que sim!” Ela respondeu, sem jeito. “Você não acha que ele procura outras mulheres lá no Canadá? Pois nós homens temos necessidades e é muito difícil controlar a vontade de sexo.” Brennan falou desinibido. Eveline ficou corada de vergonha, desviou o olhar e encheu a boca de sushi. Depois de alguns segundos, respondeu: “Eu sei que ele é fiel, Maycon jamais me trairia!” A moça acreditava cegamente na lealdade do namor
Muito angustiada, ela perguntou: “Mas, o que eu fiz?”O policial respondeu: “De acordo com o mandado: Furto, agressão e falsidade ideológica.”Ela entrou em pânico! começou a chorar dizendo que era um engano. Em prantos, pediu ajuda Brennan, que era advogado:“Brennan, por favor, me ajuda, não deixe eles me levarem, isso foi um grande equívoco, Deus sabe!”“Fique calma, Eveline, a gente vai resolver! Mas, como eles têm um mandado, você precisa ir para esclarecer os fatos.” Explicou Brennan, tranquilizando a jovem. Os policiais tentaram algemar a moça, que resistiu ficando mais transtornada ainda. Brennan interveio, se apresentando como policial federal.Para amenizar a situação, conversou com os colegas pedindo para eles não algemá-la, garantindo que ela não iria resistir à prisão! Eveline acompanhou os policiais como um animal capturado. Brennan prometeu que iria até a delegacia, em seguida, tentar judá-la.Dona Izabel participava de tudo incrédula e boquiaberta, não sabia o que
“Obrigado por esclarecer os fatos, vou encaminhar seu depoimento ao fórum e o juiz irá agendar uma audiência para dar um desfecho ao caso.” O delegado analisou que não eram crimes graves, Eveline justificou todos os delitos e também era menor de idade quando cometeu. No máximo poderia receber uma média socioeducativa, mas iria depender do juiz. O Delegado reuniu todos os envolvidos e explicou a situação, informando, que o caso iria para o fórum. “Senhor Otávio, já que sua mãe foi a principal vítima, ela poderá ser intimada para testemunhar.”Explicou o delegado.“Não será possível, pois minha mãe faleceu há quase um mês!” Eveline ao ouvir sobre a morte da avó, despencou no chão, sendo amparada por Brennan. Ela chorava descontrolavelmente, sentindo-se culpada pela morte da avó e por não ter despedido.Brennan levou Eveline para casa, no caminho, ela não falou nada, apenas pensava em toda situação com lágrimas nos olhos. Ele iniciou conversa:“Sinto muito pela sua avó!” Ela chorou a
Eveline estava muito tranquila com o desfecho da audiência. Ela continuou sua rotina de sempre, trabalhando, estudando e conversando com seu namorado e com sua amiga keille. Tinha concluído o primeiro semestre da faculdade e estava de férias.Já Brennan, sempre estava trabalhando bastante, à noite também estudava, porque pretendia participar do processo seletivo de uma vaga para delegado na polícia, nos finais de semana frequentava baladas com os amigos.Durante a semana, Brennan resolveu visitar sua mãe, mas ela estava em um evento da igreja, Salete já tinha ido embora. Ele encontrou Eveline adiantando a janta, ela estava de shortinho jeans e regata, estava calor nesse dia, deixando Brennan tenso ao vê-la com aquele look. Eveline ficou surpresa com a visita, o cumprimentou e perguntou se ele queria jantar. Ele respondeu que sim, pois ainda não tinha jantado. Os dois se serviram. Durante a refeição, Brennan perguntou:“Como está indo a faculdade e o trabalho?”“O trabalho está indo
Dona Izabel tinha vontade de encher Brennan de pancadas! Se segurou e o atacou com broncas pesadas:“Isso é muito feio, Brennan!!! Essa menina tem namorado, o que vocês estão fazendo não tem cabimento, isso é indecente!”“Mãe, foi só um beijo! Eveline não teve culpa, eu a provoquei e a beijei.”“Eu não sou criança Brennan, faz tempo que percebo que vocês estão com intimidades. Eu já tinha conversado com você que não iria aceitar esse tipo de imoralidade aqui dentro da minha casa. Não dá mais para Eveline ficar aqui, amanhã mesmo ela vai embora, já deu, já fiz minha parte por essa moça, agora ela vai se virar, pois quebrou minha confiança.”“Mãe, por favor, não faz isso, deixe ela aqui, eu não voltarei mais. Ela não tem pra onde ir!”Brennan apelou.“Eu não perdoo esse tipo de situação, você é meu filho e não pode deixar minha casa por causa dela, ela que tem que sair!” Dona Izabel falou firmemente! “Mãe, pelo amor de Deus, não faz isso, eu estou pedindo!”Ele implorou, preocupado com