“Meu amor!!! Que horas você chegou? Porque não avisou, filho? Estou tão feliz que você está aqui em casa, estava morrendo de saudades! Ainda bem que Eveline tá aí adiantando a janta."
Dona Izabel acolheu o filho com ternura e apresentou sua amiga:"Filho, deixa eu te apresentar, essa é Eveline, nos conhecemos no abrigo que eu presto serviços voluntários, fiz o convite para ela morar aqui em casa, por enquanto.”“Eveline, esse é meu filho mais velho, Brennan!”Ela apresentou o filho, toda orgulhosa!“A gente se conheceu agora a pouco!”Disse Eveline, ainda envergonhada.“Tá ok mãe, tudo bem! Desculpa não ter avisado! Só queria fazer uma surpresa.”“E eu adorei, filho! Venha, vamos jantar!”Todos se dirigiram à mesa.“E como estão as coisas por lá? Seu treinamento acabou?”“Ah, mãe você já sabe! A gente se fala quase todo dia. Não vou mais voltar, pois o treinamento continuará aqui na capital mesmo.”“Que maravilha, amor!! Vamos ficar juntos de novo, quero cuidar de você, estava rezando para que você voltasse logo desse treinamento.”“E a senhora, como está?”“Ah, estou bem, graças a Deus! Eveline está aqui, me fazendo companhia, ela é uma ótima moça.”Eveline baixou a cabeça, sem jeito.“Que bom! Fico feliz que a senhora esteja bem acompanhada.”Brennan falava olhando para Eveline, depois se direcionou a mãe dizendo:“Amanhã a gente precisa conversar, agora estou cansado e preciso resolver algumas coisas.”Brennan terminou sua refeição, dando um beijo na mãe e se retirando em seguida.O jantar terminou! A jovem permanecia tímida com o retorno do filho de Dona Izabel. Não sabia o que falar, apenas ficou ouvindo durante toda refeição.Quando Brennan se retirou, ela perguntou para Dona Izabel:“Será que Brennan vai ficar bem comigo aqui? Eu sou uma estranha, não sei o que ele está pensando!”Ela estava desconfiada e inquieta.“Eveline, fique tranquila, eu converso com o Brennan! Você é minha convidada e ficará aqui até quando você precisar.”“Tá bom, obrigada Dona Bel.”Ela agradeceu sentindo-se aliviada.Brennan voltou arrumado e perfumado do quarto, passando por Eveline na sala, a deixando tensa, ele estava de regata e bermuda, saiu para se encontrar com os amigos.Pela manhã, Evelone foi para o estágio no abrigo. Brennan acordou tarde, depois do café, chamou a mãe para conversar, os dois se sentaram na sacada do apartamento e tomaram um chá.Ele começou a contar sobre suas atividades e rotina durante o período em que residiu em outro estado.Depois disso, muito curioso, perguntou sobre Eveline:“Mãe, me conta, quem é essa moça? Por que você não me falou sobre a presença dela aqui em casa?”“Ah, Filho, não se preocupe, a Eveline é uma boa menina, nos conhecemos no abrigo e eu gostei muito dela. Como ela morava em uma pensão, fiquei com pena, sabe! A família dela é do interior e eu a chamei para passar uma temporada aqui comigo, me fazer companhia e ter um lugar decente para morar, afinal, aqui é bastante grande!”Ele continuou a perguntar:“E o que ela estuda?“Ela faz pedagogia na Universidade federal.”“Ai mãe, eu fico preocupado, sabe! Você acabou de conhecer a moça, já põe ela aqui dentro de casa.”“Fique em paz, meu filho!! Eu já a conheço o suficiente, precisamos estender as mãos para quem precisa. Ela é esforçada e estudiosa, eu quis ajudá-la porque não tem ninguém por aqui! ““Tudo bem, mãe, mas, vou conversar com ela também e ficar de olho, hein, prestar atenção nas intenções dela.”Brennan ficou preocupado, já que sua mãe era uma pessoa idosa, de bom coração e acolheria qualquer um que estivesse precisando de ajuda.Para observar e conhecer melhor a índole da moça, ele resolveu morar com as duas, apesar de ter seu próprio apartamento.No dia seguinte, como sempre, Eveline acordou cedo para o estágio no abrigo. Voltou para o almoço, às 13:00.Nesse dia, não teve aula, ela chegou em casa, com muita fome, se dirigiu para a cozinha, fez seu prato e se sentou à mesa. Dona Izabel tinha ido a um congresso de médicos e Salete faxinava o apartamento.Brennan saiu do quarto cumprimentando Eveline. Aproveitando a ocasião, também se serviu para fazer companhia. A moça já ficou acanhada com presença dele ali.Ele começou a fazer perguntas sobre sua vida, seu passado e como ela tinha conhecido sua mãe, apesar de já saber um pouco de sua história, que dona Izabel já havia contado.No entanto, como um bom investigador de polícia, ele queria espionar um pouco mais sobre a vida daquela estranha moça...“E ai Eveline, está gostando de morar com minha mãe? “Estou sim, Dona Izabel é uma pessoa gentil e altruísta, sou muito grata por ter me acolhido aqui.” “Me fala, quantos anos você tem?” “Tenho dezoito anos.” “Nossa! achei que tinha mais.” Brennan soltou um riso, se surpreendendo com a idade da moça.“Me conta um pouco sobre sua família e sua história?” Ela ganhou confiança e começou relatar: “Sou filha única e morava com minha avó no interior, saí de casa para estudar pedagogia aqui na capital.” Curioso, ele continuava a interrogar: “E seus pais?” “Meu pai, eu nunca conheci, minha mãe faleceu quando eu tinha oito anos.” “Mas, de toda família, só tem você e sua avó?” “Tem o meu tio Otávio, ele não morava com a gente, mas, sempre vinha nos visitar.” “Você tem namorado?” Perguntava Brennan obstinado. “Tenho sim, ele mora no Canadá, conversamos bastante por telefone e rede social.” “Vocês nunca se viram?” “Não! A gente não tem condições de viajar para nos encontrar e tamb
“Tá, mãe... Eu também vou sair, vou me encontrar com uns amigos para aproveitar o final de semana.” Eveline, trabalhou na sexta, no sábado e no domingo. Na segunda-feira, estava exausta para o estágio no abrigo. Quando acordou, o café já estava pronto e se sentou à mesa. Brennan a esperava para tomar café juntos, aproveitando a oportunidade para puxar assunto. “Me conta, como foi seu final de semana?” Ele a sondava, cheio de malícia, procurando espiona-la. “Foi bom e cansativo. Trabalhei todas as noites do final de semana, cheguei aqui já tarde, exausta, em silêncio para não acordar vocês.” Toda atenciosa e espontânea, ela foi explicando o que ela fazia no trabalho, sem perceber a desconfiança de Brennan. Eveline era uma moça imatura, cheia de sonhos, vivendo no maior perrengue, lutando para sobreviver. A última coisa que faria para conseguir dinheiro, seria se prostituir, pois estava se resguardando para o Maycon, fazia planos de casar-se e ter filhos. Ela sempre sonhou em fo
Envergonhada, Eveline não sabia como se portar na frente de Brennan, ela adorava comida japonesa, apesar da fome, se conteve e foi comendo aos poucos, até saciar-se. Aproveitando a ocasião, Brennan começou a puxar assunto, perguntando sobre o relacionamento dela: “Me fala mais sobre seu ‘Foreign boyfriend’ (Namorado estrangeiro)” “Ah... ele é carinhoso, super educado, gentil, cavalheiro...” Eveline descrevia o namorado com um ar de paixão. “Você gosta dele?” Continuou Brennan “Sim, faz uns dois anos que a gente tá junto.” “E ele, gosta de você?” “Hum, eu acho que sim!” Ela respondeu, sem jeito. “Você não acha que ele procura outras mulheres lá no Canadá? Pois nós homens temos necessidades e é muito difícil controlar a vontade de sexo.” Brennan falou desinibido. Eveline ficou corada de vergonha, desviou o olhar e encheu a boca de sushi. Depois de alguns segundos, respondeu: “Eu sei que ele é fiel, Maycon jamais me trairia!” A moça acreditava cegamente na lealdade do namor
Muito angustiada, ela perguntou: “Mas, o que eu fiz?”O policial respondeu: “De acordo com o mandado: Furto, agressão e falsidade ideológica.”Ela entrou em pânico! começou a chorar dizendo que era um engano. Em prantos, pediu ajuda Brennan, que era advogado:“Brennan, por favor, me ajuda, não deixe eles me levarem, isso foi um grande equívoco, Deus sabe!”“Fique calma, Eveline, a gente vai resolver! Mas, como eles têm um mandado, você precisa ir para esclarecer os fatos.” Explicou Brennan, tranquilizando a jovem. Os policiais tentaram algemar a moça, que resistiu ficando mais transtornada ainda. Brennan interveio, se apresentando como policial federal.Para amenizar a situação, conversou com os colegas pedindo para eles não algemá-la, garantindo que ela não iria resistir à prisão! Eveline acompanhou os policiais como um animal capturado. Brennan prometeu que iria até a delegacia, em seguida, tentar judá-la.Dona Izabel participava de tudo incrédula e boquiaberta, não sabia o que
“Obrigado por esclarecer os fatos, vou encaminhar seu depoimento ao fórum e o juiz irá agendar uma audiência para dar um desfecho ao caso.” O delegado analisou que não eram crimes graves, Eveline justificou todos os delitos e também era menor de idade quando cometeu. No máximo poderia receber uma média socioeducativa, mas iria depender do juiz. O Delegado reuniu todos os envolvidos e explicou a situação, informando, que o caso iria para o fórum. “Senhor Otávio, já que sua mãe foi a principal vítima, ela poderá ser intimada para testemunhar.”Explicou o delegado.“Não será possível, pois minha mãe faleceu há quase um mês!” Eveline ao ouvir sobre a morte da avó, despencou no chão, sendo amparada por Brennan. Ela chorava descontrolavelmente, sentindo-se culpada pela morte da avó e por não ter despedido.Brennan levou Eveline para casa, no caminho, ela não falou nada, apenas pensava em toda situação com lágrimas nos olhos. Ele iniciou conversa:“Sinto muito pela sua avó!” Ela chorou a
Eveline estava muito tranquila com o desfecho da audiência. Ela continuou sua rotina de sempre, trabalhando, estudando e conversando com seu namorado e com sua amiga keille. Tinha concluído o primeiro semestre da faculdade e estava de férias.Já Brennan, sempre estava trabalhando bastante, à noite também estudava, porque pretendia participar do processo seletivo de uma vaga para delegado na polícia, nos finais de semana frequentava baladas com os amigos.Durante a semana, Brennan resolveu visitar sua mãe, mas ela estava em um evento da igreja, Salete já tinha ido embora. Ele encontrou Eveline adiantando a janta, ela estava de shortinho jeans e regata, estava calor nesse dia, deixando Brennan tenso ao vê-la com aquele look. Eveline ficou surpresa com a visita, o cumprimentou e perguntou se ele queria jantar. Ele respondeu que sim, pois ainda não tinha jantado. Os dois se serviram. Durante a refeição, Brennan perguntou:“Como está indo a faculdade e o trabalho?”“O trabalho está indo
Dona Izabel tinha vontade de encher Brennan de pancadas! Se segurou e o atacou com broncas pesadas:“Isso é muito feio, Brennan!!! Essa menina tem namorado, o que vocês estão fazendo não tem cabimento, isso é indecente!”“Mãe, foi só um beijo! Eveline não teve culpa, eu a provoquei e a beijei.”“Eu não sou criança Brennan, faz tempo que percebo que vocês estão com intimidades. Eu já tinha conversado com você que não iria aceitar esse tipo de imoralidade aqui dentro da minha casa. Não dá mais para Eveline ficar aqui, amanhã mesmo ela vai embora, já deu, já fiz minha parte por essa moça, agora ela vai se virar, pois quebrou minha confiança.”“Mãe, por favor, não faz isso, deixe ela aqui, eu não voltarei mais. Ela não tem pra onde ir!”Brennan apelou.“Eu não perdoo esse tipo de situação, você é meu filho e não pode deixar minha casa por causa dela, ela que tem que sair!” Dona Izabel falou firmemente! “Mãe, pelo amor de Deus, não faz isso, eu estou pedindo!”Ele implorou, preocupado com
A semana foi passando...Eveline não achava um lugar ideal para morar, estava desesperada, o prazo que Dona Izabel estipulou estava acabando, e ela caiu no choro! Sentou-se no chão do quarto começou a rezar, pedindo uma luz! No penúltimo dia do prazo, ela repensou na proposta do Brennan e não teve outra alternativa a não ser aceitar, era a solução mais viável naquele momento.No intervalo do estágio, ela ligou para Brennan, ele estava no trabalho muito ocupado, quando viu que era Eveline, imediatamente atendeu.“Brennan, me desculpe por ligar agora, nem sei se estou te atrapalhando, só queria falar que resolvi aceitar seu convite, vou ficar no seu apartamento, por enquanto, até achar um lugar para ficar. Mas, há condições, apesar de você estar me fazendo um favor!”Ele ficou aliviado e respondeu: “Que bom que você aceitou, vamos fazer o seguinte, a gente conversa pessoalmente hoje à noite, te pego na frente do prédio da minha mãe e a gente vai jantar, aí você me fala sobre as suas co