Envergonhada, Eveline não sabia como se portar na frente de Brennan, ela adorava comida japonesa, apesar da fome, se conteve e foi comendo aos poucos, até saciar-se.

Aproveitando a ocasião, Brennan começou a puxar assunto, perguntando sobre o relacionamento dela:

“Me fala mais sobre seu ‘Foreign boyfriend’ (Namorado estrangeiro)”

“Ah... ele é carinhoso, super educado, gentil, cavalheiro...”

Eveline descrevia o namorado com um ar de paixão.

“Você gosta dele?”

Continuou Brennan

“Sim, faz uns dois anos que a gente tá junto.”

“E ele, gosta de você?”

“Hum, eu acho que sim!”

Ela respondeu, sem jeito.

“Você não acha que ele procura outras mulheres lá no Canadá? Pois nós homens temos necessidades e é muito difícil controlar a vontade de sexo.”

Brennan falou desinibido.

Eveline ficou corada de vergonha, desviou o olhar e encheu a boca de sushi. Depois de alguns segundos, respondeu:

“Eu sei que ele é fiel, Maycon jamais me trairia!”

A moça acreditava cegamente na lealdade do namorado.

Ao terminarem o jantar, Brennan pagou a conta e os dois foram para o carro. Ainda no estacionamento, ele fez outro convite:

“Vamos nos divertir um pouco, esta noite? Queria te levar em um barzinho aqui perto, pra gente curtir!”

Educadamente, ela respondeu:

“Brennan, eu não posso ficar saindo com você, eu tenho namorado, não fica legal, sabe!”

“Mas, a gente não vai fazer nada demais, apenas curtir a noite, tomar uma bebida, dançar, conhecer novas pessoas.”

Ele persistiu.

“Melhor não! Eu estou cansada, quero tomar um banho e relaxar!”

Na verdade, Eveline estava arranjando desculpa para não sair com Brennan. Eles foram para casa... No caminho, ela agradeceu pela companhia, pela carona e pela janta.

Já no apartamento, Dona Izabel estava no seu quarto e percebeu que Eveline saiu e voltou com Brennan.

A senhora começou a desconfiar que os dois passaram a noite juntos, já que ela voltou mais tarde que nos outros finais de semana.

Dona Izabel não queria acreditar, pois sabia que Eveline era comprometida e confiava nos princípios da jovem.

Eveline, foi direto para o banho. Brennan também foi tomar banho, quando ele terminou, viu que ela estava falando com alguém no telefone em seu quarto.

Sorrateiramente, se aproximou da porta, que estava entreaberta, procurando escutar a conversa.

Ela falava com seu namorado Maycon. A moça contava como foi o seu dia, Maycon também relatava o dia dele.

“Me fala, o que você está vestindo?”

Maycon estava com tesão em falar com a namorada.

“Estou de pijama e robe.”

Ela respondeu espontânea, eles tinham certas intimidades pela internet.

“Me deixa ver então, gata!”

“Ver o que? É só minha roupa de dormir.”

Ela falou descontraída.

“Quero ver a cor do seu pijama, antes de dormir, não precisa mostrar tudo, vai!”

Eveline abriu seu robe e posicionou o celular, mostrando seu corpo sensual, vestido com um pequeno pijama!

“Obrigado gostosa! Não vejo a hora de devorar esse corpinho te vendo assim. Estou fazendo de tudo para a gente se encontrar no final do ano, estou louco para fazer tudo que sonhei com você.”

“Também não vejo a hora da gente ficar juntos de verdade.”

Respondeu Eveline apaixonada.

“Tá bom minha preciosa, vou te deixar descansar, porque sei que seu dia foi puxado!”

Os dois se despediram com declarações de amor carinhosas.

Brennan, escutava toda a conversa entre o casal, mesmo o diálogo sendo em inglês, pois ele também era fluente no idioma.

Enquanto ouvia aquelas intimidades, ele ficou excitado, imaginando como o tal do Maycon era sortudo!

Foi deitar-se inquieto com o b**e papo dos dois, desejando estar no lugar do Maycon, pois pessoalmente poderia realizar aquelas fantasias com Eveline.

Na segunda-feira, Eveline começou com a mesma rotina de ir para o estágio no abrigo, voltava para almoçar e ir para faculdade.

À noite, Dona Izabel se recolheu para dormir, deu boa noite e foi para o seu quarto. Brennan também deu boa noite para Eveline e saiu para deitar-se.

Antes de dormir, Eveline estudou um pouco, viu algumas mensagens no celular, conversou com keille e depois foi na cozinha tomar água, deduzindo que todos já estavam dormindo, também pegou uma fruta, pois ainda estava com fome.

Escutando um barulho sutil, Brennan saiu do quarto e deu de cara com ela na cozinha vestida com seu pequeno pijama, o mesmo da noite que conversava com o namorado. Brennan sentindo-se privilegiado com a cena que viu, parou e ficou observando o corpo esbelto da garota!

Ela esbanjava de lindas pernas, seios médios e cintura um pouco fina, seu cabelo era pretos anulados, que chegava quase na cintura e feições de mulher madura, apesar de ter dezoito anos. Brennan se viu atraído por aquela mulher.

A luz estava fraca, quando ela percebeu a silhueta do homem ali em pé, se assustou, bebeu sua água rapidamente e foi saindo sem querer falar nada.

Brennan com o seu “biotipo extra G” obstruiu a passagem, ficando ali quase que paralisado.

“Dá licença, por favor!”

Ela falou séria!

“Sua vestimenta está bem ousada em uma casa de família, não acha?”

Questionou Brennan com voz baixa e pausada.

“Desculpa, achei que você estava dormindo!”

Ela justificou extremamente constrangida!

“Não precisa se desculpar, porque eu adorei esse espetáculo de corpo! Você é perfeita, sabia?”

Eveline, pediu licença mais uma vez, ele se afastou, lentamente, a encarando. Sem demora, a moça foi para seu quarto e se trancou por lá.

Ela ficou toda arrepiada com aquele vexame, parecia que aquele homem estava embriagado!

Ele sempre a respeitou, ela nunca esperava uma cantada daquele nível. Se culpava pelo jeito que saiu do quarto com uma vestimenta inadequada.

No dia seguinte, Salete e Dona Izabel preparavam o café da manhã. Eveline também acordou cedo e ajudou as duas a colocarem à mesa. Brennan levantou-se em seguida de bom humor, cumprimentando todas com bom dia.

Quando já estavam servindo, o interfone tocou! Brennan atendeu e mandou subir!

“Quem era?”

Perguntou Dona Izabel curiosa.

Brennan respondeu tranquilamente:

“A polícia!”

Dona Izabel hesitante, perguntou:

“A polícia?! Mas o que eles querem?”

“Devem ser amigos meus.”

Pois Brennan também era da polícia.

A companhia tocou, ele atendeu a porta, pedindo para entrar, os policiais deram bom dia, se apresentaram e disseram:

“Estamos procurando Eveline Rashid!”

Eveline quase tinha um troço, se apresentando apavorada.

“Bom dia! Sou eu, o que os senhores desejam?”

Um dos policiais com um mandado de ordem de prisão na mão, respondeu:

“Eveline Rashid, temos um mandado de prisão contra você, você é procurada pela justiça e viemos cumprir o mandado!”