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8 - Será que ela vai acreditar em mim?

“Obrigado por esclarecer os fatos, vou encaminhar seu depoimento ao fórum e o juiz irá agendar uma audiência para dar um desfecho ao caso.”

O delegado analisou que não eram crimes graves, Eveline justificou todos os delitos e também era menor de idade quando cometeu. No máximo poderia receber uma média socioeducativa, mas iria depender do juiz.

O Delegado reuniu todos os envolvidos e explicou a situação, informando, que o caso iria para o fórum.

“Senhor Otávio, já que sua mãe foi a principal vítima, ela poderá ser intimada para testemunhar.”

Explicou o delegado.

“Não será possível, pois minha mãe faleceu há quase um mês!”

Eveline ao ouvir sobre a morte da avó, despencou no chão, sendo amparada por Brennan. Ela chorava descontrolavelmente, sentindo-se culpada pela morte da avó e por não ter despedido.

Brennan levou Eveline para casa, no caminho, ela não falou nada, apenas pensava em toda situação com lágrimas nos olhos. Ele iniciou conversa:

“Sinto muito pela sua avó!”

Ela chorou ainda mais...

“Não fica assim! Eu entendi o que aconteceu, sei que você não teve maldade, você vai continuar lá em casa, vai para aquela audiência, que não vai dar em nada, eu acredito em você e quero que fique bem!”

A moça agradeceu, com o coração partido.

“Nossa, como seu tio é cruel!”

Afirmou Brennan.

“Sim, ele quer me destruir, por conta da herança da nossa família, pois sempre me considerou como uma neta bastarda.”

“Pelo menos você carrega o sangue da família, né?! E ele não.”

Brennan ficou com dó da garota, pela perda da avó e pelas acusações sem fundamentos que seu tio plantou.

Ela deu uma justificativa plausível para as acusações, ele se arrependeu de tê-la denunciado e jamais queria que ela descobrisse, que tinha sido ele o responsável pela denúncia.

“Agora estou preocupada, meu tio sabe onde eu moro.”

“Não se preocupe, ele não é louco em aparecer lá em casa.”

“E sua mãe? Será que ela vai acreditar em mim também? Foi muito constrangedor aqueles policiais na casa dela, me retirando como se eu fosse uma criminosa.”

“Fique tranquila, vou conversar com minha mãe, ela vai entender e tudo vai se resolver.”

Quando os dois chegaram em casa, Brennan pediu que a Eveline fosse descansar e chamou Dona Izabel para conversar.

“Então filho, me conte, o que aconteceu?”

“Mãe, Eveline é inocente de todas as acusações contra ela, tudo foi armação do tio para prejudicá-la. Todas as denúncias eram sem cabimento.”

Brennan, explicou toda a situação e todas as acusações, porém, mesmo assim, Dona Izabel ficou chateada pelo que aconteceu, pela presença da polícia na sua casa.

“Brennan filho, será uma boa ideia a Eveline continuar morando aqui? Pois ela furtou dinheiro da avó, também ando suspeitando que vocês dois tenham um caso!”

“Mãe, somos amigos, não aconteceu nada ente nós!”

“Espero que não Brennan! Eveline é comprometida, ficaria muito feio ela trair o namorado, ainda mais aqui dentro de casa!”

Ele insistiu com a mãe, falou que Eveline era uma menina íntegra e que ela poderia sim, continuar morando no apartamento. ele pediu que a mãe confiasse na moça.

“Mãe, trate ela bem, converse com ela, por favor, não a deixe constrangida! Ela não teve culpa e jamais a deixe saber que fui eu que chamei a polícia!”

Brennan cochichou!

“Tudo bem, filho! Vou dar mais uma chance, mas a gente precisa ficar de olho, mais um vacilo e ela vai embora.”

“Não se preocupe, ela não vai lhe decepcionar!”

Mais tarde, Dona Izabel conversou com a Eveline e falou que sentia muito pela morte da avó e por tudo que aconteceu.

“Muito obrigada de novo, Dona Bel, pela oportunidade! Me perdoe pelo ocorrido, não queria causar esse constrangimento da polícia entrar na sua casa.”

“Imagina, vamos superar tudo juntas.”

Os dias foram passando, Eveline se recuperava do luto pela sua avó, fazia um mês que tinha acontecido aquela situação da polícia levá-la da casa de Dona Izabel.

No dia da audiência, Eveline foi para fórum com Brennan. A audiência foi bem-sucedida, Eveline foi absorvida de todas as acusações, para a infelicidade do seu tio. No caminho de volta para casa, Brennan comunicou uma decisão uma a Eveline:

“Agora que você está bem e que tudo foi superado, vou deixar o apartamento da minha mãe e me mudar para o meu. Pois, não quero tirar privacidade de vocês.”

Na realidade Brennan não queria causar problema para Eveline, pois era tentador viver debaixo do mesmo teto que ela.

“Brennan, sou muito grata por você ter me ajudado e por tudo que fez por mim. Se não fosse você eu nem sei onde estaria agora. Que você seja feliz no seu apartamento e que a gente continue sendo amigos.”

“Chega de declarações!”

Brincou Brennan.

“Não vou mudar de país, nos finais de semana visitarei vocês e quero aquele delicioso almoço, que só você sabe fazer.”

“Pode deixar!”

Ela respondeu sorridente.

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