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Capítulo 2 - Convencidos pelos Destino

Maeve

A batida na porta me fez sentir um aperto no peito. Já sabia quem era. Quando abri, Ricardo estava lá, com seu habitual ar de confiança. Ele não disse nada por um momento, apenas me olhou como quem já sabia a resposta.

— Então, Maeve, qual é a sua decisão? — Ele perguntou, direto, como sempre.

Eu o encarei, lutando com os pensamentos que me mantinham acordada na noite anterior. Minha avó estava cada vez mais frágil, e as contas do hospital estavam muito além do que eu poderia pagar. Mas aceitar aquela proposta... era algo que não consegui decidir tão facilmente.

— Ainda não sei, Ricardo. Isso é muita coisa para digerir — respondi, cruzando os braços.

Ele entrou na sala sem esperar um convite, olhando ao redor, como se estivesse inspecionando o ambiente.

— Olha, Maeve, eu sei que você tem muitas preocupações. Sua avó, o hospital... Mas eu já falei, essa é uma oportunidade que vai te ajudar muito. Estou falando de 200 mil dólares depositados diretamente na sua conta assim que o acordo for concluído. Isso vai cobrir todos os custos médicos dela e mais. — Ele deu um passo à frente, os olhos fixos nos meus. — E eu posso garantir que ela terá o melhor cuidado.

Meu coração acelerou. O valor era algo inimaginável para mim. Com isso, eu poderia não só pagar o hospital como também garantir que minha avó tivesse conforto em seus últimos dias. Mas havia um porém.

— E se... eu aceitar, como vai funcionar? E o dinheiro, você realmente vai transferir?

Ricardo não hesitou.

— Assim que o acordo estiver selado, o dinheiro será depositado. 200 mil, direto na sua conta. E eu já dei ordem para que o hospital seja pago. Não se preocupe, sua avó já está sendo cuidada como se fosse a minha própria família.

A última frase me atingiu com força. Ele já havia custeado o hospital? Antes mesmo de eu aceitar o acordo? Aquilo me fez sentir ainda mais pressionada. Não havia volta.

— Você já pagou o hospital? — perguntei, incrédula.

— Claro. Quando me comprometo com algo, não deixo nada pela metade. E, sinceramente, não posso deixar sua avó em uma situação precária enquanto você pensa sobre o acordo. Ela merece o melhor tratamento, e eu garanto isso a você.

Suspirei, sem saber o que dizer. Ricardo parecia decidido a resolver tudo à sua maneira. Eu estava sendo empurrada para uma situação em que não tinha escolha.

— Tudo bem, eu aceito. Mas preciso que entenda que isso não é fácil para mim.

Ele assentiu, satisfeito.

— Sei que não é fácil, mas você vai ver que é a melhor decisão que poderia tomar. Vou te buscar em algumas horas. E não se preocupe, voltaremos a tempo para o aniversário da sua avó.

(...)

Mais tarde, eu estava pronta para a viagem. Ricardo já me esperava no carro, e eu tentava acalmar os pensamentos. Tudo parecia estar fora do meu controle. Ao descer as escadas do prédio, senti meu pé escorregar no último degrau. Foi rápido, e a dor me atingiu com uma intensidade que me fez gritar.

— Droga! — gritei, vendo meu pé torcido em um ângulo estranho.

A dor era excruciante. Em questão de segundos, Ricardo apareceu ao meu lado.

— Maeve, o que aconteceu?! — Ele se ajoelhou ao meu lado, seus olhos arregalados.

— Acho que quebrei o pé... — respondi, tentando controlar o choro.

Ele não hesitou. Puxou o celular e rapidamente chamou uma ambulância. Eu mal conseguia respirar de tanta dor.

Ricardo

Enquanto a ambulância levava Maeve para o hospital, fiquei ao lado dela, assistindo impotente. Tínhamos uma viagem importante, e agora tudo parecia ter ido por água abaixo. Assim que chegamos ao hospital, lembrei-me do que havia prometido. Tudo estava sob controle em relação à sua avó, mas agora Maeve estava imobilizada.

Minha mãe ligou assim que me sentei na sala de espera.

— Ricardo, querido, onde estão vocês? Já está tudo pronto para o jantar. Não vejo a hora de conhecer sua noiva — disse ela, empolgada como sempre.

Eu suspirei, sentindo o peso da situação.

— Mãe, tivemos um imprevisto. Maeve sofreu um acidente e estamos no hospital.

— No hospital? Oh, meu Deus! Ela está bem?

— Ela quebrou o pé. Estamos esperando os exames, mas está tudo sob controle. Vamos chegar mais tarde do que o planejado.

Houve uma breve pausa antes de minha mãe responder.

— Bem, o importante é que ela esteja bem. Mantenha-me informada, querido.

Desliguei o telefone e voltei minha atenção para Maeve, que estava deitada no quarto do hospital. Seu pé estava imobilizado, e ela parecia derrotada.

— Me desculpe por isso, Ricardo — ela murmurou, olhando para mim com um olhar cansado.

— Não foi culpa sua. Só quero que você fique bem — respondi, tentando soar mais calmo do que realmente estava.

Foi quando Gustavo entrou no quarto, segurando seu telefone.

— Maeve, você vai ficar bem. O pé está imobilizado corretamente, mas vai precisar de um bom tempo de repouso. Nada de esforços pelos próximos dias, ok?

Maeve assentiu, ainda com os olhos tristes. Eu estava frustrado com tudo, mas sabia que ela não precisava de mais pressão.

— Ricardo, tenho uma surpresa para Maeve — disse Gustavo, com um sorriso.

Ele ativou a chamada de vídeo no celular, e, para minha surpresa, a tela mostrou minha mãe, ao lado da avó de Maeve, sorrindo largamente. Havia balões e um bolo pequeno ao fundo.

— Feliz aniversário, minha querida! — minha mãe disse, animada.

A emoção tomou conta de Maeve, que começou a chorar. A avó dela estava radiante, e ver aquilo mexeu comigo mais do que eu esperava. Gustavo havia organizado tudo para que Maeve não perdesse aquele momento especial, e pela primeira vez, senti algo diferente ao vê-la.

— Obrigada, Ricardo. Obrigada por tudo — Maeve disse, a voz trêmula, os olhos ainda cheios de lágrimas.

Eu sorri, sentindo-me tocado pela situação. Não era algo que eu esperava sentir, mas estava ali. Quando a chamada terminou, Maeve me olhou.

— Parece que vamos ter que lidar com as perguntas da sua mãe agora, não é?

— Sim, mas não se preocupe. Vamos dar um jeito nisso.

Eu olhei para ela e, pela primeira vez, tudo parecia mais do que apenas um acordo.

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