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O investigador-chefe analisou os relatórios sobre o incêndio que destruiu o apartamento de Lucian e sua esposa. Algo não estava certo. Apesar de inicialmente parecer um acidente trágico, novas evidências surgiram, levantando suspeitas.Investigador: Não é comum um incêndio tão rápido e intenso como esse. O laudo preliminar do corpo de bombeiros indica que o fogo começou de forma proposital, possivelmente com algum tipo de aceleração.Um dos policiais que investigava o caso entrou na sala com mais informações.Policial: Chefe, temos um problema maior. Verificamos que Lucian, o marido da vítima, não estava no apartamento na hora do incêndio. Aliás, ele está desaparecido. Ninguém o viu desde a noite do incêndio.Investigador: Desaparecido, é? Isso não é nada bom. O que mais você conseguiu descobrir sobre ele?Policial: Bom, parece que Lucian estava com dificuldades financeiras. Ele foi demitido do último emprego após denúncias de assédio contra alunas. Ele também tinha uma série de dívida
Desde que passou aquele final de semana especial na casa de Olavo, ficou estabelecida uma nova tradição: todos os finais de semana, Eduardo, Karina, José, Vitória e Carlinhos iam para a casa dele. Lá, aproveitavam o tempo juntos como uma grande família, repleta de amor e união. Naquele dia, porém, Vitória tinha um curso importante e não conseguia buscar Carlinhos na casa de Karina depois de chegar da escola, então Olavo disse que buscaria ele e cuidaria dele, e a noite Olavo buscaria ela no curso. Olavo, sempre disposto, foi buscar o menino na escola. Assim que Carlinhos entrou no carro, com sua mochila colorida e o sorriso de sempre, começou a contar sobre seu dia, empolgado com as novidades. Carlinhos: Papai Olavo, hoje eu fiz um desenho muito legal na escola! Fiz um cavalo porque você disse que gosta, e a professora disse que ficou bonito! Olavo ficou emocionado com o jeito espontâneo do menino. Olavo: É mesmo, campeão? Mal posso esperar para ver. Tenho certeza de que ficou inc
Vitória estava inquieta nos últimos dias. Sempre que saía, tinha a sensação de estar sendo seguida. O desconforto era constante, e mesmo dentro da casa de Olavo, onde deveria se sentir seguro, ela não conseguia relaxar. Algo estava errado. Pela manhã, enquanto Olavo preparava o café, Vitória ficou parada na sala, segurando o celular, decidida. Ela discou o número de Madre Tereza, a freira que havia sido seu porto seguro durante os tempos difíceis no convento. Vitória: Madre, sou eu, Vitória... Preciso falar com a senhora. Algo estranho está acontecendo. Do outro lado da linha, a voz acolhedora da mãe rapidamente acalmou um pouco do pânico que Vitória sentiu. Madre Tereza: Filha, o que houve? Você está bem? Vitória suspirou, lutando contra as lágrimas. Vitória: Eu não sei... Sinto que alguém está me seguindo. E essa sensação... É como se fosse algo do passado voltando para me assombrar. Houve um breve silêncio antes de Madre Tereza responder, sua voz carregada de preocupaçã
Lucian estava cada vez mais impaciente. Para ele, Vitória e Carlinhos eram mais do que apenas parte do passado — eram a chave para o futuro que ele tanto almejava. Recuperar a herança que só seria liberada com a presença do menino era a prioridade dele, e ele estava disposto a tudo para conseguir o que queria. A ideia de desaparecer com Vitória e Carlinhos, sumindo para sempre, parecia perfeita. Enquanto isso, Vitória e Olavo estavam mais atentos do que nunca. O clima de tensão tomava conta de suas rotinas, e cada pequeno detalhe parecia suspeito. Naquele dia, quando Carlinhos foi para a escola, decidiram agir com precaução. Vitória, para a diretora da escola: Por favor, não liberem meu filho para ninguém além de mim, Olavo, Karina e Eduardo. Qualquer outra pessoa que aparecer, ligue-os imediatamente para a gente. É uma questão de segurança. A diretora, percebendo a seriedade na voz de Vitória, apenas prontamente. Diretora: Pode deixar, senhora Vitória. Vamos redobrar a atenção
Eduardo e Karina estavam vivendo dias cada vez mais harmoniosos desde que ela e José se mudaram para o apartamento dele. O espaço, embora confortável, logo foi mostrado pequeno para a nova configuração familiar. Karina, que havia entregue sua kitnet após o susto da invasão, não queria mais viver sozinha e se sentir segura ao lado de Eduardo. Eduardo, determinado a proporcionar um lar ideal para sua nova família, começou a procurar um apartamento maior. Não demorou muito para encontrar o lugar perfeito: um imóvel espaçoso, com dois quartos, um escritório, uma cozinha prática, uma ampla sala de estar, e uma varanda generosa com vista para o bairro. A mudança foi um momento especial para todos. Karina e Eduardo fizeram questão de preparar o quarto de José com todo o carinho. O pequeno ganhou o quarto dos seus sonhos: paredes decoradas com o tema de super-heróis, prateleiras repletas de brinquedos, e até uma cama estilizada como o carro do Batman. Quando José viu seu novo espaço, seus ol
Camila não conseguia acreditar no que ouvia. Sentada em sua luxuosa sala de estar, decorada com móveis impecavelmente caros e um lustres reluzente, ela apertava a taça de vinho com tanta força que parecia prestes a quebrá-lo.Camila (pensando): Eduardo... casado? E com um filho? Como assim? Quem é essa mulher? De onde saiu esse menino?Ela bufou, jogando a taça na mesa e se levantando. O orgulho ferido a consumia. Sempre fora admirada, desejada por todos os homens, e, ainda assim, Eduardo resistia a todas as suas investidas.Camila se lembrava de todas as tentativas frustradas. Quando tentou impressioná-lo com sua beleza, ele a ignorou. Quando tentou usar sua riqueza, oferecendo ajuda com seus investimentos, ele recusou. E, pior, quando teve a ousadia de tentar beijá-lo durante um evento beneficente, ele se retirou educadamente, mas com firmeza, como se ela não significasse nada.E agora, ele estava comprometido. Não com qualquer mulher, mas com aquela... Karina. Uma mulher simples, s
No dia seguinte, Eduardo chegou ao hospital tomado por raiva. Ele não conseguia esquecer o que havia acontecido com seu celular e o impacto que isso causou em sua relação com Karina. Determinado a resolver a situação, ele foi diretamente até Camila, que estava no corredor conversando com outros colegas.Eduardo: (furioso) Camila, chega de joguinhos! O que você fez não vai ficar assim!Camila virou lentamente, cruzando os braços com um sorriso debochado no rosto.Camila: (com desdém) Eu? Do que você está falando, Eduardo? Está me acusando de algo sem provas? Que feio para um médico...Os outros médicos e enfermeiros no corredor pararam o que estavam fazendo e começaram a observar a cena.Eduardo: (elevando a voz) Não se faça de desentendida! Você roubou meu celular, atendeu minhas ligações e disse para minha esposa que nós estávamos tendo um caso! Você tentou destruir minha família, sua maluca!Camila riu, jogando os cabelos para trás, claramente aproveitando o momento.Camila: (provoca
Quando Olavo estava dando um curso em uma faculdade quando recebeu a ligação contando sobre o acidente, ele sentiu o chão desaparecer sob seus pés. A notícia de que Vitória e Karina foram perseguidas e envolvidas em um acidente fez seu coração disparar. Ele saiu apressado da faculdade, dirigindo rápido até o hospital, incapaz de pensar em outra coisa além da segurança de Vitória. Ao chegar ao hospital, encontrou Vitória sentada na sala de exames com Karina ao lado. Ambas calmas, mas fisicamente bem, com algumas escoriações e um semblante cansado. Olavo : (ajoelhando-se na frente de Vitória, segurando suas mãos) Meu amor, você está bem? Machucou muito? Meu Deus, eu fiquei desesperado... Vitória : (com a voz trêmula, mas tentando tranquilizá-lo) Eu estou bem, amor. Só umas dores por causa do cinto, mas nada grave. O importante é que estamos vivas. Olavo um abraço com força, como se quisesse protegê-la de todo o mal do mundo. Logo depois, Eduardo chegou, também visivelmente preocupado