Capítulo 0045
As viagens de metrô em horário de pico são das coisas mais pitorescas que você pode imaginar. No final do corredor está aquele cantor recolhendo moedas e desafinando; no assento atrás de mim um bebê chorando alto e na minha frente dois idosos discutindo sobre política.

Depois estou eu agarrada na barra, morta de cansaço e com outro grande incômodo à minha direita. Giana rindo como uma criança do jardim de infância. Sou a origem das suas risadas.

— Já é quinta-feira. Faz três dias que você está zombando de mim. Não cansa não? — critico ajeitando a bolsa no ombro.

— Você acha que isso são zombarias? Não são — mente tão agarrada na barra quanto eu — São gestos de apoio disfarçados de nervosismo. Que por acaso parecem risadas.

Mordo minha língua diante de sua resposta pomposa. Ela está assim desde que resumi que Luciano me pediu em casamento, me deu esse anel de noivado e ela mesma viu como desrespeitamos seu sofá.

— Segura seus "gestos de apoio" pra mais tarde, quando voltarmos pro escrit
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