Um contrato com o Alfa
Um contrato com o Alfa
Por: Ellencarolinne
01. Bem-vinda a cidade

Elena Evans.

O som dos pneus esmagando o cascalho foi a única coisa que quebrou o silêncio enquanto o táxi parava em frente a uma casa antiga e esquecida no fim de uma rua estreita. Paguei ao motorista e desci com as malas nas mãos, o vento frio da Transilvânia me envolvia como uma lembrança de que aquele lugar não era Nova York. Infelizmente. Brașov era no fim do mundo.

Assim que o táxi partiu, percebi que as ruas estavam vazias demais para o horário. O silêncio absoluto me causou um arrepio. Enquanto caminhava até a porta, uma sensação incômoda se instalou em mim. Era como se estivesse sendo observada.

Olhei para a casa. Suja, coberta de teias de aranha, parecia que ninguém tinha posto os pés ali em décadas. Essa era a minha nova vida. Um novo começo, mas de um jeito que eu nunca imaginaria. Com os bolsos vazios e uma vida destruída, meus pais haviam falecido em um acidente e tudo o que me restava era apenas esse lugar e algumas economias.

Suspirei e empurrei a porta, sentindo uma estranha resistência. O ar dentro da casa era denso, como se as paredes guardassem segredos que preferiam permanecer enterrados. Joguei minhas malas no chão, tentando ignorar o vazio dentro de mim.

Decidi sair para explorar um pouco a cidade e ver se encontrava algo para comer. As ruas de Brașov pareciam ter parado no tempo, com suas construções antigas e a iluminação fraca dos postes de luz espalhados em intervalos irregulares. Poucas pessoas andavam por ali, e as poucas que vi murmuravam entre si quando eu passava.

Virei uma esquina e entrei em um beco estreito, tentando cortar caminho até uma rua maior. O erro ficou claro no instante em que ouvi passos apressados atrás de mim. O som ecoava nas paredes de pedra, e uma onda de adrenalina percorreu meu corpo.

Acelerei o passo, mas os passos atrás de mim fizeram o mesmo. Meu peito subia e descia rapidamente enquanto tentava manter a calma. Foi quando um vulto escuro surgiu na minha frente.

"Olha só o que temos aqui… "A voz do homem era baixa e carregada de algo que me fez estremecer.

"O que você quer?" eu dei dois passos para trás."

"Temos uma carne nova no pedaço."ele se aproximou me segurando pela cintura."

"Me solta seu louco!" me debati contra o homem." SOCORRO!" gritei."

Antes que eu pudesse reagir, outra sombra se moveu.

Um homem. Seus olhos eram azuis intensos, seus cabelos pretos como a noite, e um olhar que eu não sabia descrever.

Ele apareceu do nada, se colocando entre mim e o homem, sua postura tensa e dominante. O estranho hesitou, e por um instante pareceu lutar contra a própria vontade de recuar. Mas o que havia chegado agora não disse nada, apenas o encarou, e aquilo foi suficiente para que o pervertido desaparecesse na escuridão.

Minha respiração estava descompassada. O que diabos tinha acabado de acontecer?

Antes que eu conseguisse agradecer, ele se virou para mim, seus olhos ainda mais frios do que antes.

"Vá embora,dessa cidade patricinha. Esse lugar não é para você. "Sua voz era dura, quase um aviso.

"Primeiramente, obrigado por me salvar." respirei fundo." Qual seu nome."

Ele me encarou friamente.

"Mason." seus olhos me analisaram." Mason Blake. E não quero seu agradecimento."

E então, sem esperar resposta, ele se afastou, sumindo na noite.

Eu deveria o escutar? Talvez. Mas algo dentro de mim dizia que ir embora não era uma opção.

Mais tarde naquela noite, quando finalmente consegui dormir, um sonho estranho tomou conta de mim. Estava em uma floresta densa, envolta por névoa. Sussurros ecoavam ao meu redor, e sombras se moviam entre as árvores. No centro da clareira, uma figura me observava, seus olhos brilhando no escuro. Um arrepio subiu por minha espinha.

Acordei ofegante, o coração disparado. Algo estava errado. E de alguma forma, eu sabia que Mason Blake fazia parte disso.

Meu coração disparou. Meu corpo queria correr, mas minhas pernas não obedeciam.

Antes que pudesse me recompor, meu celular vibrou. Um número desconhecido.

Ao abrir a mensagem, meu estômago revirou.

“Você tem pendências financeiras com o hospital de Nova York, senhorita Evans. Sua dívida continua ativa. Entre em contato imediatamente para evitar ações legais.”

A mensagem foi um soco no estômago. As contas do hospital. Eu tinha tentado esquecer disso, mas ali estavam, voltando para me assombrar. Como eu pagaria aquilo? Não tinha dinheiro, nem sequer um plano. Meu coração disparou. Eu precisava de um emprego. Urgente.

Antes que pudesse processar a situação, um barulho veio da porta. Um leve farfalhar, quase imperceptível. Olhei ao redor e fui até a entrada. Quando abri a porta, apenas o vento frio da madrugada me recebeu. Mas algo estava ali. Um bilhete dobrado no chão.

Peguei o papel com dedos trêmulos e o desdobrei.

“Não confie nele.”

Meu estômago revirou novamente. Meus olhos percorreram a rua escura, mas não havia ninguém à vista. Quem tinha deixado isso? E, mais importante, sobre quem estavam falando?

Olhei para todos os lados, não havia ninguém. Fechei a porta e tranquei tudo rapidamente. Meu corpo estava tremendo, eu não estava segura nessa cidade, mas precisava ficar aqui.

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