Nollan HoffmannA aterrissagem nas Maldivas começa com uma vista impressionante. Conforme o avião se aproxima, o azul profundo do oceano começa a se mesclar com o azul turquesa da água cristalina, criando um contraste vibrante com as ilhas de areia branca que surgem no horizonte. Os atóis parecem manchas verdes rodeadas por águas cristalinas, com pequenas cabanas sobre o mar, conectadas por passarelas que dão a sensação de terem sido feitas especialmente para nos receber.Enquanto o avião desce suavemente, conseguimos ver os recifes de corais brilhando sob a luz do sol, com o mar calmo refletindo o céu claro e as nuvens dispersas. As ilhas parecem pequenos oásis no meio de um vasto paraíso azul, dando a impressão de que estamos no paraíso.Entrelaçando nossos dedos, sorri ao ver que Laysla está ressonando ao meu lado, alheia ao fato de que estamos em Maldivas, e só em pensar no que me motivou a trazê-la aqui, já sinto meu peito queimar por antecipação. Essa noite eu farei um pedido que
Vinte e poucos anos antes… — Será que isso vai ser o suficiente?Ouço Melinda Hoffmann perguntar enquanto eu e Mavis organizamos as crianças na sala compartilhada, tentando manter a animação sob controle. O clima deveria ser de festa, afinal, era o aniversário de Nollan, e ele tinha convidado seus amigos mais próximos da escola para comemorar. No entanto, a tensão entre ele e Laysla ficou visível. Desde o incidente com o copo de café gelado na semana passada, os dois, inseparáveis desde sempre, não trocaram uma palavra.Soa estranho.Laysla estava emburrada num canto, claramente se recusando a participar das brincadeiras. Nollan, embora tentasse se distrair com os outros amigos, conseguia lançar olhares na direção dela de tempos em tempos, uma mistura de culpa e teimosia em seu rosto. A história que circulou era de que eles tinham brigado feio na escola depois do café derramado, resultando em uma guerra de água e areia no recreio. Parecia algo bobo, mas para eles estava sendo levado
Laysla Albuquerque.Estendendo minha mão, solto um suspiro sonolento quando tento pegar meu celular ao lado da mesa de cabeceira. O som do despertador é quase como uma sirene ensurdecedora todos os dias às 5:30 da manhã.Abrindo meu olhos lentamente, vejo que tudo está escuro, exceto pelo maldito celular que vai tocar mais uma vez.Chutando minha coberta, franzi a testa com pena de mim mesma após desativar o despertador do dia, e joguei meu celular sobre o colchão, fazendo força o suficiente para me levantar após um rápido alongamento que durou poucos segundos. Meu corpo todo dói. Ainda sou jovem mas a lombar insiste em dizer que tenho 80 anos.Me direcionando até o banheiro, me despi e entrei embaixo do chuveiro para um banho rápido, na tentativa de espantar aquela preguiça do corpo, pois confesso, não tem sido fácil. Todo o trabalho duro, longas horas de trabalho e pouco tempo para dormir tem consumido muita energia.Estou exausta até para respirar.Já faz duas semanas que estamos
Laysla AlbuquerqueDe volta a minha rotina atarefada, resolvi deixar meus problemas pessoais de lado por um momento e me concnetrar na sobrevivencia do dia, o que tem já tem sido uma prova e tanto.Assim que o elevador parou no último andar, depositei a minha bolsa, e pastas em cima da mesa, e logo me direcionei até a sala do meu chefe para averiguar se tudo esta em ordem. Todos os dias, eu chego 15 minutos antes do horário para garantir que está tudo impecável como deixei no dia anterior. Mesmo que Mavis não venha até a empresa, eu tomo os devidos cuidados, só não contava que no momento em que eu acionasse a maçaneta, a porta seria aberta para dentro, me puxando abruptamente para frente, me fazendo cair de joelhos no chão com força e desengonçadamente e em seguida um som estalado me arrancar do meu próprio susto e torpor.Esse som foi da minha saia rasgando?Droga…Nem percebi quando fui puxada para cima segundos depois. Mãos firmes, quentes e okay... bem grandes me fizeram engolir o
Nollan HoffmannNada tira da minha cabeça que meu pai está inventando esse problema cardíaco somente para me trazer de volta para Nova York.Sei que já faz mais de 10 anos desde que fui embora para Londres, mas aqui estou eu mais uma vez. Sendo obrigado a cuidar de uma empresa que não queria para mim.Em meus 36 anos de vida, nunca pensei que seria trazido de volta à realidade americana. Dias caóticos, e cheios de gente correndo atrás dos seus próprios propósitos. Eu estava habituado a um outro ritmo de vida. Trabalhava e ia direto para minha cobertura onde ninguém mais tinha acesso a mim até o dia seguinte, e agora, estou aqui, em uma sala que dá acesso a uma das mais importantes empresas do país.Sei que sou bom o suficiente para fazer essa empresa prosperar ainda mais, porém, não me sinto satisfeito com isso. Ter que largar meus deveres em Londres e ter que me adaptar com uma nova rotina, novas pessoas e novos hábitos só me faz ter uma sensação assombrosa de irritação.Olhando a pol
Nollan HoffmannNada tira da minha cabeça que meu pai está inventando esse problema cardíaco somente para me trazer de volta para Nova York.Sei que já faz mais de 10 anos desde que fui embora para Londres, mas aqui estou eu mais uma vez. Sendo obrigado a cuidar de uma empresa que não queria para mim.Em meus 36 anos de vida, nunca pensei que seria trazido de volta à realidade americana. Dias caóticos, e cheios de gente correndo atrás dos seus próprios propósitos. Eu estava habituado a um outro ritmo de vida. Trabalhava e ia direto para minha cobertura onde ninguém mais tinha acesso a mim até o dia seguinte, e agora, estou aqui, em uma sala que dá acesso a uma das mais importantes empresas do país.Sei que sou bom o suficiente para fazer essa empresa prosperar ainda mais, porém, não me sinto satisfeito com isso. Ter que largar meus deveres em Londres e ter que me adaptar com uma nova rotina, novas pessoas e novos hábitos só me faz ter uma sensação assombrosa de irritação.Olhando a pol
Laysla AlbuquerqueSoltando um suspiro cansado, me direcionei pelo corredor da minha pequena casa desejando muito um banho e a minha cama.O dia de hoje teve inúmeros incidentes nos quais eu não estava preparada psicologicamente para resolver.Teve um cano quebrado na cozinha da empresa, duas mulheres saíram nos t***s no setor de cobrança e teve um gerente que foi demitido por ter sido pego em flagrante enquanto estava aos amassos com sua secretária e isso tudo sem contar meu encontro desastroso que resultou em uma saia rasgada, uma mão esmagada pelo vidro do carro e uma cena nada sensual em que paguei calcinha no estacionamento.Fechando meus olhos, me joguei no sofá não acreditando que o dia finalmente chegou ao fim.Sentando no meu sofá, joguei a cabeça para trás e comecei a lembrar das guloseimas que tenho na geladeira e rapidamente me animei.Me direcionando até a cozinha, abri a geladeira e encontrei a sobremesa que eu havia feito ontem a noite. Se chama bombom na travessa e é um
Puxando o ar com força, atravessei o hall de entrada da empresa e vi que o ritmo estava frenético, o que não indicava coisa boa. Andando diretamente para o elevador, segurei minha bolsa pela alça enquanto apertava no botão do 20° andar.Assim que as portas metálicas se abriram, me surpreendi com a quantidade de homens vestidos de preto espalhados em pontos estratégicos pelo corredor.A gerente de recursos humanos que parecia se sentir pressionada, ergueu a cabeça e logo pude ver o alívio em sua expressão assim que me encontrou. — Laysla, que bom que você chegou.Sua voz parecia carregada de nervosismo e ajustando a postura, eu franzi a testa ao responder. — O que houve, Marcela?Olhei a nossa volta enquanto encarava os brutamontes e ela se aproximou com algumas pastas em mãos e disse. — O assistente do novo Ceo está aqui, e está a pedindo para falar com você.Sua expressão estava séria, e me entregando as pastas, ela continuou. — Ele disse que precisa resolver essas pend